quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

E coragem há, sr. Presidente?

O nosso grande presidente disse que não há petróleo no Dragão, numa alusão irónica aos camiões de contratações que estacionam diariamente na segunda circular. Estamos todos curiosos para saber de onde vem tanta saúde financeira para aqueles lados, mas tal não nos deve tirar o sono. A mim pelo menos não tira, desde que o jogo ainda se jogue com onze da cada lado.
Os sucessos dos últimos 20, 25 anos - independentemente de algumas contratações falhadas e um ou outro período menos positivo - deixam-nos também descansados e confiantes na competência do nosso Presidente e de todos os que o rodeiam. A questão que actualmente me tem ocupado o pensamento tem a ver com este excelente artigo do blogue Super Porto, no qual se apresenta um estudo dos chamados jogos grandes em que a nossa equipa participou desde que Jesualdo Ferreira é o treinador. Os números devem fazer-nos reflectir e, porque não, leva o nosso Presidente a concluir que, mais do que petróleo (que abunda por outras bandas), falta-nos, em certos momentos, coragem. E se o treinador não pede reforços, que tenha pelo menos a coragem de enfrentar estes jogos grandes com a vontade de os vencer. É o mínimo que lhe exigimos.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Ídolos de infância (I)

Decidi começar a revelar a todos os seguidores do Pobo os meus ídolos de infância e adolescência. Aqueles jogadores que deixaram marca indelével na minha memória e que recordo com saudade. Esta é uma viagem ao tempo em que imitávamos os nossos ídolos na escola. Exorto também o meu amigo pôncio a revelar-nos periodicamente também os seus ídolos. E todos os visitantes do blogue estão, evidentemente, convidados a deixarem aqui as suas impressões sobre estes jogadores.

Começo então por um dos meus maiores ídolos de quando era chabalo. O homem das pernas ultra-arqueadas (como um jogador decente deve ter). O mais latino dos alemães que vi jogar: Pierre Litbarski.

sábado, 26 de dezembro de 2009

O caso de Hulk e Sapunaru

Hulk e Sapunaru correm o risco de não jogar mais esta época (ou até mais...) pelas já noticiadas agressões a seguranças no túnel da Luz. Do ponto de vista desportivo, se o romeno não é grande perda, já a ausência do brasileiro, não sendo dramática, é preocupante.

Sabemos que o jogador profissional de futebol deve saber ignorar todo o tipo de provocações e insultos de que é alvo, dentro e fora do campo. A maioria consegue e são os Cantonas deste mundo que nos vêm lembrar que um homem não é de ferro. Mas também devem ser criadas as condições ao jogador para que ele consiga ser "imune" a tudo isso.

No túnel da Luz aconteceu precisamente o contrário. Foram lá colocadas determinadas pessoas, com um determinado objectivo, para obterem um determinado resultado. Como ninguém acredita que dois jogadores de futebol desatem a agredir seguranças, num túnel, apenas por desporto, é absolutamente necessário saber:

1. o que faziam aqueles elementos no túnel, quando não tinham, à luz dos regulamentos, autorização para ali estarem.
2. o que disseram ou fizeram aos jogadores em causa que os levou a perderem a cabeça.

O facto de Hulk estar envolvido não espanta. Se a coisa foi premeditada, como acredito, o alvo só podia ser o nosso jogador mais imprevisível, mais decisivo, mas, ao mesmo tempo, aquele que por vezes se mostra mais frágil do ponto de vista psicológico.

Este caso confirma o túnel como uma nova arma na guerra em que o nosso futebol se tornou. E um clube parece estar a dar-se muito bem na forma como a utiliza.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Festas felizes!

O Pobo do Norte deseja a todos os seus seguidores festas felizes. E como somos boas pessoas, deixamos aqui uma prenda a todos os portistas:





Daunloude

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

É gajo para ter razão

A frase do dia, ouvida ontem num café da cidade do Porto:

"O FC Porto não perdeu o jogo por causa do árbitro, mas o Benfica ganhou-o graças a ele."
Anónimo, 21/12/09

domingo, 20 de dezembro de 2009

Um passo atrás

Em primeiro lugar, uma mensagem para a lampionagem que buzina nas ruas: uma vitória sobre o FC Porto sabe sempre bem, sim senhor, mas o campeonato só acaba em Maio.

Jesualdo disse durante a semana que sabia que o Ramires ia jogar. A aparente segurança que mostrou sobre a forma como o adversário estava a preparar o jogo foi ela própria um bluff. Jesualdo, pelos vistos, não sabia nada. O que eu queria era que ele soubesse pôr a equipa a ganhar na Luz. E não soube. A chamada de Guarín pode ser criticada, mas o que mais me custou foi ver a forma como a equipa não conseguiu construir jogo ofensivo. A colocação de Guarín em campo revelou a preocupação de Jesualdo com o estado pesado do terreno, mas o colombiano passou pela Luz, como diz o Bruno Prata, como um "peixe fora de água". E foi Jesus quem menos se preocupou com o estado do terreno e até colocou em campo jogadores que tratam bem a bola.

Para mim, a chave do sucesso do Benfica esteve na forma como defendeu. E, neste particular, como soube anular a acção de Falcao, quando este procurava receber em condições e fazer tabelas com médios vindos de trás. Nunca conseguiu. Os defesas adversários não deixaram respirar os nossos jogadores - David Luiz fez provavelmente o seu melhor jogo desde que está em Portugal - e nós nunca encontrámos o antídoto para fugir a essas marcações.

Em contraste com essa nossa incapacidade de fazer circular a bola, o Benfica fê-lo em algumas ocasiões, pelos menos mais do que nós, dada a mobilidade dos seus jogadores. Os nossos foram muitos estáticos e foram sempre surpreendidos por antecipação. É certo que nenhuma das equipas fez um bom jogo, mas, no final, fica a ideia que o Benfica foi melhor. E aproveitou a única oportunidade que teve.

Individualmente, no FC Porto, talvez Rodriguez tenha sido o melhor, num jogo em que é difícil destacar alguém que tenha jogado bem. Pela negativa, custa-me muito ver e admitir o eclipse de Hulk, um jogador que tem de crescer muito, principalmente do ponto de vista psicológico, se quiser valer, vá lá, metade da cláusula de rescisão que o seu contrato tem.

PS - Não falei do árbitro, que não viu o fora-de-jogo na jogada que precede o golo, não marcou um penalti de César Peixoto sobre Hulk, ainda na primeira parte, para além de ter sido permissivo com a dureza encarnada. Mas quando jogamos assim, dá pouca vontade de reclamar seja do que for. E, sim, o Rodríguez também fez penalti.

Botação encerrada

1. Vitória razoavelzinha do FCP (com expulsão do David Luiz) - 31%
2. Vitória expressiva do FCP (com expulsão do David Luiz) - 28%
3. Não vai haver jogo por causa do relvado - 17%
4. Vitória à rasquinha do FCP (com expulsão do David Luiz) - 14%
5. Qualquer outro resultado (com expulsão do David Luiz) - 9%

141 votos. A confiança está em alta. Agora é uma questão de o Jesualdo não inventar, o Lucílio não inclinar o campo e nós, como dizia o outro, "sermos iguais a nós próprios". Força, tetracampeão.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A kick in the arse(nal)

Estugarda-Barcelona
Olympiakos-Bordéus
Inter-Chelsea
Bayern Munique-Fiorentina
CSKA Moskovo-Sevilha
Lyon-Real Madrid
F. C. Porto-Arsenal
AC Milan-Manchester United

Não compreendo a satisfação de alguns adeptos portistas com este sorteio. Parece que o Arsenal são favas contadas. Só para lembrar: em 2006/2007 perdemos 2-0 em Londres e empatámos a zero no Dragão; em 2008/2009 fomos goleados em Londres por 4-0 e ganhámos 2-0 no Dragão contra, quer queiramos quer não, um conjunto de jovens promissores que Wenger decidiu utilizar pensando que chegaria para manter o primeiro lugar do grupo. O Arsenal, apesar de ter perdido jogadores importante nos últimos anos (Adebayor, Henry, Hleb,...), continua uma equipa de grande qualidade, com nomes como Fabregas, Van Persie, Eboué, Arshavin, Nasri, Denilson, Walcott,... Para além disso, o nosso historial a jogar no Emirates Stadium (e genericamente em Inglaterra) assume contornos quase traumáticos: nunca nos demos bem com aqueles ambientes frenéticos de futebol a 100 à hora... Este meu discurso não implica que esteja pessimista, apenas tenho alguma dificuldade em lidar com certas euforias.

O sorteio cabaou por ser bem interessante porque permite que equipas não consideradas "tubarões" prossigam na competição. O duelo Mourinho-Chelsea vai ser curioso e no Milan-Manchester United tudo pode acontecer.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Amanhã há sorteio

Por ordem de preferência, faxabore:

Sevilha
Bordéus
Fiorentina
Manchester United
Arsenal
Real Madrid
Barcelona

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Queremos saber...

...como vai acabar o clássico dos clássicos, o jogo do século, como já ouvi alguém chamar-lhe. Para mim, é apenas um jogo entre o terceiro classificado da época passada e o tetra-campeão. É mais uma botação para o pobo botar. Ali na barra lateral. "Obrigados".

Afinal nós perdemos e eu não sabia

Pensei que Os Belenenses eram "Os Azuis", mas OK.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Frase do dia

Raul Meireles disse hoje que "diferente é estar no terceiro lugar", quando foi questionado se seria diferente defrontar o clube do bairro do Alto dos Mínhos apenas com um ponto de atraso. "Por isso estamos a fazer de tudo para voltar à normalidade", acrescentou o nosso grande Raul.

E é com este espírito de conquista que vamos sair da Luz com uma vitória. Vai uma aposta?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

E se fosses à merdinha?



"Agora tenho a certeza que [o FC Porto] não é batoteiro"
Michel Platini

PS - Por que razão o Record diz que "caso não está encerrado", quando as declarações de Platini dizem o contrário?
[actualização, às 21:38: o pasquim já corrigiu a "gralha"]

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A Académica é um Barcelona (mas sem os jogadores)

Ontem fez-se mais uma goleada na Luz (e mais um ou outro penalti por marcar contra os da casa), mas isso não me preocupa, porque sei que quando, daqui a quinze dias, sairmos de lá com uma vitória, todo o castelo de cartas benfiquista se desmoronará. O que me deixa, nesta altura, apreensivo é o estado lastimável daquele relvado, suficiente para pôr em perigo a saúde física dos nossos jogadores (que estão habituados a jogar nos melhores palcos europeus). Creio mesmo que o passaroco que costuma almoçar um naco de carne antes de cada jogo, ontem, contra a Académica, falhou o seu objectivo porque terá confundido uma bola de lama com um suculento pedaço de vaca (ou será de cabrita?) a que está habituado. Não concordo com a opinião de alguns de levarmos os juniores à Luz (a exemplo da ameaça que pairou no ar antes do jogo em Oliveira de Azeméis) porque estaríamos a hipotecar o futuro de algum reforço de qualidade para a equipa principal.
No jogo de ontem, do qual vi dois terços, admirei a forma como a Académica se estendeu ao comprido. Literalmente. Aquilo parecia o Barcelona a jogar, só com a diferença de não serem os jogadores do Barcelona que estavam em campo. Parece que toda a gente ficou satisfeita com o facto de a Académica ter jogado "de igual para igual" com o adversário, numa atitude que recebeu elogios da comunicação social e até de Jesus (ele que não se cansa de repetir que os adversários vão à Luz para perderem por poucos), mas não criticaram quando esta mesma Académica trouxe o autocarro ao Dragão. Nessa altura chamaram-lhe "brilhantismo táctico". Desconfio que se estas duas prestações da Briosa tivessem acontecido ao contrário, as análises sofreriam, também elas, uma pirueta...
Voltando ao jogo que nos dará o primeiro lugar do campeonato, daqui a quinze dias, é evidente que sabemos reconhecer que este Benfica tem qualidades. Mas também tem defeitos. Um deles, desde que haja coragem por parte dos árbitros, chama-se David Luiz. O rapaz é bom jogador, mas não é forte psicologicamente. Temos, pois, de colocar grande pressão pelo seu lado, obrigá-lo a cometer erros, obrigá-lo a "passar-se da cabeça" (eu sei que já não temos o Quaresma...). Por outro lado, há que ter esperança num árbitro que saiba marcar as faltas quando ele as comete (principalmente as que acontecem dentro da grande-área) e que o saiba punir disciplinarmente. Coisa que não aconteceu ontem.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hulk-independência

Haverá muita gente ainda a pensar como foi possível dar chapa quatro àqueles que eliminaram o "dream-team" da segunda circular da Taça de Portugal. Eu tenho três sugestões:
1. Hulk no banco. Jogámos como uma equipa. Solidária, em bloco.
2. Varela e Rodriguez. O primeiro a mostrar que é, nesta altura, um jogador fundamental, precisamente por ser tudo aquilo que Hulk não é. O segundo a subir de forma a olhos vistos.
3. O regresso de Fucile. Com ele, a equipa solidifica a asa direita. E Varela tem ali um apoio basilar.
Os sinais de retoma que identifiquei no jogo com o Rio Ave confirmaram-se hoje, com uma das melhores primeiras partes da época, contra uma equipa que vinha, também ela, a mostrar grande evolução. Aqueles vinte minutos iniciais da segunda parte foram assustadores e chegou a pairar a ameaça do empate, mas o terceiro golo (contra a corrente e caído do céu... tal como tinha sido o golo de Andrezinho) acabou com as pretensões vitorianas e colocou-nos definitivamente a mandar no jogo. Guarín entrou muito bem, e foi ele quem liderou a equipa na parte final do jogo. Eu dava-lhe a titularidade em Madrid, fazia descansar o Fernando e, se calhar, punha o Meireles na posição seis. O Belluschi, esse precisa de jogar sempre, para se ir adaptando aos colegas (foi Jesualdo que disse...), e, apesar do erro que esteve na origem do golo do Vitória, gostei da sua exibição.

A small step for man...

Será desta?

O ponto de viragem numa época que tem sido demasiado cinzenta? Será este? Devo confessar-vos que esta tarde, em conversa com um amigo sportinguista, dizia que muito do que se passaria de hoje em diante no campeonato estaria dependente do resultado do FCP em Guimarães. E, felizmente, o Porto fez mais do que suficiente para merecer a vitória, ainda que o início da segunda parte tenha sido penoso. Para a semana, o FCP recebe o Setúbal e o SLB vai a Olhão, dois jogos que não deverão alterar quase nada na classificação geral. Claro está, se o André Vilas Boas não for capaz de atrapalhar os vermelhos na Luz...

Uma Vitória gordinha

Concretizamos oportunidades, lutamos, sofremos e acabamos a golear. A diferença para outros jogos? Está na felicidade de marcar em momentos cruciais do jogo (e no azar de sofrer um golo mesmo antes do intervalo, não é?) mas a sorte procura-se e neste FCP quem procura mais a sorte é um indivíduo chamado Raúl Meireles, que depois de ter iluminado a selecção no jogo com a Bósnia parece outro jogador. A outra diferença chama-se Bellushi, que jogando pouco ou muito, se faz notar no meio campo de ataque. Por último, refira-se o significado de ter o Fucile no lugar de um romeno que tem mostrado não ter categoria para ser titular do Porto, bem como o regresso do Varela, que tem sido a grande surpresa da época portista.

Sempre quero ver o que é que os jornais desportivos de sábado vão dizer sobre este jogo. Depois do épico "Jesus conquista Vitória em Guimarães" suportado num triunfo magro, mesmo no final do encontro e contra 10, este 4-1 merece o quê?

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sinais de retoma

Começo por um apontamento humorístico, mais um dos muitos que a nossa comunicação social nos oferece. A Bola online publica uma série de fotos do jogo FC Porto-Rio Ave e, numa delas, coloca a seguinte legenda: "Varela levanta-se depois de perder a bola para Gaspar". A imagem é esta e, com alguma atenção (não é preciso muita) podemos observar o público nas bancadas de braços no ar (estarão a festejar a perda de bola do Varela?) e a cara de chateado do Gaspar ("eh pá, que chatice, voltei a roubar a bola ao Varela"). O Varela, esse prepara-se para correr, não sei para onde, possivelmente festejar um golo que o jornalista de A Bola não sabe que aconteceu.

Este jogo trouxe-nos alguns sinais de retoma que, sendo previsíveis, não nos deixam ainda confiantes quanto ao momento da equipa. Desde logo, a subida de forma de Meireles, Rodríguez e de Hulk e os regressos de Fucile e Varela. Eles foram os responsáveis pela melhoria exibicional em relação aos jogos com o Belenenses e com o Marítimo (em relação a este último, não era difícil melhorar...). Criámos oportunidades e chegámos a encostar o Rio Ave às cordas. O problema chamou-se, mais uma vez, finalização. E neste capítulo, Falcao esteve em destaque pela negativa. Começo a pensar se teremos ali uma espécie de Pena. Depois de um período fulgurante, a queda... Será? Por mim, continuo a achar o Radamel o melhor que temos no plantel para aquela posição e o seu trabalho durante o jogo é muito útil.

Sinais de preocupação vieram de Fernando e de Álvaro Pereira. Do primeiro, não lhe conhecia esta faceta de falhar tantos passes. Parece mais interventivo na contrução de jogo, mas mais sôfrego. Quanto ao lateral uruguaio, quanto mais avança o campeonato, mais me lembro de Cissokho... A incorporação de Maicon no eixo da defesa foi uma surpresa para mim. Não tendo sido posto à prova de modo intensivo, não esteve particularmente bem no passe. Não foi por este jogo, mas entre ele o Nuno André Coelho, prefiro o português...

Foram três pontos importantes, porque podem signficar o encurtamento da distância para o primeiro classificado, que para já, é de três pontos. Três pontos que cada portista disposto a enfrentar o frio desta noite mereceu em pleno (excepto os que foram lá para assobiar).

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Nem aquece nem arrefece

1. Perdemos um jogo que não envergonha perder. Ainda assim, fiquei com a ideia de que jogámos nos nossos limites (Hulk no banco à parte...) e de que o Chelsea optou por não ser tão letal como poderia ter sido se quisesse (deixando de fora Essien e Lampard, por exemplo). Com aqueles dados no tabuleiro, de parte a parte, merecíamos chegar ao intervalo a ganhar e ao fim do jogo empatados.

2. Rever Deco ao vivo foi emotivo. Para sempre nos corações portistas. Ricardo Carvalho também, claro.

3. O árbitro e o fiscal-de-linha que acompanhou o nosso ataque na primeira parte nunca nos deixaram chegar tão longe quanto queríamos. Já não me irritava assim com um árbitro estrangeiro desde o Markus Merk.

4. Precisamos urgentemente de Fucile, que traz à equipa duas coisas que Sapunaru não tem: eficácia defensiva e agressividade atacante.

5. Bellushi tem de ser sempre titular, mesmo que apenas dure 45 minutos. E Jesualdo que não venha outra vez com a história de que o argentino está a passar por um processo que leva o seu tempo de adaptação aos novos colegas e a um novo futebol . Colocá-lo no banco contribui para essa "adaptação"?

6. O que me interessa agora é saber se no campeonato vamos ter "mais do mesmo" ou se este jogo e o regresso de Varela podem significar alguma coisa de positivo. É que o Rio Ave é uma das melhores equipas deste campeonato.

PS - Soube hoje que morreu Ailton, antigo jogador do FCP na década de 70 (e que também passou pelo Sporting e pelo Boavista). Para quem não conhece, é o da ponta, ao lado do Gomes, nesta foto.

Abraços e promessas

Foi notícia ontem que Pinto da Costa, um fervoroso crente na religião católica apostólica romana, encontrou Jesus. Parece que deram um abraço fraterno e que o mundo voltou a fazer sentido. Muitos foram os que se atreveram a ver naquele abraço uma espécie de "beijo de morte" do nosso Presidente. Outros vislumbraram ali já um acordo para um futuro contrato. Há quem veja ali também a angariação de mais um sócio.

Hoje, o jornal A Bola revela, orgulhosamente, e talvez para descansar o adepto lampião mais chocado com a cena, aquilo que Jesus disse a Pinto da Costa: "O Benfica vai ser campeão". Ou seja, mais uma banalidade. O que A Bola não revela, porque não consegue (ou não lhe interessa), é o que Pinto da Costa disse a Jesus. E isso sim, seria grande cacha jornalística! Até porque o que a foto publicada na primeira página sugere é precisamente o nosso grande Presidente a dizer algo que provoca o riso a Jesus. Que lhe terá dito Pinto da Costa, enquanto fita o chão (ou os sapatos de verniz de Jesus)? Aceitam-se sugestões.

É curiosa a frase que surge por baixo do título principal, "Treinador encarnado brincou falando a sério", uma frase que nada traz de novo, nada revela de importante, mas, servindo-se do paradoxo, protege na perfeição o emissor.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Prémio "Quem faz anos em Maio?"

"No final faremos uma festa todos juntos"
Nuno Gomes, 23/11/09

domingo, 22 de novembro de 2009

I gotta feeling that tonight’s gonna be a good night...

No Estádio da Luz, com transmissão do "Canal Benfica 1", ao fim de quase 100 minutos: que bela maneira de terminar um fim-de-semana.

sábado, 21 de novembro de 2009

Lamaçal

O jogo com a Oliveirense foi adiado. Obrigado, pela primeira vez, Bruno Paixão (mas ainda temos muito a haver). A poucos dias de recebermos o Chelsea, num jogo da elite europeia, fomos obrigados a ir a um campo de lama para que o árbitro fizesse aquilo que os responsáveis pelo nosso futebolzinho deviam ter feito antes. E alternativas não faltavam. Marcar o jogo no Estádio do Algarve, por exemplo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ó Jesualdo, viste aquele Meireles?

Aquele médio que jogou, fez jogar e marcou o golo de Portugal, ontem, na Bósnia, era capaz de ser uma grande contratação para o FC Porto. Chama-se Raul Meireles e parece que anda perdido em campo quando joga no campeonato nacional. Ó mister Jesualdo, não podíamos ir buscá-lo? Ou a alternativa será trazermos o treinador que o põe a jogar assim, Carlos Queiroz?

Fiquei muito feliz com o apuramento de Portugal para o campeonato do mundo ainda para mais com a contribuição decisiva de dois jogadores do FC Porto e participação de um contingente de ex-jogadores do tetracampeão: Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Pepe e Deco. Assim, temos a garantia de uma manchete de A Bola mais patriótica e menos... vermelhusca.

Não vi o jogo da primeira mão, mas, pelo que vi ontem, esta Bósnia era mais fogo de vista do que outra coisa. Vi ali dois jogadores de nível equivalente ao nosso: Dzeko e Pjanic. O resto era muita crença e pontapé para a frente. Sempre que conseguimos pôr a bola a rolar no lamaçal, mostrámos que estamos num patamar bem acima do dos bósnios.

O ambiente era frenético, mas veio confirmar o adágio de que "cão que ladra não morde". Só não consigo perceber como é que a FIFA permite que se jogue naquelas condições um jogo de tão grande importância. E a agressão ao fiscal-de-linha foi incrível. Só faltou entrar em campo um bósnio e agarrar o pescoço do homem, como se vê, por vezes, em certos campos terceiro-mundistas.

E agora estamos na África do Sul, de onde Carlos Queiroz foi chutado há uns anos. Entrar pela porta grande vai saber-lhe bem.

domingo, 8 de novembro de 2009

Tão natural como a sua sede

Nem sei por onde devo começar. Se pela vontade que tive de atirar o comando à televisão quando criámos a primeira oportunidade de golo aos oitenta e tal minutos, se pela vontade de ir dormir logo após o apito final do árbitro, se pelo sorriso incrédulo ao constatar que o Bellushi é a quarta ou quinta opção de Jesualdo para o meio campo de ataque.
O que vi hoje na Madeira foi muito mau. Do pior que me lembro. E já não me lembro de uma exibição destas. O mais assustador é que encaro isto com naturalidade, tendo em conta os últimos jogos. O que surpreende, no FC Porto actual, é o jogar bem.
O padrão é este: a equipa não joga unida, os jogadores não correm, o meio-campo não é criativo; o adversário suplanta-nos do ponto de vista físico e marca primeiro do que nós; acordamos a dez minutos do fim, criamos três ou quatro oportunidades que desperdiçamos.
Nem me apetece escrever mais nada. Vou dormir.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O Zbordin morreu

Paulo Bento nunca foi aquilo que quiseram fazer dele, um grande treinador. Nem mesmo quando Nani, de Inglaterra, assegurou que poucos há no mundo melhores que ele. Hoje demitiu-se. Há que dizer que foi uma demissão com dranguilidade, sem precipitações, sem cabeça quente... Precisamos de um Sporting (o zbordin morre hoje) forte para depenar as galinhas daqui a duas jornadas. O FCP agradece.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Obrigado, SLB


Falcão, Falcããããããão
Não vais deixar a Champions fugir de mim
Serás Falcãããããããão
Até ao fim

sábado, 31 de outubro de 2009

Desta vez, o Mourinho dos Pobres não goleou...

Nós não estamos a jogar nadinha. Mas os gajos sempre que encontram uma equipa que jogue decentemente também encravam.

Só para ver o melão destes cretinos, que estavam à espera do apregoado "vendável de futebol" benfiquista e acabaram com um banho de bola no Minho, já valeu a pena a frustração do jogo de ontem.

Obrigado Domingos por mais este contributo para a nação portista.

We saw it coming

Era uma questão de ser ontem ou na próxima jornada ou na jornada a seguir. A forma como a equipa está a jogar (ou, neste caso, não está) não transmite confiança aos adeptos. Ontem, por muito que me esforçasse, mesmo depois do empate, nunca consegui acreditar na vitória. Jogadores abúlicos, equipa a oferecer 45 minutos de avanço ao adversário. Parece que estamos no final daquelas épocas em que, já campeões, deixamos o jogo correr... A diferença é que estamos ainda na primeira volta, e há dois clubes à nossa frente. Preocupante. Em Janeiro vamos às compras?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O milagreiro

Porque é um assunto a que eu pensei dedicar algumas linhas. Porque a falta de tempo é lixada. Porque o comentário do JRP reflecte exactamente aquilo que eu penso:

"Independentemente da valia técnica (inquestionável) de alguns jogadores do Benfica, não deixa de surpreender o silêncio da comunicação social e até de muitos adeptos do FCP em relação à fabulosa condição física dos vermelhos. Tenho ouvido muitos portistas rendidos ao Benfica e até maravilhados com o rasteiro do Jesus, mas não os vejo questionar a velocidade estonteante de todo o onze benfiquista, nem tampouco a resistência física que lhes permite ao minuto 75, 80, 85 ou 90 fazerem piques que deixam os adversários a léguas. Aliás, uma crítica interessante que é feita a quase todos os adversários do Benfica esta época é que a defesa destes é sempre lenta. Pergunto-me se será a defesa do adversário lenta ou o ataque do Benfica extraordinariamente rápido... que milagre de Jesus é este que transformou uma equipa igual a tantas outras num portento físico, nos mais fortes, nos mais velozes? Esqueçam os penalties inventados, os golos em fora de jogo ou em falta e observem os outros: os golos advém sempre da capacidade física estonteante do Benfica. Por exemplo, o primeiro do Benfica contra o Nacional. De onde vem aquela velocidade de Coentrão e do Cardoso que em duas passadas ganhou 2 metros à defesa do Nacional. Dois bons exemplos foram no jogo com o Everton. O terceiro e o quinto golo do Benfica são acelerações incríveis feitas nos últimos 15 minutos de jogo, numa altura em que o Benfica já nem precisava de acelerar e podia até gerir o jogo, uma vez que tinha o jogo do Nacional à porta. Para o Benfica desta época não há cansaço, não há tempo de reacção, não há lentidão em nenhum jogador, não é preciso gerir esforço em nenhum jogo. Milagre? Das duas, uma. Ou o controle anti-doping revela alguma coisa, ou qualquer dia o corpinho de um ou mais jogadores vai ter que dar de si. Esperemos que não seja semelhante ao que aconteceu com Feher...
JRP"

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Está tudo louco?

Há um ano, sensivelmente, meio mundo portista pedia a cabeça de Jesualdo Ferreira. Tínhamos sido goleados em Londres (lembram-se deste post? e deste?) e derrotados em casa pelo Leixões. Depois, foi o que se viu. Até acabámos por fazer um campeonato jeitoso.
Passado um ano e pico, constato que se apoderou de um certo número de adeptos portistas um estado de psicose histérica (não sei se isto existe, mas soa-me bem) difícil de explicar. Assobia-se os jogadores, assobia-se o treinador, pede-se já a cabeça deste, deseja-se Jesus. Mas o que é isto, meus amigos? Está tudo louco?
Estamos na luta pelo campeonato, pelo que diz O Jogo (se tivéssemos empatado ontem, deixaríamos de estar?), a prestação na Liga dos Campeões está à altura das expectativas e cumprimos na taça. Ontem, frente à Académica, jogámos mal, sim. Mas, e depois? Jogos maus todos têm, meus amigos. Quando menos esperamos, levamos com um Poltava nas ventas. E com meia dúzia de lesionados, é natural que o nível exibicional se ressinta.
Até ao jogo de ontem, em termos puramente ofensivos, "vivemos" de cinco jogadores: Bellushi, Varela, Fucile, Hulk e Falcao. Os dois primeiros já estão lesionados à algum tempo e Fucile seguiu-lhes o exemplo, ontem, logo aos dois minutos (após jogada excelente). Hulk esteve em dia não e a Falcao a bola nunca chegou em condições durante a primeira parte. O resto foi uma amálgama de inépcia, atabalhoamento, falta de classe ou pura baixa de forma. Isto tudo atrelado ao autocarro que a Académica resolveu estacionar em frente à sua grande-área, na opinião da imprensa sempre isenta, um exemplo de "brilhantismo táctico" e "superior conhecimento do adversário". Ainda não vi nenhum órgão de comunicação social referir-se à forma como a Académica, antes de sofrer o primeiro, usou e abusou do anti-jogo. Jesualdo preferiu apenas insinuá-lo, elegantemente, dizendo que o único objectivo da Briosa era não sofrer um golo do FC Porto. A imprensa, essa chamou-lhe "táctica brilhante". Fosse contra um clube que eu cá sei e tínahmos os Delgados e os Guerras da imprensa de sarjeta a queixarem-se ao pobre futebol português em que as equipas não jogam de igual para igual com os grandes.
Na segunda parte, contando com o natural sermão de Jesualdo no balneário, abrimos a frente de ataque (era o mínimo, contra uma equipa que jogava apenas em meio campo) com Farias e pusemos em campo o jogador do plantel que, provavelmente, neste momento, tem maior fome de bola e força física e mental para empurrar a equipa para a frente: Guarín. Marcámos o primeiro e, de repente, a Académica quis atacar (vá-se lá saber porquê) e os seus jogadores até queriam que os nossos andassem mais depressa na marcação dos livres e lançamentos (ironia do destino...). Ganhámos com toda a justiça, sem aquele sofrimento que o resultado pode sugerir ou um ou outro jornalista mais zeloso quer insinuar.
Por tudo isto, não entendo os assobios aos jogadores e ao treinador. Nervosismo face à ditadura vermelha da imprensa? Era o que faltava. Até parece que não estamos já calejados ao longo de anos de sucessivas euforias galináceas. Eles estão a golear? E depois? No momento em que escrevo este texto, estamos em igualdade pontual e reduzimos a diferença para o primeiro. O resto é conversa.
Se eles estão a jogar melhor do que em épocas anteriores (algum dia teria de ser), se estão a ganhar jogos, devemos encarar isso como incentivo ao nosso próprio desempenho e nunca entrar em crise existencial porque jogámos mal um jogo e vemos uma certa imprensa fazer uma campanha propagandística sem precedentes a favor deles. Façamos o nosso trabalho e respeitemos os nossos jogadores e os nossos técnicos. Se não o fizermos nós, quem o fará? Lamentar que não seja Jesus o nosso treinador? Tenham juízo. Não querem um Luís Filipe Vieira, já agora?
PS - Deixo para o fim a revelação que prometi: o poncio, meu amigo e escriba neste Pobo, faz hoje anos. Vá lá dar os parabéns a este grande portista!

18:00, mais coisa menos coisa

Lá para o fim da tarde, prometo reflectir despudoradamente sobre a nossa vitória de ontem. Mais: prometo fazer revelações. Apareçam por cá mais logo.

sábado, 24 de outubro de 2009

Histeria

Parece que virou moda perguntar-se sobre o Benfica em todas as conferências de imprensa do país. Há dias foi alguém do Sporting que teve de dizer qualquer coisinha sobre o assunto. Esta semana foi o Fucile a ser apanhado. Não há um jogador que tenha a lata de devolver a pergunta com algo como "Não me quer antes perguntar onde está a sua mulher neste momento?"

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

"Que la chupen y que la sigan chupando"

A frase do título não é da minha autoria. Tive de recorrer a um insigne pensador argentino do final do século XX, início do século XXI, para expressar o que me vai na alma em relação à imprensa portuguesa. No dia em que o tetracampeão jogava a competição mais importante de clubes a nível mundial, os jornais desportivos decidiram trazer para assunto do dia um director desportivo a elogiar o seu próprio treinador, um jogador russo que não quer receber enquanto estiver lesionado e um jogador português em Inglaterra a dizer que Paulo Bento é dos melhores do mundo (também tu, O Jogo?). Por isto, e pela vitória de hoje, "Sigan mamando".
Quanto ao jogo, não havia necessidade de tanto sofrimento. A diferença existente entre as duas equipas é muito maior do que o resultado sugere. Fomos irregulares ao longo do jogo, com momentos de letargia pura e fases de massacre às hostes adversárias. Adversário que foi, desde que vejo futebol, a primeira equipa que vi a conseguir marcar um golo numa meia parte sem ter feito um único remate. "Atéláidis" sem rematar à baliza, pensei eu, ao intervalo. E nós, ao fim de 45 minutos, já íamos com dezanove remates, oito deles à baliza, e o mesmo resultado prático que os cipriotas.
Pela positiva, destaco Hulk, claro, o homem do jogo. E ainda os três Fs: Falcao, Fernando e Fucile. Este último é já, para mim, o melhor defesa-direito do FC Porto desde João Pinto.
Pela negativa, Mariano, claro, não só pela expulsão estúpida, mas também pela falta de clarividência na maior parte dos lances em que interveio. Também abaixo do que pode fazer esteve Rodríguez, este com atenuantes devido à lesão recente. Melhorou na segunda parte, mas Jesualdo preferiu retirá-lo de campo e manter Mariano... Guarín entrou bem e agora, se Bellushi continuar ausente, é dar-lhe a oportunidade de ser titular para ver o que sai dali. Eu estou confiante.

Onze contra onze

Este post destina-se a lembrar os jogadores do FC Porto, que lêem este blogue, que, logo, nada está ganho à partida. São onze contra onze e a bola é redonda. O Barcelona que o diga.

domingo, 18 de outubro de 2009

Sérgio Oliveira

Hoje valeu a pena ir ao Dragão para ver Sérgio Oliveira (17 anos) jogar pela primeira vez na equipa principal do FC Porto. Nunca será uma estrela como este, ou este, ou ainda este, ou porque não estes, mas, pelo que se viu hoje, Sérgio Oliveira poderá vir a ser muito grande num futuro FCP. Assim tenha sorte e cabecinha. Da primeira, jamais saberemos o que lhe destina. Quanto à segunda, a avaliar por este vídeo, parece que temos homem.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Blue pencil

Que mal fizemos nós para que uma entrevista de Hilário ao sítio do Chelsea seja publicada no Maisfutebol sem a parte dos elogios ao FC Porto? Eu sei que mal fizemos nós. Todos os portistas sabem.

O texto ignorado pelo Maisfutebol é o seguinte:

'Every single season they go at least to the second stage and they often do more,' confirms their former player. 'They have good structures in the club, and they believe in themselves.

'That is because of the past achievements and it is also because of the people that are still there from my time, from a long time ago. Those people believe in themselves and they give confidence to the players.

'You see examples of players that don't work so well in the other teams but when they get the chance to play in Porto, they do absolutely fantastic.

'The atmosphere, the feelings, the belief there is good and when a player has quality and has this feeling, this confidence around him, it makes him a better player.'

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A montra do mundial

O nosso possível apuramento para o mundial pode colocar três jogadores do FC Porto na África do Sul: Beto, Bruno Alves e Raul Meireles. E com legítimas aspirações, temos ainda Rolando e Varela. Podem ser cinco os portugueses portistas no mundial. Em termos absolutos e englobando jogadores de outras nacionalidades, este número pode ir até aos onze jogadores.

No Uruguai, Álvaro Pereira, Fucile e Rodriguez disputarão o play-off de acesso. Na Argentina, Bollati (jogador que pertence aos quadros do FCP) é um convocado indiscutível e até marcou o golo salvador no Uruguai. Depois, temos Bellushi, um jogador internacional que, dependendo da sua prestação e da do FCP nesta época, poderá ter aspirações. No Brasil, Helton voltou a ser convocado.

Obviamente que algumas destas hipóteses não passam disso mesmo, mas quando vejo um jornal desportivo, neste caso A Bola, a escrever no título de um artigo "Encarnados em peso na montra do mundial" e depois, no desenbvolvimento do mesmo, a incluir como hipóteses nomes como Javi Garcia ou Fábio Coentrão, acho que tenho o mesmo direito de fazer algumas projecções idênticas em relação ao FC Porto. E só não falo em Hulk porque não é tradição a selecção brasileira convocar jogadores "feitos" no estrangeiro. Para além disso, o Incrível nunca foi internacional e ainda nada fez de relevante a nível de competições internacionais. Tenho, no entanto, a certeza que, se Hulk fosse jogador do terceiro classificado da época passada, haveria já uma campanha propagandística, com várias ramificações, no sentido de sugerir a sua convocação pelo Brasil.

Mas, voltando à vaca fria, que é, neste caso, o artigo de A Bola, diz o jornalista António Barroso:

“Cardozo, Ramires e Luisão estão apurados para o Mundial-2010. Di María, Aimar ou Maxi podem carimbar esta quarta-feira o 'passaporte' para a África do Sul. Ao todo, oito águias aspiram, à partida, a estar no Mundial-2010, mas o número pode subir.”
Quanto aos três primeiros, nada tenho a declarar, sendo que apenas continuo a expressar a minha admiração pelo facto de o Brasil não conseguir arranjar um central melhor do que Luisão. Quanto aos três seguintes, a presença de Maxi Pereira depende do tal play-off, e a de Di María será natural. Em relação a Aimar, já coloco as minhas dúvidas, mas admito que Maradona ainda ande a snifar umas coisas esquisitas.

Em seguida, o escriba fala da possibilidade de os jogadores se valorizarem numa montra como a do Mundial, etc… conversa para encher chouriços, pois claro. Depois, escreve isto:

“E, no caso do Benfica, o assédio aos craques da Luz promete aumentar em catadupa, tantas são as possibilidades que se abrem para que a águia tenha uma comitiva de peso naquela que é um dos maiores espectáculos do Mundo e a montra, por excelência, para os executantes futebolísticos.”

“Assédio aos craques da Luz (…) em catadupa” é uma expressão muito querida pelos jornalistas de A Bola, principalmente aqueles que têm como função tentar vender o máximo de jogadores do Benfica, em cada época, por valores elevados. Ainda que, ano após ano, falhem qualquer desses objectivos (1. vender 2. por valores elevados), agora que se aproxima o Mundial, a equipa marca muitos golos no campeonato e Jesus ainda diz frases curtas e com algum nexo nas conferências de imprensa, eles voltam à carga. E este artigo aponta para isso mesmo. Veja-se este excerto:

“Mas a boa forma de David Luiz e as indicações que Luisão e Ramires podem transmitir ao seleccionador sobre a forma do jovem defesa-central, este ano em evidência, leva a que, num contexto em que Juan, Lúcio e Alex Silva (irmão de Luisão) se encontram lesionados, até David Luiz, a continuar a evolução galopante evidenciada na oficina da Luz, possa ambicionar chegar ao ‘escrete’.”

Tudo é possível. Repare-se: David Luiz pode ambicionar ao escrete se:
1. Luisão e Ramires falarem a Dunga da sua boa forma (“evolução galopante evidenciada na oficina da Luz” é uma expressão brilhantemente criativa, tenho de reconhecer)
2. Juan, Lúcio e Alex Silva se lesionarem. (E nem é referido o Thiago Silva do AC Milan)

Assim, está aberta a possibilidade para, por exemplo, Hulk entrar no escrete se:
1. Helton falar com Dunga
2. Robinho, Luis Fabiano, Ronaldinho, Kaká, Nilmar se lesionarem

Ou ainda a de Mariano González ir ao Mundial se:
1. Bollati falar com Maradona
2. Messi, Di María, Higuaín ou Gutierrez, por exemplo, se lesionarem

É simples!

O texto de A Bola não se limita a um registo informativo-graxista e propagandista. A partir de certa altura entra mesmo no domínio do cómico. Leia-se este pedaço:

“A confirmação da consistência de Javi Garcia como muralha intransponível na intermediária, e de Fábio Coentrão como um extremo rápido, tecnicamente dotado e em franca explosão esta época, podem levar, ainda a que, quer Vicente Del Bosque, quer Carlos Queiroz, técnicos nacionais de um e outro país, respectivamente, ponderem sobre a possível surpresa que será a inclusão destas duas afirmações do Benfica 2009/10, que voa alto nos céus sob a orientação de Jorge Jesus.”

Deixando de lado os previsíveis recursos estilísticos (“muralha intransponível”, “em franca explosão”, “que voa alto nos céus”), sobre os quais não tenho aqui tempo para me pronunciar, detenho-me sobre os jogadores. A Espanha deve mesmo estar precisadinha de um Javi Garcia. Xabi Alonsos, Xavis e Iniestas da selecção de nuestros hermanos, tomai cuidado! Há uma muralha intransponível a jogar em Portugal e que pode ser uma surpresa no mundial! Basta que Del Bosque se aconselhe com Maradona, está claro. Até nem sei como foram capazes de deixar sair Javi Garcia para um campeonato tão pouco competitivo como este. Quanto a Fábio Coentrão, realmente na imaginação de A Bola tudo é possível. Ainda me admira deixarem de fora o Miguel Vítor ou o Carlos Martins. Se o Fábio Coentrão merece ir ao Mundial, que dizer de um Varela, então?

O texto termina, referindo-se às convocatórias de Di Maria e Aimar. Já agora, foi uma pena que nenhum dos dois tenha decidido o apuramento da Argentina, ontem, em Montevideo (O primeiro foi substituído a meio da segunda parte e o segundo nem saiu do banco), e ironia das ironias, esse apuramento tenha sido decidido por Bollati, um jogador com contrato com o FC Porto (no site deste órgão oficioso do clube de bairro do Alto dos Moinhos diz-se “ex-jogador do FC Porto”, quando seria mais correcto dizer “jogador emprestado pelo FC Porto ao…”, mas, enfim, já sabemos do que a casa gasta...).

A prosa ainda refere o facto de Nuno Gomes e César Peixoto terem sido convocados para o jogo com Malta e adianta-se que Quim pode perfeitamente voltar à selecção uma vez que “já lá esteve” e é “titular da águia”. Um amigo meu sportinguista diz que também Rui Patrício já lá esteve e é titular do leão, por exemplo.

O texto termina com um fantástico “Haja fôlego, que as jóias da coroa encarnadas prometem ser em quantidade na vitrina de luxo que é o Mundial.” Eu já estou a pensar comprar botijas de oxigénio e bombas iguais às das pessoas que sofrem de asma para quando começar o Mundial. Podia-se criar uma espécie de efeito-pandemia, igual ao da gripe A. Acho que muita gente ia ganhar dinheiro com isso.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A imprensa desportiva é do mais cómico que há

Continuo a divertir-me com as manchetes sobre o terceiro classificado da época passada com que os jornais deportivos sulistas vão amealhando receitas extraordinárias (neste início de época, porque lá para o final, a coisa volta a ficar preta).
Há dias era A Bola, lembrando que o Benfica tem o melhor ataque no mundo, isto, contando com os penaltis e faltas artisticamente sacadas por Saviola, Aimar e companhia. Hoje, na falta de melhor, descobrem que o clube do bairro do Alto dos Moinhos é milionário porque tem sete jogadores no top-10 das cláusulas de rescisão em Portugal. A diferença é que, enquanto outros vão efectivamente vendendo a bom preço os seus craques, estes conseguem mantê-los, sendo que este conseguem deve ser entendido por ninguém pega neles por aqueles valores.
O Record também contribui para a minha boa disposição diária. A manchete de hoje diz "Maradona aposta no Benfica", para ver se leva a Argentina ao campeonato do mundo. É a solução óbvia, porque, como todos sabemos, o Benfica, pela experiência acumulada nos últimos anos, é uma inspiração para quem pretende jogar grandes competições internacionais. Segundo este pasquim, "Di Maria e Aimar são fundamentais para a Argentina". Não fosse a alvi-celeste estar em sérios riscos de não ir ao mundial, Maradona ter a cabeça no cepo, e, em desespero, tentar sacar coelhos da cartola, eu até era capaz de conseguir fazer um ar sério ao ler esta manchete.

domingo, 4 de outubro de 2009

Tudo combinado

O título deste texto refere-se obviamente à forma como marcámos o segundo golo, uma jogada de laboratório, daquelas em que tudo está combinado e sai na perfeição (mesmo com o árbitro a atrapalhar). Contra uma equipa de muita qualidade, em que se vislumbra algum FCP do futuro, tivemos de correr e suar muito. A vitória foi natural e até pecou por escassa, mas, ganhando 1 a zero ou 8 a zero, a colheita pontual é a mesma.
Em termos individuais, Bellushi foi para mim o melhor em campo. Com pezinhos de lã e olhos nas botas, este jovem que veio da Grécia foi o farol que iluminou o caminho da baliza (que bonita metáfora!). A seguir, Falcão e Hulk, o primeiro por ter bisado, o segundo por ter acertado no poste uma porrada de vezes. Hulk atravessa um período de aversão ao golo, mas o volume do jogo atacante do FC Porto passa sempre por ele e pela sua capacidade de explosão. Sim, erra muitas vezes e falha mais do que nós queríamos, mas temos de ser um pouco condescendentes para com um jogador que joga sempre no risco e com os olhos postos na baliza.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Passatempo: momento poético

Complete o seguinte poema com a opção que, na sua opinião, é a mais adequada ao momento:

Com três letrinhas apenas
Se escreve a palavra _______
É das palavras pequenas
A maior que o mundo tem*


a) mãe
b) aek
c) fcp

(* não tem que rimar)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O AEK não goleou... ou era ao contrário?!

Existe a "bolha da Internet" e a "gripe das águias". São duas inflamações mentais curáveis. Com o fim da primeira o pessoal deixou de acreditar que qualquer coisa acabada em ponto.com dava dinheiro. E com a cura da segunda o pessoal vermelhusco deixa de crer piamente nas manchetes desportivas de Verão.

Eu achava que isto ainda se arrastaria até Novembro, porque é como a gripe sazonal. Afinal está mais perto do fim do que eu supunha. E não foi preciso nenhum colosso europeu. Bastou uma equipa grega de 2º plano. Sejam bem-vindos à realidade.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

From Colombia with love

Estou feliz. Uma vitória sobre espanhóis com sabor a Benfica sabe sempre bem. Simão, Reyes e companhia saíram hoje do Dragão ao som de "olés" e Paulo Assunção deve estar a pensar se terá valido assim tanto a pena deixar de ganhar títulos para engordar a conta bancária.

A vitória de hoje está ligada aos nossos colombianos. Primeiro, a entrada em cena de um Guarín dinâmico e ofensivo, com passagem de Meireles para a posição 6. Para alguns, terá sido mais a saída de Tomás Costa a fazer a diferença, mas penso ser injusto crucificar o argentino porque foi o seu primeiro jogo a titular, um jogo da Champions, numa posição em que o próprio confessou ter jogado uma ou outra vez enquanto junior. Em segundo lugar, o golo de Falcao (injusto compará-lo ao golo de Madjer em Viena/87) que nos vem mostrar que temos no Dragão um ponta-de-lança não só frio e letal mas também virtuoso.

Gostaria ainda de destacar Fucile, Bellushi e Hulk. O primeiro porque fez talvez o jogo mais perfeito defensivamente que lhe vi fazer até hoje, sabendo ainda apoiar o ataque com determinação. O segundo porque tudo ou quase tudo o que faz, faz bem, com discernimento, sem complicar o que é fácil, e com muita qualidade técnica. O terceiro porque é o nosso maior desequilibrador e hoje provou isso mesmo deixando os laterais do Atlético com muitas dores no pescoço.

Agora, duas vitórias contra o complicado APOEL dão-nos os oitavos-de-final. Estou confiante.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Acabou-se o cimbalino (a 35 cêntimos)

Não sei se teve alguma influência, mas dois dias após a derrota do Sporting no Dragão e a nossa "publicidade" (não paga, já agora) ao Solar do Norte (casa do Sporting), no post anterior, o referido cartaz com a promoção desapareceu da janela onde estava pendurado e a bandeira do Directivo foi substituída por uma mais arranjadinha com o nome do edifício. Talvez tenha sido uma medida de protesto contra a vergonhosa arbitragem que, segundo os sportinguistas, impediu a vitória no Dragão, ou então o reconhecimento de que, em tempos de crise, o melhor é mesmo pôr o cafezinho ao preço habitual, que a equipa não dá garantias de coisa nenhuma.

sábado, 26 de setembro de 2009

Calimero uma vez, calimero para sempre

Mesmo ao lado da igreja do Bonfim, fica o "Solar do Norte", uma espécie de casa do Sporting na cidade do Porto. Este ano, decidiram implementar a medida, não original, diga-se desde já, de cobrar apenas 35 cêntimos pelo cimbalino, "Até o Sporting ser campeão", lê-se no cartaz, como podem ver pela imagem. Se passarem por lá, dêem uma ajuda aos rapazes (a bandeira hasteada diz "Directivo"), porque, pelo que estamos a ver, não será este ano que o café será aumentado.
O Sporting até teve uma boa atitude a jogar com dez, mas aquela defesa, com laterais medíocres e um central na curva descendente da carreira, mete água por todos os lados. Foi pena que o FC Porto tenha abdicado do jogo, a certa altura, e tenha dado o domínio do mesmo ao Sporting.
A expulsão de Polga foi, ao contrário do que a maioria pensa, o momento que equilibrou as equipas em campo, porque nós nunca tivemos onze jogadores desde o início. Há quem chame a isto perseguição, mas se me apontarem um momento positivo de Mariano González, neste jogo, reconhecerei que estou a ser injusto. Um passe de ruptura para jogada perigosa, um remate perigoso, uma participação positiva em jogada de envolvimento, sei lá, apontem-me qualquer coisa de bom que Mariano tenha feito em termos atacantes. É que não vi nada!
Outra exibição medíocre, na linha do que tem feito nesta época, foi a de Raul Meireles. Se o nosso meio-campo não se impôs em Braga e, hoje, perdeu tantas bolas para o Sporting, a ele o deve. Meireles parece ser o jogador que mais falta tem sentido do apoio de Lucho González, talvez lidando mal com a pressão de sobre ele recaírem maiores responsabilidades na construção ofensiva. Da mesma forma que Maniche nunca seria o que foi sem um Deco, este Meireles parece estar órfão de Lucho. Talvez lhe faça bem começar um jogo ou dois no banco e dar a titularidade a um Guarín ou, porque não, a Valeri.
As queixas de arbitragem na equipa de Alvalade são como a abstenção em dia de eleições. Existem e hão-de existir sempre. Paulo Bento queixa-se da segunda expulsão de Miguel Veloso e da não expulsão de Raul Meireles. Mas não diz uma palavra sobre o facto de, já antes do cartão amarelo a Meireles, dois jogadores do Sporting, Liedson e Polga, terem merecido o cartãozinho, que Duarte Gomes perdoou. Também nada diz sobre o à-vontade com que os seus jogadores berraram com os árbitros-assistentes sem que nada lhes acontecesse. Quem não se lembra dos tempos em que qualquer frase dita por jogadores do FCP a fiscais-de-linha resultava invariavelmente em amarelo e mesmo em vermelho?
É claro que a culpa desta confusão é também nossa, que tivemos a oportunidade para matar o jogo e a desperdiçámos, curiosamente, por um dos nossos melhores jogadores da noite, Falcao. Este colombiano é um jogador de grande qualidade. Nunca fará esquecer Lisandro Lopez, mas deixa a concorrência interna a milhas. Na noite de hoje tivemos ainda direito a um Hulk de alto nível, não a tempo inteiro, mas em momentos cruciais: sofreu a falta que deu origem ao livre do golo, semeou o pânico na defesa sportinguista nos primeiro vinte minutos, "expulsou" Polga num lance magistral e teve um remate fabuloso de fora da área para defesa de Rui Patrício. Depois, jogar com Bellushi é jogar com alguém que sabe o que fazer com a bola. E hoje Jesualdo terá percebido a falta que o argentino fez em Braga.

Um vez é gralha, TRÊS vezes é o quê?

A Lusa, a través do portal Sapo, publica a notícia de que o FC Porto vai vender "1983" bilhetes aos sócios a 1 euro para o jogo de hoje. O motivo é a comemoração do ano de fundação do clube, "1983". Chego então à conclusão de que sou mais velho que o meu clube. Escrito assim uma vez até pode ser gralha, mas quando a data aparece três vezes pode ser qualquer coisa entre a incompetência e o gozo. Aqui está a notícia:

Futebol: FC Porto oferece aos sócios 1983 bilhetes a um euro para o "clássico" com Sporting
25 de Setembro de 2009, 22:04


Porto, 25 set (Lusa) - O FC Porto comemora o ano da fundação(1983) oferecendo aos associados o mesmo número de bilhetes, a um euro, para o primeiro clássico da época frente ao Sporting, a disputar sábado no Estádio do Dragão.

A iniciativa integra-se nas comemorações do 116º aniversário do clube, na próxima segunda-feira, 28 de Setembro, e os 1983 bilhetes poderão ser adquiridos pelos sócios na bilheteira Nascente do Estádio do Dragão, entre as 12:00 e as 14:00 de sábado. O FC Porto-Sporting inicia-se às 19:15.

O FC Porto coloca ainda segunda-feira à venda na Loja do Associado 116 Dragon Seats com 50 por cento do desconto sobre o preço habitual.

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/10163128.html

domingo, 20 de setembro de 2009

With a little help from their friends...

A onda vermelhusca passou por Leiria e colheu pontos mais do que deveria: mais um penalty inventado mas que os comentadores do Canal 1 classificaram como uma "imprudência" do defensor do União. Estão certos - tirar a bola da frente de um jogador do SLB na área resulta sempre em grande penalidade quando as galinhas precisam de ajuda.

Sem alma, sem sorte e sem rasgo

O que Porto fez em Braga foi pior exibição desta época. Exactamente quando era preciso ser mais dominador, mais confiante e mais afirmativo, Jesualdo insistiu na conservadora táctica de Londres e, especialmente, na titularidade de Guarin. Só que o Braga não é o Chelsea, nem tem o meio campo de pesos-pesados da equipa de Anceloti. Manter o colombiano no 11 abdicando de um nº 10, que só poderia ser Bellushi, foi antes de mais uma demonstração de temor, de reverência, que teve consequências óbvias na atitude da equipa em campo.

Dizer que fomos dominados é falsear a verdade, mas o que é efectivamente certo é que o Braga fez mais pela vitória do que o Porto, excepção feita aos 5 minutos finais. E uma equipa que quer vencer a Liga não pode limitar-se a equilibrar o jogo, a ter tantas chances de golo quanto o adversário. Não me vou alargar em grandes considerações porque daquilo que vi só me agradou, a espaços, o trabalho do Varela, que fez mais do que os "consagrados". O resto da equipa este mal ou simplesmente passou ao lado do jogo - Hélton não fez quase nada e não tem culpas no golo, Falcao teve uma única oportunidade e falhou -todos os outros estiverem sofríveis, com passes falhados, incapacidade de reter a bola e, no caso do Hulk, uma estúpida insistência em lances individuais condenados ao fracasso (o Braga foi mais solidário a defender e era comum ver-se o jogador do Porto que tinha a bola rodeado por 2 ou 3 adversários).

Umas palavrinhas sobre a arbitragem e sobre os comentários da SportTV: dizer que o lance entre o Alan e o Álvaro Pereira é um penalty evidente é coisa de benfiquista à paisana; dizer o contrário no lance da 2ª parte em que o Hulk caiu na área do Braga tocado por trás é só a confirmação desse clubismo. Nem um nem outro foram lances "evidentes". Mas onde o Proença começou a influenciar o rumo do jogo foi nos cartões amarelos que muito cedo exibiu ao Hulk e ao Falcao; no caso do brasileiro, se tivesse mantido o critério de punir daquela forma todas as simulações, poucos jogadores do Braga teriam acabado o jogo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

À distância de um click

Mais um jogo em Londres, mais uma derrota - o cenário não surpreende mas a realidade do jogo nada teve de comum com as outras duas "recentes" derrotas face ao Chelsea e muito menos com a barraca do jogo com o Arsenal.

Na realidade, eu gostei do que vi em termos de postura e atitude, sobretudo na 1ª parte e, na 2ª, após do golo dos ingleses. A equipa defendeu praticamente com 1o elementos atrás da linha da bola, durante alguns períodos do jogo, mas nunca esteve encostada às cordas. Face a um conjunto que venceu todos os jogos oficiais em que participou esta época e que conta agora com um italiano que está a impor um tipo de futebol matreiro, discutimos o resultado até ao fim, e se é verdade que poderíamos ter sofrido o segundo, estou em crer que o FCP esteve ainda mais perto de fazer o empate, algo que seria o desenlace mais adequado ao que se passou. Mas perdemos, e isso é sempre mau - só os medíocres se contentam com vitórias morais.

Quanto ao desempenho dos nossos: eu perdi os minutos iniciais e quase entrei em colapso nervoso quando vi o Guarin em campo. Na verdade, a troca do Varela pelo "Cebola" era previsível (embora eu não a defendesse) e a saída do ponta de lança para povoar melhor o meio campo (com o Mariano) e deixar o Hulk sozinho na frente era algo igualmente antecipável. O que eu não esperava era ver o Belushi fora da equipa em benefício do mal-amado colombiano.

Pois bem, 5 minutos depois estava convencido das virtudes da estranha opção do Jesualdo - Guarin não só recuperou muitas bolas e lutou em condições de igualdade física com o poderoso meio-campo adversário, durante todo o jogo, como ainda teve tempo e engenho para chegar mais à frente e, pelo menos em 2 ocasiões, estar muito perto do golo. O nosso frágil Belushi é certamente um artista mais dotado e mais lúcido na hora do passe mas jamais conseguiria enfrentar defensivamente o poder de um Ballack, um Lampard e, sobretudo, de um infatigável Essien. Por isso, tendo advogado que este jogador não tinha lugar no plantel 2009/2010, tenho que admitir ter visto hoje o melhor jogo do Guarin desde que está no Porto, realizado em condições difíceis e contra uma das melhores equipas do mundo. Em suma, afinal, talvez mereça mais algumas oportunidades.

Quanto aos outros: Hélton esteve simplesmente impecável (defendeu remates impossíveis, incluindo o que antecedeu o golo de Anelka), A. Pereira sempre muito bem a atacar, Meireles uns furos acima do que se tem visto, com um Hulk desiquilibrador mas com demasiadas opções erradas (sobretudo quando a frescura física se foi). Gostei do trabalho dos centrais, de algumas coisas do Fucile, do contributo do Varela (deveria ter estado mais tempo em campo) e da classe dos pormenores do Falcao - este tipo segura bem a bola, tem visão e vai ser um caso de sucesso. Foi pena termos perdido o Fernando, que esteve bem, porque vai fazer muita falta contra o Atlético de Madrid. Por outro lado, foi evidente que o Cebola está ainda muito abaixo do seu melhor. Falta o Mariano - quanto a mim, fez um jogo fraquinho e não justificou a titularidade.

Resumindo: foi uma derrota que não coloca em causa a imagem do FCP nem causará impactos negativos no moral da equipa. Não obstante, ganhar o próximo jogo da Champions passou a ser, mais do que uma necessidade, uma obrigação - os espanhóis ficaram-se pelo empate face ao Apoel, local onde é quase imperioso ganhar, e a nossa disputa pelo apuramento é com eles.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Amanhã ganham os azuis

Perdão. Queria dizer os "azuis-e-brancos", a cor mai' linda do mundo.

Há várias coisas que ocupam a mente de qualquer portista nesta altura. Uma delas é saber se o Rodriguez vai ser titular ou se a aposta no Varela é para valer. O puto está a justificar plenamente a titularidade, mas Stamford Bridge não é propriamente o campo da Naval, por exemplo. Cristian "assinei em 5 minutos" Rodriguez e Hulk sozinhos na frente, com um meio-campo reforçado com Mariano González (tirem-me o Guarín deste filme, por favor), pode ser a ideia de Jesualdo para amanhã. Não acredito que Valeri entre no onze até porque parece ainda um jogador demasiado ansioso e sem "coisos" para assumir o jogo. E quanto a Álvaro "assinei em 4 minutos" Pereira, muito bom a atacar, mas com problemas a defender, competência em que parece ser muito faltoso? Será que Fucile ocupará o lado direito da defesa e assistiremos à estreia absoluta de Sapunaru?

Outro motivo de preocupação tem a ver com Hélton e a tendência para meter água em jogos de grande importância ou em momentos fulcrais. O Hélton, por exemplo, nunca dá abébias quando estamos a ganhar por muitos e a vitória não escapa. O brasileiro tem essa queda para deitar tudo a perder em momentos-chave. Espero que esteja à altura do grande guarda-redes que acredito que é.

Por falar em abébias, gostaríamos todos muito, certamente, que ao Bruno Alves não passasse uma coisinha má pela cabeça como aquela assistência para golo do Rooney no ano passado em Manchester. Este começo de campeonato do filho do Wahsington não está a ser famoso, notando-se alguma apatia e lentidão de processos... Espero que amanhã esteja à altura do grande defesa-central que é.

Por falar em Manchester, o que a malta queria era uma exibição semelhante à do ano passado. Ou então àquela no Vicente Calderon. Foram dois momentos sublimes da nossa equipa, que curiosamente não resultaram em vitórias, muito injustamente. Se conseguirmos fazer o mesmo amanhã, já não me importo de trazer um empate de Stamford Bridge.

domingo, 13 de setembro de 2009

Deliciar primeiro, gerir depois

Não me admirava nada que, ao intervalo, Jesualdo Ferreira tivesse de refrear os ânimos dos jogadores portistas que queriam bater os 8-1 do terceiro classificado ao Setúbal.

"Grande primeira parte! Parabéns, pessoal. Agora, calma. Na terça-feira temos o Chelsea, vamos abrandar um pouco. O terceiro classificado vê a Champions no sofá. Nós temos de comer a relva. Não quero ninguém lesionado. Ó Álvaro Pereira, estás a ser o melhor em campo, já fizeste uma assistência para golo, pá. Vou-te poupar. Ó Hulk, se continuas a jogar bem, tiro-te do campo. Ó Radamel, já marcaste um golo, já tens a média garantida. Agora, tem calma. Ó Rolando, essa mania de ires lá à frente molhar a sopa... eheh. Bem, vamos gerir, pessoal. Gerir!"

Deve ter sido mais ou menos assim.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Alô, Mizé? Alô? Alguém aí?

Um delegado omite intencionalmente a pressão e as injúrias cometidas no túnel por jogadores do terceiro classificado. A isto chama-se o quê?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Portugal é um bocejo

Fui só eu que quase adormeci a ver o jogo de hoje contra a Hungria? E só não passei pelas brasas porque a menina se lembrava de "dar à roca", de cinco em cinco minutos, produzindo um ruído que tinha tanto de irritante quanto a voz do João Malheiro.

O jogo confirmou que o nosso futebol atravessa uma crise de talento. Os talentos supostamente estão em campo, mas dali não sai uma exibição consistente de domínio e qualidade. E, desculpem-me os fãs do melhor jogador do mundo, o tal que não tem nada a provar, mas Cristiano Ronaldo passa pela pior fase que lhe vi desde que me lembro. Pouca coisa lhe sai bem e recorre cada vez mais ao protesto. Parece-me um jogador sem alegria, sem chama (ele que já há muito se tornou num jogador demasiado "sério" em campo).

Não consigo destacar um jogador português de que tenha gostado. Dos outros, gostei a espaços do Deco e do Pepe. O Liedson jogou?

Salvou-se a vitória, que, nos tempos que correm, é o mais importante. A Dinamarca empatou, o que foi bom porque obriga-os a terem de ganhar à Suécia, o que vai ser bom porque permite-nos alcançar o segundo lugar se ganharmos à Hungria e a Malta. Fácil, não?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Prémio "Perna de Pau"

Quantas manchetes fez ou fará um jogador mediano como este na sua vida de futebolista? Portugal é mesmo um caso à parte no jornalismo desportivo.

sábado, 5 de setembro de 2009

Azelhas e vikings

As preces da Igreja Scolarista Lusitana foram ouvidas: Portugal está 99,9% fora do Mundial 2010. E, muito francamente, olhando para este jogo, é difícil colocar o trabalho do seleccionador em causa quando jogadores com a experiência e a qualidade dos que dispomos falham tantos golos. Mas isso é uma parte da história deste (não) apuramento.

Como disse antes, a Dinamarca tinha tudo a seu favor, mas ainda sobrou mais durante a 1ª parte: uma benevolência excessiva com as placagens dos vikings (uma coisa é "deixar jogar" outra é não marcar as devidas faltas), um penalty perdoado e, está claro, uma eficácia demolidora: no primeiro remate decente à baliza de Eduardo fizeram golo. Ainda mais espantoso é ver que Portugal fez uma 1ª parte de domínio absoluto (sobretudo depois dos 20 minutos de jogo), com jogadas ao primeiro toque, aberturas fantásticas mas, na maioria dos casos, remates anémicos ou que erraram o alvo.

Curiosamente, Portugal marcou na 2ª parte, etapa do jogo em que atacou atabalhuadamente e onde os dinamarqueses tiveram várias hipóteses de "matar" o jogo. Foram 40 minutos de absoluto desespero e desordem, em contraste com a harmonia com que as transições foram feitas no 1º período. Depois do golo, marcado na sequência de um canto, por um jogador baixo que nem precisou de tirar os pés do chão (suprema ironia, não é), Portugal voltou a empurrar os Dinamarqueses para trás, mas foi tarde demais.

Poder-se-á dizer que o Liedson deveria ter feito parte do 11 inicial. Que, eventualmente, a história do jogo seria muito diferente se o penalty tivesse sido assinalado. Mas a verdade é que a infelicidade deste e do outro jogo com a Dinamarca não são a causa do nosso mal sucedido percurso na fase de apuramento. Portugal falhou em muitos outros jogos e é por isso que hoje estava à mercê destes acasos do futebol. No futebol, como no resto, a sorte desempenha um papel relevante, mas quando apenas se vence 2 jogos em 7 possíveis, é desonesto evocar esse factor como justificação para o insucesso global.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

No reino da Dinamarca

Na linguagem do boxe, dir-se-ia que selecção está encostada às cordas. E isto tem servido para que muitos evoquem o sargentão brasileiro, que desde o desterro douradado onde foi parar não cessa de manifestar a sua má educação - desta vez resolveu zurrar a propósito das críticas mais do que justas que o Sérgio Conceição decidiu fazer.

Lamento que a inépcia de Queiroz sirva para endeusar Scolari: disse e repito que a nenhuma selecção do brasileiro jogava como, por exemplo paradoxal, o Portugal de Carlos Queiroz jogou contra a Dinamarca... apesar da derrota. O conjunto de Scolari era uma equipa burocrática, com tendência a arrastar-se para os penalties, que falhou sempre nos momentos mais cruciais. Ainda que tivesse um Deco no auge, contasse ainda com o Figo e, convirá não esquecer, pudesse ser alicerçada no trabalho que o Mourinho desenvolveu no FCP campeão europeu. E se tivémos um guarda-redes que só servia para os penalties, isso fica a dever-se à casmurrice e ao preconceito então vigentes.

Independentemente do que referi, não defendo o regresso às "vitórias morais" e, efectivamente, amanhã não espero menos do que um triunfo inequívoco. Não porque a Dinamarca seja uma selecção mediana, mas antes porque quem quer mostrar pertencer à elite do futebol mundial tem que ser consequente. Está na altura do Ronaldo contribuir decisivamente para o conjunto e não para as suas vaidades. E, claro, com o Liedson, ainda que longe dos seus melhores dias, deixamos de ter o problema do ponta-de-lança incompetente. É óbvio que não temos uma garantia na baliza, que o Nuno Gomes é uma fraca alternativa ao Liedson e que a pressão está toda do nosso lado. Mas é nestes momento que se vê quem são os verdadeiros heróis da bola, os que não se escondem e os que não se limitam a fazer declarações de intenção nas conferências de imprensa.

Uma nota para os Sub-21: vi a parte final do jogo e adorei observar a classe do Ukra e o toque de bola do Rui Pedro (que presumo seja ainda um dos nossos). Além disso, registei o amuo do Coentrão, que não aceitou os assobios com que a sua pálida exibição foi contemplada - deve achar-se imune à crítica, algo de muito comum para quem joga no clube das gaivotas.