terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Botação: a imagem do ano

Ainda meio atordoados pelo "banho de bola", "massacre", "violação em massa", a que fomos sujeitos em Alvalade, entramos no último dia do ano em modo de restropetiba, trazendo a este espaço mais uma botação. A ideia é eleger a imagem do ano. Para tal, escolhemos cinco imagens marcantes de 2013, que representam, com variedade e total imparcialidade, os momentos mais importantes do ano futebolístico. Começámos com cerca de noventa e duas imagens, mas tivemos de apertar o crivo. Para tal pedimos ajuda às funcionárias da limpeza que, todos os dias, arrumam a jabardice que fazemos neste blogue, e às meninas da receção, duas simpáticas ucranianas que nos levam a casa nos dias em que o FCP perde ou empata. Chegámos, pois, a cinco imagens, nas quais devem botar (assim, com b) de modo a elegermos a melhor. É na barra lateral e acaba na sexta-feira. Obrigado pela participação.

Imagem 1.
Jorge Jesus ajoelhado no relvado do Dragão. Vítor Pereira (saudades...) corre como um louco, de punhos cerrados. Não sei o que de grave se terá passado, mas nunca um treinador adversário se tinha ajoelhado assim no estádio do FCP. Nem nunca outro o fará, acho eu.



Imagem 2.
Benfica TV. Relato de um jogo de futebol. O senhor da esquerda está de cabeça baixa durante quinze segundos. Quinze longos segundos. Uma vida. O senhor da direita tenta balbuciar algumas palavras para preencher o vazio. Apenas um jogo de futebol, meu deus. Um jogo de futebol.

Imagem 3.
Aquele jogador que está sentado na trave de uma baliza chama-se Ivanovic, é sérvio e joga no Chelsea. Tem uma medalha ao pescoço e levanta os braços como se tivesse ganho uma prova europeia. Mais: como se tivesse marcado o golo da vitória aos 92 minutos, vejam lá.


Imagem 4.
Cardozo, Jesus e um aspirante a árbitro de boxe. O avançado estica o braço e parece zangado: "Três finais, ZERO títulos, hombre! O caminho da rua é ali!". Jesus, que já antes tinha sido empurrado pelo paraguaio, responde à letra: "Calma que ainda podemos ganhar a Taça de Honra da AFL!". 


Imagem 5
Jesus tenta salvar a vida de um jovem adepto que estava prestes a ser devorado pelos monstros da segurança policial. O homem luta, atira-se ao chão, puxa, bate, rasga. Um momento de incomparável amor pelo adepto anónimo protagonizado por quem, normalmente, não gosta de se meter em confusões.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Um passo atrás ou a confirmação de uma equipa medíocre?

Pomo-nos a jeito e depois acontece isto: jogadores e equipa técnica do Sporting de peito cheio em declarações de vitória moral arrebatadora, em que "reduziram" e fizeram o que "ninguém fez ao FCP" nos últimos anos. No final, um empate a zero.
Dando de barato todo o exagero da parte lagartal, é claro como a água que a haver um vencedor, teria de ser o Sporting. Remataram mais, tiveram mais oportunidades, foram mais equipa, e proporcionaram a Fabiano a eleição de melhor em campo. Mas tudo isto foi conseguido, no meu ponto de vista, mais por demérito nosso do que por mérito deles, muito à custa de uma desorganização total da nossa equipa, que, mais uma vez, fez uma exibição medíocre. Em suma, pouco se aproveitou, para além do guarda-redes, numa exibição que constituiu um passo atrás em relação às boas indicações dadas contra a Olhanense.
Uma última palavra para a transmissão da TVI. Quando se junta um ex-diretor de comunicação da SAD do Sporting, Pedro Sousa, e um ex-jogador formado no mesmo clube, Dani, só podemos ter o estilo de narração e comentários que tivemos. Não falo apenas dos berros de Pedro Sousa a todo e qualquer inofensivo remate do Sporting ("Tiro de Montero!", num remate fraquinho e bem ao lado da baliza é apenas um exemplo). Os comentários de Dani foram sempre no sentido de encontrar soluções para que o Sporting chegasse ao golo, chegando mesmo a lamentar passes errados, aberturas falhadas, etc... pelo jogadores leoninos. Vivemos uma altura em que, na generalidade da comunicação social, tudo o que um puto do Sporting faça em campo vale ouro, mas o Dani hoje exagerou...

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Confusão natalícia

Quintero quer falar com a SAD porque não joga e quer ir ao Mundial. Defour diz que está triste e faz mais um aviso, este mais assertivo, de que ou joga ou vai-se embora. Jackson Martínez diz que não sente necessidade de conversar com vista à renovação. Ghilas pediu para ser emprestado porque também quer ir ao Mundial.
Mas o que é que se passa com o nosso balneário? É certo que cada caso é um caso e não cabem todos no mesmo saco, mas não há memória de tanto jogador a armar-se ao pingarelho, ao mesmo tempo, no nosso clube. Isto é afinal sinal de quê? De um enfraquecimento da posição de Pinto da Costa? De uma anarquia instalada nos poderes de decisão do clube? De um assalto, sem precedentes, dos empresários ao clube?
Alguém tem de dizer a estes jogadores que eles têm contrato com o clube, que só saem se o clube quiser, e que, em última instância, acontece-lhes o mesmo que a um certo ganês de quem ninguém ouviu falar, pelo menos até agora, na Europa. No meio disto tudo, anda por lá um francês maluco que insiste que quer continuar no FC Porto e ganhar muitos títulos.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Ele veio para nos salvar

E de repente aparece este Carlos Eduardo, armado em Kaká, a fazer jogar, a assistir para golos e a marcar, ele mesmo, um grande golo ontem. Mas de onde saiu este marmelo? Desconfio que nem mesmo Paulo Fonseca sabe. Se soubesse, já o tinha posto a jogar há mais tempo. De qualquer maneira, este brasileiro está a ser providencial na forma como assume a tarefa de levar para a frente uma equipa que andava pelas ruas da amargura. Um autêntico messias por que esperávamos há muito. E estamos no Natal.
Não vi o jogo de ontem, apenas o resumo, mas deu para perceber que a Olhanense é uma equipa de trazer por casa - assim como 70% das equipas do nosso campeonato - e que nós aproveitámos esse facto da melhor maneira. Gostei dos golos contruídos pela nossa equipa B, com o trio Kelvin-Herrera-Carlos Eduardo em destaque. Gostei da capacidade de elevação do Mangala (qualquer dia, dá uma cabeçada na trave e aleija-se a sério) e da nota artística de Jackson Martinez. Gostei também de ver Ghilas com direito a mais minutos de jogo: três, mais precisamente, uma vez que entrou a cinco minutos do fim, em vez dos habituais dois.
PS - Quintero disse, hoje, na partida para as férias de Natal, que quer ir ao Mundial e, por isso, tudo pode acontecer em janeiro, insinuando uma possível saída. Só espero que este discurso tenha sido concertado com a Direção do clube, porque, se não foi, é muito mau.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Golaços só para um lado

O FC Porto B ganhou ao Sporting B por 2-1. Reyes abriu as hostilidades, depois Iuri Medeiros empatou, com um grande remate de fora da área. Um grande golo. Finalmente, Tó-Zé deu-nos a vitória num míssil, de livre direto, de fazer inveja a qualquer titular da equipa A. Podem ver os golos nesta ligação: http://vk.com/videos219672586.
O MaisFutebol teve duas reações completamente antagónicas faces aos grandes golos de Iuri e Tó-Zé. Estou a falar do acompanhamento em direto que surge no feed do facebook. Ora vejam:



Não é preciso dizer mais nada, pois não?

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Quaresma

No dia em que O Jogo noticia, em manchete, "Dois reforços para o ataque", sai a notícia dando Quaresma como certo no FC Porto a partir de janeiro. Lamento informar, senhor Presidente, mas a malta continua chateada. E não pense que acalma as hostes com este tipo de estratégia. Não defendo o lançamento assassino de tochas para cima do autocarro (meu deus, que tragédia podia ter ali acontecido...), mas temos direito à indignação, que pode muito bem levar ao esvaziamento progressivo do estádio e diminuição drástica dos lugares anuais (que este ano já sofreram um rombo considerável, motivado por uma crise que não poupa ninguém).
Vejo este regresso de Quaresma ao nosso clube com muitas reservas. E nem trago para a discussão a idade do jogador e o seu tempo de paragem. Lembremo-nos dos últimos tempos do extremo com a nossa camisola, com exibições pontuadas por assobios, com respostas do jogador, aos microfones, pouco simpáticas para os adeptos, com atitudes em campo de alguma displicência. Ver isto multiplicado num cenário de crise agravada seria catastrófico. Apesar disto, vejo aqui algo que pode fazer este regresso funcionar: ambas as partes precisam uma da outra. Quaresma precisa do FC Porto para relançar a carreira e poder dar-lhe uma reta final digna, com títulos e, quem sabe, um bilhete para o Mundial. O FC Porto precisa de qualidade nas alas e Quaresma é, para mim, melhor que qualquer uma das opções que fazem parte do plantel.

sábado, 30 de novembro de 2013

Alguém que salve este futebol

Uma equipa que não joga. Um conjunto de jogadores que não sabem o que fazer em campo e se chegam  a atrapalhar uns aos outros. Futebol aos tropeções, escorregadelas, passes transviados. Um treinador que mexe tarde e, quando o faz, retira de campo a mais talentosa das suas peças. É este o futebol moribundo do tricampeão nacional. É claro que Pinto da Costa não deixará cair Paulo Fonseca. Em janeiro chamará Quaresma, Anderson ou outra qualquer "velha" estrela a necessitar de reciclagem (Liedson e Izmaylov). Como se a reciclagem não fosse necessária a outros níveis...

O bloqueio explicado às criancinhas

Vamos diretos ao assunto. Quando toda a gente procura um fora-de-jogo no golo de Matic, que deu o 1-1 contra o Anderlecht, passa ao lado do que verdadeiramente aconteceu:: um bloqueio irregular que libertou as torres Luisão, Matic e Garay para que um deles fizesse o golo à vontade. Dividimos o lance em cinco frames (podem clicar para aumentar o tamanho). Atenção: as imagens seguintes podem chocar as mentes mais sensíveis.

frame 1

Enzo Perez prepara-se para bater o livre. Há dois jogadores do Benfica completamente adiantados em relação ao restante grupo de jogadores. Das duas uma: ou são estúpidos ou há ali coisa preparada. Vamos pela segunda hipótese. Os dois jogadores são Fejsa e Lima (quanto a este, não tenho a certeza, mas fica assim).


frame 2

A bola está a chegar à cabeça de Matic. Podemos ver Fejsa, junto à linha-limite da área, agarrado ao defesa que supostamente deveria acompanhar Luisão. Vemos, ainda, Lima sozinho, junto à marca de penalti, já depois de ter conseguido atrasar o defesa que estava entre Luisão e Garay. Vamos ver melhor como isto se processou através das imagens por detrás da baliza.


frame 3

O livre vai ser batido. Reparem nos dois jogadores dos coisinhos, adiantados, dentro da área. Fejsa (à esquerda) coloca-se na direção do defesa que marca Luisão. Lima, por sua vez, em frente ao defesa que está entre Garay e Matic. Tudo vai acontecer agora.


frame 4

A bola já vem no ar. Luisão, Matic e Garay avançam livres de marcação. Fejsa bloqueia um, Lima bloqueia outro. O sérvio chega mesmo a abrir os braços para impedir os defesas de passarem (isto é mais facilmente percetível no vídeo a que podem aceder no final do post).


frame 5

Fejsa continua agarrado ao defesa, mesmo junto à linha limite da grande área. Entretanto, o defesa bloqueado por Lima consegue contorná-lo, mas já é tarde. Garay à direita, Matic ao centro e Luisão à esquerda já estão a preparados para receber a bola. Um deles vai metê-la lá dentro.


E assim se fabrica um golo irregular, através dos tais bloqueios de que falava Vítor Pereira no ano passado. E é preciso denunciar isto. Mostrar com imagens. Ver. Desmascará-los. O vídeo encontra-se aqui: O bloqueio segundo os coisinhos.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Primeiros desejos de Natal

Qualquer um dos dois clubes portugueses que estão na Liga dos Campeões arrisca-se a ser trucidado nos oitavos-de-final caso consiga lá chegar. O FC Porto tem, claramente, a pior equipa dos últimos 10 anos (treinador incluído) e não conseguiu fazer nada de relevante na fase de grupos até ao momento. Os coisinhos não estão nada recomendáveis pelo que me foi dado a observar nas exibições dos últimos jogos. Assim, faço votos para que eles passem aos oitavos da Champions e de lá saiam muito bem humilhadinhos. O Celta de Vigo já lá vai muito longe e estamos a precisar de novas alegrias. Quanto a nós, acho que a Liga Europa pode ser interessante, contanto que a equipa vai melhorar (vai, não vai?) e janeiro nos trará mais-valias ao plantel (vai trazer, não vai?).

domingo, 24 de novembro de 2013

Desperdícios e ofertas

Dois jogos, dois empates seguidos. Quatro pontos perdidos. Os nossos adversários aproveitam. Eles, que, bem vistas as coisas, até jogam pior que nós.

Hoje, fala-se em falta de eficácia ofensiva do FC Porto. Lucho e Jackson falharam golos feitos, mas eu acrescento a outra falta de eficácia, a defensiva. Porque grande parte dos nosso problemas, este ano, têm que ver com os sucessivos erros que principalmente os centrais têm cometido jogo após jogo. Otamendi e Mangala, alvo dos grandes tubarões europeus, têm falhado consecutivamente, com sérios prejuízos para uma equipa que também não marca por aí além. Jackson Martinez está uma sombra do avançado letal que foi na época passada. Outro a quem acenam com contratos milionários (ou que suspira por um). Não sei se uma coisa está relacionada com a outra, mas há quem diga que sim.

Perante este estado de coisas, que faz o treinador? Tenta alternativas? Não. Mostra confiança no restantes elementos do plantel? Não. Maicon entra quando um dos outros dois se lesiona ou está castigado. Reyes nem cheira o relvado, ele que, até há pouco tempo, jogou a titular de uma seleção que vai ao Mundial. Já perdeu esse estatuto na seleção do México e, nisso, tem de "agradecer" ao clube que o contratou. Na questão do avançado, só a muito custo, e após a opinião pública portista fazer alguma pressão, é que Ghilas começa a jogar mais.

Ontem, tudo correu mal. Também na Luz (posso falar em sorte?). O Braga envia duas bolas à trave, depois comete um erro defensivo grave que origina o golo da vitória do segundo classificado. No Dragão, o FC Porto não marca nas várias oportunidades de que dispõe, comete um erro defensivo grave que origina o golo do empate, na única oportunidade do Nacional em todo o jogo. Jogámos mais do que o suficiente para ganharmos. Os coisinhos não jogaram o suficiente para merecerem os três pontos. No meio disto tudo, passa quase despercebido o amuo de Markovic ao ser substituído. Não estamos bem, mas eles não estão melhor.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Os astros alinham-se para nos tramar

No dia em que sai o Atlético para a Taça de Portugal, recordamos esse jogo de há sete anos, em que fomos eliminados pela equipa de Lisboa e em que Quaresma falhou um penalti que dava o empate, já nos descontos. Quaresma, que nos dois últimos dias foi associado a um possível regresso ao Dragão em janeiro. Medo.

domingo, 3 de novembro de 2013

Também temos um Cavaleiro

Fala espanhol e marca golos assim. Tinha dado um jeitaço, ontem, em Belém.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Blatter-Messi-Ronaldo

Há algumas coisas que eu gostava de dizer sobre o triângulo amoroso Blatter-Messi-Ronaldo:
1. Não gosto do Ronaldo. Nunca gostei e não é deribado a este episódio que vou passar a gostar. Falo dele enquanto pessoa, do que conheço pela TV, das histórias que vou lendo sobre ele. Como jogador é fabuloso, diferente de Messi, mas, ainda assim, estratosférico. Acho mesmo que será o melhor português que já vi jogar (não vi jogar o Hernâni, nem o Pavão).
2. O sr. Blatter tem direito a ter uma opinião, mas, pelo cargo que ocupa, talvez não fosse aconselhável emiti-la um público. Quis fazê-lo, tudo bem. Mas quis ir mais longe. Perante uma audiência jovem, universitária, Blatter pensou que tinha o direito de fazer stand-up comedy. "Iá, posso já ser um velhote, mas a malta jovem vai curtir-me à brava porque eu sou tótil cómico", pensou. Não é. A malta riu-se moderadamente, mas foi de espanto pela figurinha do senhor. Não teve piada aquela imitação do Ronaldo comandante (já agora, comandante só há um, e joga no FCP), muito menos piada teve a referência ao dinheiro gasto cabeleireiro.
3. Levantou-se uma onda de indignação em Portugal pelo que disse Blatter. Falou o Futre, falou o Jesus, falou o Fonseca, falou o Jardim, toda a gente teve direito a sovar o tipo. Até A Bola o mandou calar. Entretanto, já há petições na net exigindo a sua demissão. Vá, acordem. O Presidente da FIFA está-se a marimbar para as indignações lusas. Pediu desculpa, sim, mas faz parte do protocolo. O que ele quer é os bolsos recheados e o copo sempre cheio. E que ganhe o Messi, claro.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O garnisé

Miguel Torga escreveu um conto de que gosto particularmente (creio que n'Os Bichos) intitulado "Tenório".  Tenório era nessa história um galo cuja vida vai sendo narrada na perspetiva de que existe um ciclo de ascensão, apogeu e queda, no caso, traduzido na vida de um pinto que observa a soberba do galo dominador da capoeira, a forma como as galinhas o bajulam, bem como o momento de cair em desgraça e acabar no tacho, sem que o nosso Tenório perceba que a sua história será similar.

E para que serve este interlúdio literário, perguntais vós? E eu explico: em primeiro lugar, para assimilarem que se pode falar de bola sem se ser burgesso, mas, no caso, para que percebam as razões "profundas" do titulo deste post.

Findo o momento "boião de cultura", falemos de bola: ontem foi, essencialmente, o primeiro dia da descida à terra de um garnisé chamado Bruno de Carvalho. Não do seu treinador ou sequer da sua  equipa, que nunca se colocaram em bicos de pés, mas única e exclusivamente do garnisé. O garnisé é uma espécie ridícula de galo "wanna be", de queijo "tipo serra", de Datsun com escape barulhento e aileron colorido. É uma espécie de presidente de clube falido a fingir que é grande. É um candidato a campeão da segunda circular a dar-se ares de gajo que disputa a Champions.

Antes do garnisé do sbordem já muitos presidentes tinham tentado aquele "número": vamos dizer mal do Pinto da Costa, cortar relações, dizer que não cedemos ao sistema e os adeptos acéfalos aclamar-nos-ão em extase. Porém, nem o Pinto cede (deve ser de se chamar eternamente "Pinto" - relembrem a parte cultural...), nem os adeptos dos nossos rivais ficam quietinhos quando, depois da bazófia inicial, os resultados desportivos desfazem as ilusões.

O jogo? O jogo teve aquilo que se previa: eles querem mas não sabem mais e nós só corremos contra o prejuízo. Marcamos um golo e começamos "a gerir" à Jesualdo. Sofremos um golo e lá fomos tentar repor a ordem natural das coisas. Marcamos dois, ora essa. Correu bem, sim senhor. Mas não havia necessidade. Valeu pela expressão de amuo do garnisé.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Nunca voltes ao lugar onde já foste feliz

Rui Beloso canta "As Regras da Sensatez" (letra de Carlos Tê) e começa assim: "Nunca voltes ao lugar onde já foste feliz". Ora cá está: era da mais elementar sensatez que o Hulk se recusasse a jogar no Dragão e nos poupasse àquele espétaculo degradante de fazer gato-sapato da nossa defesa. Bem, na verdade, o incrível não marcou qualquer golo. "Apenas" assistiu para o golo do Kerzakov e aqueceu o tempo todo as mãos do Hélton. Mesmo assim já não foi pouco. Portanto, amigo Hulk, tinhas era de seguir o exemplo do Eusébio que, um dia, se recusou a jogar, pelo Beira-Mar, contra os seus coisinhos, mas, não conseguindo levar a dele avante, disse logo que não marcaria qualquer livre ou penalti contra o clube do seu coração. Aprende com o homem da toalha, ó Givanildo!
Em sentido contrário ao título deste artigo, vimos ontem o guarda-redes Roberto regressar ao sítio onde se fartou de fazer aquele clube infeliz. Como já disse o André Pinto, no excelente comentário no texto anterior, a imprensa tenta desviar as atenções para a falha do espanhol (que, apesar das condições, não deixa de ser uma falha...) quando, a bem da verdade desportiva, deveria referir a mentira que precedeu o golo: o canto não era canto.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Favorecimentos do Estado ao FC Porto

Desculpem, enganei-me no título. Queria dizer "Benfica" em vez de "FC Porto". Isto vem a propósito das declarações de Manuel Vilarinho ao site de A Bola, nas quais fica provado por A+B que, na Luz, os milagres existem. Diz ele, a propósito da construção do Estádio dos coisinhos:
"O estádio era algo que todos queriam. Talvez no Conselho Fiscal houvesse alguém que não quisesse, mas na Direção todos queriam. Debatíamo-nos com um problema, porém. Não havia dinheiro. A certa altura, João Soares teve uma intervenção decisiva, chamou os interessados. Depois, no Banco Espírito Santo, Pedro Neto disse-nos que esta obra tinha de nascer porque era o melhor para o Benfica e um trampolim para sairmos da crise. Fomos os últimos a começar e os segundos a acabar. O Mário Dias tinha a filosofia de que o dinheiro ia aparecer. Tínhamos era de começar. Foram muitas noites sem dormir."
Quem é esse filósofo milagreiro, de nome Mário Dias? Alguém tem o seu contacto? A sério, precisava, assim, de repente, que "aparecesse" uma razoável quantia de dinheiro na minha vida. Assim, meio milhãozito chegava. Mudava de carro, dava umas prendas à família e ainda ia buscar de volta o Hulk.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Porto-Zenit

Cheguei há bocadinho do Dragão com a sensação de que, este ano, não somos equipa de Champions. Se calhar, tentar fazer um figurão na Liga Europa talvez não fosse descabido de todo...
Estamos todos satisfeitos pela entrega, a garra, a solidariedade, a bravura que a equipa mostrou hoje em campo, mas o que me interessava mesmo eram os três pontos. Ou, dadas as circunstâncias, o empatezito que nos mantivesse no 2º lugar, já agora, empate que merecíamos, na minha opinião. Mas quem tem Hulk arrisca-se a ser feliz a qualquer momento, e foi o que aconteceu. Agora, domingo, espero sinceramente que não precisemos de jogar com dez para mostrarmos aquelas mesmíssimas qualidades...

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Um cordeirinho em pele de lobo

Eu tinha jurado para comigo mesmo nunca escrever sobre Nuno Lobo, o presidente da Associação de Futebol de Lisboa. Em primeiro lugar porque não escrevo sobre coisas insignificantes. O shampô que Jorge Jesus usa ou a extensão sonora dos agudos de Rui Gomes da Silva quando está com os azeites são matérias para me despertarem mais interesse. Em segundo lugar porque não conheço o senhor, ou melhor, não conhecia. E quando digo que não conhecia é porque nunca tinha ouvido falar de tal personagem até ao episódio de violência bárbara, macabra e selvagem a que a vítima foi sujeita no Estoril. Sabia que existia uma Associação de Futebol de Lisboa, mas desconhecia o nome do seu presidente. Até que o Caldeira lhe aqueceu as costas.
Hoje surgiu na imprensa a notícia de que a AFL, através da FPF, fez queixa à UEFA do FCP, de Pinto da Costa e de Adelino Caldeira. De Pinto da Costa por injúrias. De Adelino Caldeira por agressão nas costas. Do FCP porque vence títulos a um ritmo impressionante e estas merdas não se admitem, pá. Aliás, o Pobo do Norte sabe que em cima da mesa esteve a hipótese de uma queixa contra António Nicolau d'Almeida, que, no dia 28 de setembro de 1893 teve a desfaçatez de fundar o Foot-Ball Club do Porto, mas Rui Gomes da Silva terá convencido Nuno Lobo de que era complicado trazer o acusado até ao tribunal.
Confesso que os meus olhos soltaram um brilhozinho intenso quando li a notícia. É que a malta já tinha saudades de uma queixazinha à UEFA, depois das contribuições humorísticas que todas as anteriores queixas trouxeram ao anedotário nacional. E pensei logo que o que Michel Platini mais quer agora, que está ocupado com a mirabolante ideia de convidar o Brasil e a Argentina para o Campeonato da Europa, o que ele mais queria agora era que um chabalo qualquer lhe viesse fazer queixinhas porque, em Portugal, levou um cachaço.
Bem, vamos ver no que isto vai dar. Entretanto, e como gosto da saber de quem estou a falar, fui pesquisar sobre esta personagem e saquei algumas fotos do mesmo, incluindo a alegada transcrição dos alegados comentários alegadamente racistas que o alegado Lobo escreveu alegadamente no Facebook. E perdoem-me esta confusão de "alegações", mas não tenho tempo - nem dinheiro - para ir a tribunal responder por difamação.
Para além do já conhecido conteúdo racista destas palavras, é de salientar o apurado sentido da realidade do amigo do jovem, prevendo a humilhação do "braguinha", e do próprio Lobo, certo de vingarem a derrota do Villareal aos pés do FC Porto, que ele apelida de "clube da sempre 2ª cidade de Portugal".
Encontrei algumas imagens do dia fatídico. Esta, por exemplo, é de uma entrevista à CM TV (o que quer que isso seja), cujo título é "Violência no Estoril-Porto". Como se pode ver, o rapaz está irreconhecível, completamente desfigurado, faltando-lhe cerca de um quarto do maxilar e dois terços da espinha dorsal...
E como é que tudo aconteceu? Diz Nuno Lobo que "Na altura do primeiro golo do Estoril, levei um murro, uma palmada forte nas costas que me projetou para a frente, até me amparar no muro da tribuna presidencial. Foi uma agressão do senhor Adelino Caldeira, não sei se com a mão fechada ou aberta". Acho da mais extrema importância determinar se foi com a mão fechada ou aberta, se foi murro ou palmada. É que se foi palmada, muito bem, é bem possível que a força motriz não tenha sido a suficiente para fazer voar o jovem. Se foi com a mão fechada, não se percebe como foi possível não o ter mandado mesmo abaixo da tribuna. Desculpa lá, Adelino, mas isto não abona nada a teu favor.
Na imagem seguinte, segundos após a agressão, vê-se Nuno Lobo a chamar os amigos: "Ó pessoal, acabei de ser agredido! Ei! Ninguém me ouve? Socorro! Fui agredido!". Paulo Bento pensa "Mas que mal fiz eu para ficar sentado ao lado deste garnizé?". Adelino Caldeira pensa seriamente dar-lhe um biqueiro que o faça sentar e Pinto da Costa envia um sms à esposa a perguntar se quer ir ao cinema hoje à noite.
Na próxima imagem, já se vê Nuno Lobo sentadinho, enquanto Adelino Caldeira lhe tira as medidas por forma a encaixar da melhor maneira, numa próxima oportunidade, o seu sapato 43 na cabeça do jovem. Pinto da Costa continua a trocar sms com a sua adorável esposa, a dona Fernanda.
Nesta última imagem, enquanto Adelino Caldeira mantém aquele olhar amistoso e Pinto da Costa prossegue a troca de sms fofinhos, Nuno Lobo fixa o seu olhar no vazio. É já um olhar lívido, quase agonizante, de quem vê o horror no horizonte e a ele não tem maneira de escapar. Ele sabe que ao mínimo gesto hostil ao FC Porto poderá ter de apanhar os dentes com os braços partidos, tarefa para a qual, nota-se, ele não está minimamente preparado. Felizmente o jovem foi sensato e manteve-se bem comportadinho no seu lugar. Agora segue-se a batalha judicial que a UEFA terá de decidir e que vai, com certeza, prender a atenção de mundo futebolístico internacional.

domingo, 6 de outubro de 2013

Pensamentos soltos

Alguns pensamentos soltos, porque não me apetece escrever muito.
1. Herrera merece continuar a ser aposta. Gosto de Defour, mas como suplente. O mexicano é mais ofensivo, é mais forte fisicamente e tem um raio de acção mais largo do que o belga.
2. Quintero fez hoje aquilo que eu acreditei que ia fazer contra o Atlético de Madrid. Umas entram, outras não. Que jogue mais vezes e mais tempo.
3. Ghilas não jogou. Mais uma vez.
4. Luís Freitas Lobo estava à espera de algo verdadeiramente especial no fim do jogo. E teve-o...
5. O terceiro classificado tremeu que nem varas verdes contra 10. Sim, este ano temos é de nos preocupar com o Sporting.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Meninos

Em conversa comigo, um amigo disse-me que Paulo Fonseca o desiludiu hoje, numa espécie de exame europeu que o nosso treinador tinha de passar com distinção ou, pelo menos, tentar. Não conseguiu e não quis, diz o meu amigo. Para ele, Ghilas tinha de ter entrado naquele momento, já depois do 1-1, em que voltámos a comandar o jogo e a jogar no meio-campo espanhol. Foi mais longe, o meu amigo. Diz ele que Jorge Jesus, se estivesse no banco naquele momento, tinha metido o argelino e tentado acabar de vez com os espanhóis.
Percebo a ideia do meu amigo. Paulo Fonseca está a mostrar, algo surpreendentemente para mim, uma assustadora falta de ambição que apenas encontro nos treinadores "tugas" da velha guarda. Aquele tipo de treinador que prefere um empate contra uma boa equipa como mal menor, do que arriscar para ser feliz. Aquele "mister" que põe um Iturbe a dois minutos do fim. Ou um Ghilas no último minuto em desespero de causa. Um Manuel José ou Jaime Pacheco dos tempos modernos. E isso deixa-me muito apreensivo.
Os assobios que se ouviram, quando entra Ghilas para o lugar de Mangala, têm a ver com isso mesmo. Foram assobios com memória, porque ali assobiava-se, não apenas a hora tardia da entrada do argelino, mas o ostracismo competitivo a que tem sido votado pelo treinador. E quando o estádio voltou a assobiar após o apito final do árbitro, vi ali retroativos das exibições fraquinhas dos últimos jogos para o campeonato. É pena mas é mesmo assim. Ou Paulo Fonseca mete na cabeça que já não está a comandar o Paços ou ainda vamos ter muitos amargos de boca.
Aquele segundo golo, ainda que num possível offside, só acontece ao nível de uns distritais. Fomos uns meninos na forma como deixámos Turan meter-se na barreira para disfarçar e logo depois fugir com a bola dominada. Também Helton parecia um miúdo em início de carreira na forma como saiu da baliza no golo do empate. E Mangala, afinal, ainda não aprendeu a travar a tempo.

PS - Hoje foi o último dia em que ouvi a transmissão de um jogo na TSF. O que esta estação fez hoje a todos os portistas foi, não só uma falta de respeito ao FC Porto, mas também uma provocação baixa e barata ao nosso clube. Logo após as flash-interviews de Defour, Josué e Paulo Fonseca, e quando se aguardavam os comentários sobre o jogo, surge, assim do nada, uma ligação a Paris, onde, passo a citar "Luís Filipe Vieira esteve, hoje, na casa do Benfica onde voltou a tecer críticas ao clima de impunidade que se vive em Portugal", etc etc etc... Não haveria um momento, digamos, menos azul-e-branco para meter essa peça de inegável interesse jornalístico como é o presidente dos coisinhos repetir a cassete do costume?

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Coisas fascinantes

Sobre o que se passou no final do Guimarães-Benfica

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Paulo Madeira, no Record:

"Ele estava a tentar desapertar uma situação"

Ficamos sem saber em que aperto se encontrava o senhor que ele tentou desapertar, já que apertos daqueles são comuns em manifs que dão para o torto e invasões de campos de futebol.

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Vieira, no Record

"Eu não vi o Jorge agredir"

Não vi o Jorge agredir, nem vejo televisão, tal como aquele senhor que agora é presidente não lia jornais. Aliás, não vejo nada desde que o Jorge se ajoelhou.

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Jorge (Jesus) segundo Vieira, na CM TV

"Um polícia? Não pode ser, eram seguranças"

Ahh, eram seguranças, nesses já posso malhar. Mas aquele brasileiro com nome de herói de banda desenhada não foi suspenso por causa disso?! Se calhar, também não posso enxertar nos securitas.

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Fonte da PSP, no JN

"O auto de notícia da Polícia de Segurança Pública refere que o treinador do Benfica, Jorge Jesus, agrediu um agente com uma bofetada na cara e outra num braço."

Faltou a menção à chuva de perdigotos e a todas as expressões finas do vocabulário habitual da criatura.

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Representantes legais do SLB, n'A Bola

"Jesus desconhecia agressões no relatório"

Pronto, não se fala mais nisso. Se desconhecia é porque não aconteceu. Mas estava no relatório... Mas ele desconhecia. Em suma, é proibido mas pode-se fazer.

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Jorge (o Jesus), segundo o Record

"Tentei sempre serenar os ânimos "

A malta acardita nisso Jorge, está descansado.

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Vale a pena escutar o que disse o Bruno Nogueira (no Tubo de Ensaio da TSF) a propósito do anormal que lidera AFL e a forma como "o Jorge foi separar" o inocente adepto dos mauzões que tentaram controlar uma invasão de campo:
http://www.tsf.pt/Programas/programa.aspx?content_id=904110&audio_id=3439201

Uma imagem para legendar

De que riem Rodrigo e Siqueira, num momento tão complicado para o seu treinador? O Pobo do Norte desafia os seus leitores a encontrar as palavras dos intervenientes nesta imagem curiosa. As de Jesus também.

Rodrigo - Eu não falei pra você? Esse home é maluco...
Siqueira - Vixe! Esse cara é metido a besta, memo! Ah ah ah...

Jesus - Eu quero o meu relógio, fo**-se!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A história do Lobo com pele de cordeiro e do bom selvagem

O homem da xicla é um básico mas anda nisto há muito tempo - deu o recado e os seus efeitos foram imediatos. Paulo Fonseca não sabia que os títulos se ganham com pormenores, apostou numa fórmula em desgaste e teve o azar que se previa. O madeirense do Sporting, que muita água tem deitado na fervura dos excitados lagartos, foi o mais lúcido e esteve bem ao abdicar das desculpas da arbitragem.

Não há muito a acrescentar ao que já foi dito sobre o empate com o Estoril: o árbitro esteve muito mal mas a verdade é que esta foi a melhor equipa que enfrentamos neste ano desportivo e que nos pusemos a jeito. Seria muito negativo para a saúde económica do pais e, especialmente, de alguns pasquins desportivos, que o campeonato estivesse arrumado antes do natal, por isso A Bola fala hoje de um certo "renascimento"...

No meio da confusão, só para distrair os incautos e apelar aos instintos mais básicos dos 6 milhões, surgiu uma figurinha triste que se disse agredida, alegadamente, com uma palmada nas costas. A mesma eminência institucional do futebol lisboeta que foi capaz de, no seu mural do Facebook, chamar "macaco" ao Hulk e juntar aos insultos racistas referências muito elegantes sobre "bananas" e afins.

Já no dia anterior, no final do primeiro capítulo do "renascimento", o Cristo vermelho mostrou o seu apego ao povo galináceo tentando heroicamente libertar das garras da polícia um adepto do SLB. Ficamos agora todos na expectativa de ver o que acontece disciplinarmente quando um treinador de futebol agride um agente da autoridade fora dos túneis da Luz...


domingo, 22 de setembro de 2013

Estoril

A pressão deu frutos. O árbitro Rui Silva, envolvido no Apito Dourado e imediatamente posto debaixo de fogo pela opinião pública vermelha (da qual fazem parte muitos "jornalistas") após o momento em que se soube da sua nomeação para este jogo, quis mostrar que nada, mas mesmo nada o iria fazer favorecer o FC Porto. Não era isso que se pretendia, mas escusava é de levar tão longe a sua intenção ao ponto de nos prejudicar. Quis mostrar serviço anti-FCP e conseguiu-o com a colaboração dos seus auxiliares. Agora vai ser elogiado pelo Rui Gomes da Silva.
PS - Sim, jogámos mal grande parte do jogo. Sim, Ghilas entrou a um minuto do fim para fazer de milagreiro. Sim, a nossa defesa abriu buracos por todo o lado.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Continuamos a tentar descobrir qual o poço de petróleo que alimenta aquela gente





Mas n'A Bola, a história é contada de uma forma diferente, entusiasticamente até... ainda que o resultado final seja o mesmo e que o clube esteja a perder dinheiro e a enterrar-se em dívidas (mas, vá lá, um bocadinho menos do que no ano anterior...)


Época 2012/2013 gerou maiores proveitos de sempre

Por Redação
A SAD do Benfica anunciou, esta quinta-feira, os resultados financeiros referentes à época 2012/2013. Os encarnados terminaram o exercício com resultado líquido consolidado negativo de 10,4 milhões de euros, tendo aumentado também o passivo para 440,5 milhões, mas registaram proveitos totais de 145 milhões, valor mais elevado de sempre.
O resultado operacional consolidado até foi positivo (7,1 milhões de euros), representando crescimento de 38 por cento face ao período homólogo da época 2011/2012, muito se devendo ao aumento no proveito com a venda de jogadores, com destaque para Witsel e Javi García.Os encarnados podem também congratular-se por terem terminado a época com proveitos totais de 145 milhões, valor mais elevado de sempre alcançado pela SAD encarnada.No entanto fica o resultado líquido consolidado líquido de 10,4 milhões de euros, ainda assim uma melhoria de 11,1 por cento face ao período homólogo anterior, no qual o prejuízo correspondera a 11,7 milhões.Quanto ao passivo consolidado, ascende agora a 440,5 milhões de euros, aumento de 3,4 por cento ao valor apresentado a 30 de junho de 2012.

Este post foi atualizado com a informação d'A Bola por sugestão do Cian (muito obrigado).

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Uma vitória com sabor a coisa nenhuma

Paulo Fonseca
Fazer a primeira parte mais tenebrosa de que tenho memória num jogo da Champions, contra uma equipa banal da terceira divisão europeia do futebol. Conseguir uma sucessão inenarrável de perdas de bola e maus passes. Cometer erros grosseiros de desconcentração na defesa que só não deram em golo por falta de categoria do adversário (e alguma falta de pontaria). Jogar sem pressão, sem agressividade, sem meter o pé, contra um adversário que comeu a relva como se fosse o jogo da sua vida. Conseguir duas jogadas decentes, de golo iminente, em noventa minutos: uma deu golo, a outra foi construída pela genialidade de Quintero. Jogar "para o 1-0" com uma série de atrasos para Helton. Deixar estupefactos comentadores estrangeiros que achavam que não estavam a ver o Porto que granjeou fama por essa Europa fora. Não, Paulo Fonseca, não queremos jogos "inteligentes" e "pragmáticos". Obrigado.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Passatempo

"O FC Porto é muito superior a nós, é de outro calibre e está ao nível de um Benfica, Real Madrid ou Barcelona." Nenad Bjelica, treinador do Áustria de Viena.
Esta frase contém um erro. Consegue detetá-lo? Pense bem! Não se precipite!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Rápidas e soltas

- Aquela segunda parte no Dragão seria motivo para ir à Arábia Saudita pedir desculpas formais a Vítor Pereira se...
1. já não estivéssemos a ganhar por 2-0.
2. a mente dos jogadores não estivesse já ocupada com o Prater de Viena..

- Funes Mori é notícia porque marcou o primeiro golo de vermelho vestido...
1. de penalti.
2. ao serviço da equipa B dos coisinhos.

- O Sporting continua a surpreender porque...
1. ganha jogos com golos em fora de jogo.
2. não se podendo queixar dos árbitros, queixa-se... da paragem do campeonato.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Uma espécie de treino do FCP

O Uruguai-Colômbia joga-se neste momento. Nos 22 em campo estão Fucile, Cristian Rodriguez, Guarin, James Rodriguez e Falcao. Nos bancos estão Álvaro Pereira, Quintero e Jackson Martinez. FCP on tour in South America.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

No comments


sábado, 7 de setembro de 2013

Seleções

Defour marcou, Matic foi expulso, Markovic e Djuricic foram substituídos, mas o destaque de A Bola (Ronaldo e Portugal à parte) vai ser a assistência de Sulejmani para o golo do empate da Sérvia. Vai uma aposta?

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Dilema

Não sei o que me emociona mais na imprensa desportiva sem assunto: se as mensagens de solidariedade a Salvio, se os testemunhos de que Siqueira é um jogador fantástico...

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Uma questão de pontaria

O Porto em Paços mostrou que ainda é uma equipa com muito por onde crescer. Nomeadamente no capítulo do remate, em que estivemos absolutamente desastrados. O guarda-redes do Paços deve ter feito uma defesa de jeito em todo o jogo - o resto das bolas foram todas ao lado ou por cima.
Jackson esteve particularmente desinspirado no remate e eu, ao intervalo, sugeria no facebook do Pobo, a substituição dele por Ghilas - o argelino está lá só para fazer número? - e de Josué por Quintero. O mister, que não segue o facebook durante os jogos, acho eu, fez-me a vontade em relação à segunda sugestão. Jackson acabou por nos dar a vitória num canto teleguiado de Quintero, que entrou, mais uma vez, para abanar com a casa toda. Nota de destaque para os dois laterais, Danilo e Alex Sandro - comparar os dois laterais dos coisinhos com os nossos é um ótimo exercício de comédia -, que em muito dinamizaram o jogo de ataque da equipa, estando lá quando foi preciso defender.

domingo, 1 de setembro de 2013

Nós também queremos que fiques


O golo de Markovic

O golo de Markovic ao Sporting é de muita qualidade, sim senhor, mas contou com muita passividade por parte da defesa leonina. Se repararmos bem, vemos a forma macia como William Carvalho, primeiro, e Eric Dyer, depois, abordam o lance. O terceiro elemento do Sporting, já dentro de área, furtou-se, compreensivelmente, a fazer penalti (e se era o Rojo, já tinha um amarelo). O sérvio já tinha feito uma brincadeira semelhante momentos antes que só não tinha dado golo graças a Rui Patrício, por isso os jogadores do Sporting não se podem queixar de terem sido surpreendidos. Meus amigos, logo que Markovic recebe a bola, ele não pode dar mais de um passo com ela. William Carvalho permite que ele vá embora. À entrada da área, creio que é o recém-entrado Dyer que é surpreendido pela velocidade do sérvio, que já ia embalado. Mas aí era uma bordoada no miúdo. Dava amarelo, dava. Dava livre perigoso, dava. Mas não se abre assim uma via rápida daquela maneira. Alguém imagina como um Fernando, um Mangala, um Otamendi abordariam este lance?

sábado, 31 de agosto de 2013

O Celtic não vai em grupos

A estratégia suja de contratação de jogadores que o Benfica normalmente utiliza pode funcionar com as Académicas ou os Olhanenses ou os Leirias deste jardim à beira-mar plantado, mas lá fora as coisas piam mais fino. O treinador do Celtic disse, a propósito do guarda-redes Fraser Forster (nas últimas semanas associado aos coisinhos) que "Não tivemos qualquer proposta oficial por ele. Mas, na verdade, escrevemos uma carta a um clube para que desistissem." Não revelou o nome do clube, mas a imprensa britânica dá como certo que será o segundo classificado do campeonato português. É assim que se põe na ordem a chico-espertice.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Ou então não


Tinha tudo para dar certo, carago. A história é simples. O Diário de Notícias, a exemplo da "grande maioria", apostava que os coisinhos iam ganhar o campeonato. Vai daí, a três jornadas do fim do campeonato - ou seja, logo após o jogo da Madeira -, enviou o documento acima publicado a várias empresas no sentido de arranjar patrocínios para aquela que seria uma "homenagem ao Campeão Nacional": uma "revista de coleção e de grande qualidade". Esta proposta, que, pelo tom eufórico do texto e pelo arrojo no grafismo, parecia saída do departamento comercial do próprio SLB, deixou de fazer qualquer sentido, como todos sabemos, a partir daquele fatídico "minuto Kelvin". Lá se foi o "BENFICA CAMPEÃO 2012/2013". Não pretendo criticar a opção editorial do DN. Após a vitória dos coisinhos na Madeira, até eu estava mais ou menos consciente de que o campeonato era uma quase-utopia. Mas eu gostava de saber se, por algum instante, o DN pensou em fazer a mesma revista para um hipotético "FC PORTO CAMPEÃO 2012/2013". Eu compraria. Muitos portistas comprariam. E estou certo que, como revista de "interesse para os amantes do futebol, em geral", muitos benfiquistas o fariam também. Ou então não.
(n.r. - ocultei, propositadamente, os valores que o DN cobraria pela publicidade pois não acho que tenha interesse para o caso)

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sorteio da Champions

O que eu queria para nós:

Marselha
Galatasaray
Áustria de Viena

O que eu queria para os coisinhos:

Paris Saint-Germain
Borussia Dortmund
Nápoles

Pode ser?

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Eu cá sou bom

Assisti, algo incrédulo, às declarações de Jorge Jesus logo após o jogo com o Gil Vicente. Será que ele acredita mesmo naquilo que está a dizer? Será que não tem consciência do nível de aldrabanço a que chegou o seu discurso? Será que a escala narcisista não tem limite? Estas declarações são acompanhadas de trejeitos faciais que seriam o sonho de qualquer Tim Roth (o detetive de Lie To Me, conhecem?). Deixo-vos aqui a transcrição do discurso e a colocação de três caras que podem ajudar à investigação.

"Nós sabemos o valor dos jogadores [cara #1], sabemos o valor da equipa, da equipa técnica, e principalmente eu. Foi expressada... ainda esta semana... três treinadores portugueses no top ten. Isto demonstra a qualidade dos treinadores portugueses... [cara #2] no mundo [cara #3]. Tudo isso faz com que a gente confie no nosso trabalho. Às vezes as coisas podem não correr bem, mas não deixamos de acreditar, os jogadores não deixam de acreditar e, neste caso, o treinador do Benfica também não deixa de acreditar."


O vídeo: http://youtu.be/oUZRqYcYiNk

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Estamos bem, obrigado.

Ainda não sei o que me irrita mais: se a berraria em torno do "imparável Sporting", se a masoquista afirmação do Orelhas que alegou até ter sido melhor vencer o Gil nos descontos...

Mas tudo isso passa quando olho para a nossa equipa em campo e os vejo, sem elogios balofos da imprensa nem grandes títulos sobre as nossas aquisições, a vencer com naturalidade. Sim, fui um dos que não gostaram particularmente da fraca exibição no batatal de Setúbal, mas sou o primeiro a assumir que o FCP desta época me motiva um enorme sorriso. E já explico porquê.

A primeira razão prende-se com o facto de, ao contrário do que aconteceu no ano passado, existirem alternativas aos atuais titulares. Sobretudo, alternativas credíveis no futuro imediato, mas com potencial de crescimento. A segunda está ligada à forma como, de entre os supostos reforços, serem 2 dos menos sonantes quem ganhou lugar na equipa e, melhor do que isso, quem tem justificado as oportunidades. Em terceiro, e excetuando alguns momentos da jornada inaugural, a equipa atuar como um bloco, coesa, sem permitir grandes surpresas aos adversários - isto foi visível, a espaços (claro), até na pré-temporada.

Quanto ao que não gostei: da falta de "coragem" do nosso treinador em Setúbal - o belga estava a ser o melhor e o Lucho estava a fazer uma exibição paupérrima, mas quem saiu foi o Defour; no jogo de ontem, apesar do esforço, Defour complicou, demonstrou desgaste logo no início da segunda parte e... ficou em campo até ao fim! Mas o que me deixou mesmo aborrecido foi o excesso de malabarismos que nos impediu de golear e, em especial, a forma como o Jackson aborda alguns lances (onde, para lá de algum egoísmo, transparece o mesmo tipo de atitude displicente que motivou o falhanço do "penalty à Panenka"). Se o nosso treinador os tivesse no sítio, retirava o gajo de campo ao fim de 2 ou 3 habilidades inconsequentes e dava minutos e animo ao argelino. E explicava-lhe que, mesmo com o Quintero em campo, existem mais 9 gajos não colombianos a quem pode passar a bola...

Em suma, apesar dos reparos, as perspetivas deste arranque são ótimas e podem até melhorar já no próximo fim-de-semana, aconteça o que acontecer no jogo de Alvalade, desde que façamos o que é normal em Paços de Ferrreira (a julgar pela amostra no Beira-Mar  e pelo início desta época, parece-me que a carreira do "treinador" Costinha, vai ser mais do que curta, vai ser curtinha!... )

E porque não acredito que os verdinhos de Alcochete resistam ao desgaste do outono que se avizinha ou sequer a equipas pragmáticas como o Braga e o Marítimo, prefiro uma vitória sportinguista. Quanto aos senhores que detêm a hegemonia do futebol português (em termos de capas de jornais desportivos, está claro...), será giro ver a confusão que se instalará no galinheiro com uma eventual segunda derrota em 3 jogos.


Obrigado, Deco!


Josué, Licá e mais nove

Isto está-se a tornar um caso sério, com Licá à esquerda, Josué à direita e a equipa a carburar como se eles já lá estivessem há uns anos. Estou-me a deixar conquistar por estes dois jogadores sobre os quais não dei muito na pré-época. Muito bem taticamemte, tratando muito bem a bolinha com os pés (então aquele pé esquerdo do Josué...) e sentindo o clube como adeptos, ainda por cima.

domingo, 25 de agosto de 2013

Jesus igual a Mourinho

Hoje lembrei-me do sprint de José Mourinho em Old Trafford para abraçar Costinha. O ministro tinha deitado abaixo a armada inglesa em mais um passo rumo à futura vitória europeia. Lembrei-me porque vi Jorge Jesus sprintar após o segundo golo, que determinou a vitória sobre o Gil Vicente, nos descontos, à segunda jornada. Os benfiquistas já têm o seu momento épico para mostrar aos netinhos: o treinador a esgaçar 50 metros para pôr a mão na cabeça do Luisão.
No final do jogo, Vieira aproveitou a maré e veio com o discurso previsível: esta equipa é muito unida, esta equipa sabe sofrer, os adeptos também são fantásticos porque não saíram do estádio, os adeptos são os maiores porque acreditaram até ao fim. Só faltou dizer que o Gil Vicente deixou de defender para além dos 90 minutos.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Luisão: dez anos de ilusão

A Bola chama, hoje, para a primeira página, mais uma das suas famosas efemérides. Normalmente estas efemérides assinalam meio século sobre vitórias internacionais do seu clube do coração, mas esta é diferente. Diferente porque são apenas dez anos. Diz assim: "Faz hoje 10 anos que Luisão chegou a Portugal". Reparem bem: "chegou a Portugal", e não, "chegou ao Benfica". Faz toda a diferença. Luisão já é um símbolo nacional, uma espécie de filho adotivo da nação que o acolheu e beneficiou de todos os seus ensinamentos, dentro e fora dos relvados. Senão atentemos a alguns factos que preencheram o seu percurso, até hoje, em Portugal:
- Em janeiro de 2007, foi condenado a 40 horas de trabalho comunitário depois de ter sido detido a conduzir com uma taxa de alcoolemia de 1,44 gramas por litro de sangue. Na altura, não ficou inibido de conduzir pelo facto de ser uma figura pública, segundo o jornal Público.
- Em janeiro de 2008, teve de ser separado de Katsouranis, quando os dois estiveram para andar à batatada, em pleno relvado do Bonfim. Na altura, o clube suspendeu os dois jogadores, mas levantou a suspensão do central mais cedo por ser um dos capitães.
- Em agosto de 2012, abalroou o árbitro do jogo particular contra o Fortuna de Dusseldorf, aplicando-lhe um encontrão que o fez estatelar-se no chão. Esta carícia custou-lhe dois meses de suspensão.
- Pelo meio, arranjou tempo para ganhar imensas Taças da Liga, Troféus Guadiana e Taças Eusébio. E foi campeão uma data de vezes. Duas, mais precisamente.
Um bem-haja, portanto, ao jornal de Vítor Serpa por ter trazido à primeira página um assunto tão relevante para o nosso país.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Os lances polémicos de Setúbal

As regras do futebol não têm mistérios. Uma cabeçada num adversário é agressão, logo tem de ser punida com expulsão. Um toque na perna do adversário, seguido de "tesoura", provocando-lhe a queda, é falta. Se for dentro da área é penalti. Não percebo toda a histeria à volta destas questões. O benfiquista que comentou o jogo para a Antena 1 - José Nunes - disse que houve um toque na perna de Jackson Martinez, mas que não era o suficiente para que o colombiano caísse. Como é que ele sabe que não foi o suficiente? Em que dados objetivos se baseou para afirmar aquilo com tal assertividade? Não satisfeito, o comentador foi mais longe: disse que o Jackson "caiu ao ralenti". Alguém informou o senhor que aquilo eram imagens em câmara lenta?

Quintero

Faz-me lembrar aquele puto que todos queríamos ter na nossa equipa, quando jogávamos aqueles joguinhos de 10 minutos nos intervalos da escola. Aquele puto com ar de quem gosta de entrar com a bola pela baliza dentro e a quem descobrimos uma finta nova todos os dias.
Acho que, mais cedo ou mais tarde, terá de ser titular desta equipa, falta saber em detrimento de quem.

domingo, 18 de agosto de 2013

Tradições de Verão

Algumas coisas nunca mudam, ou melhor, alguma coisa tem de mudar para que o essencial fique na mesma. Vem isto a propósito da barrigada de riso que foi ver o Marítimo-Coisinhos.

O que mudou foi o facto do Maxi Pereira ter levado um amarelo antes dos 89 minutos e quando ainda só tinha feito 2 ou 3 faltas que o justificassem... O que não mudou foi o estilo isento das transmissões televisivas: quem esteve minimamente atento terá reparado que o lance do penalty assinalado contra os vermelhuscos foi mostrado 267 vezes, de múltiplos ângulos, durante e depois do final da primeira parte; no final da segunda, já com os Coisinhos desesperados, o Heldon cai na área do SLB com (presumo, e já vão saber porquê) o Maxi pendurado no pescoço. Repetições? Esperei, esperei, vai ser agora que a bola está fora... Népia, niente, nicles, nada mesmo. Em contrapartida, minutos depois, o Lima estatela-se na área do Marítimo depois de uma grande correria e, surpresa, temos direito a 35 versões do mergulho para a piscina...

Existe quem diga que a maioria dos portistas, como eu, vibra mais com as derrotas e as desgraças do SLB do que com os feitos do nosso clube. E que falamos muito deles. É verdade: as vitórias do FCP tornaram-se quase 100% previsíveis e as palhaçadas dos Coisinhos são a coisa mais divertida do futebol português. Mas não confundam a diversão com a devoção. É por isso que este post fica por aqui: começou o nosso jogo!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Novelas de verão

O início do campeonato está finalmente aí mas, devido a esta bizarra data de encerramento do mercado (depois de todos os campeonatos da Europa ocidental terem tido início) ainda vamos ter mais episódios das novelas de verão que tanto papel ajudam a vender em Portugal.

As nossas personagens principais chamam-se agora Jackson Martinez e Varela, ainda que subsistam papéis secundários para o Atsu, para o Iturbe e para o infeliz Rolando. No caso do Varela, confesso que me divido entre o eventual bom negócio que seria vendê-lo por 7 ou 8 milhões e a noção de que por esse valor não arranjamos sequer alguém com iguais capacidades. No caso do Atsu, a sua saída já tarda, mas em caso algum o Porto lhe deverá facilitar a vida - é preferível perder meia dúzia de milhões de euros do que premiar a falta de gratidão e dar um péssimo exemplo a potenciais réplicas. Quanto ao Iturbe, o ideal seria um empréstimo a um clube português pois não creio que evolua no sentido desejado num campeonato como o argentino. A situação do Cha Cha Cha é, simultaneamente a mais simples e a que poderá ter maior impacto desportivo: o homem deve ter muita gente a acenar com contratos bem melhores do que o que tem com o Porto mas nenhum desses clubes se chegou à frente para bater os 40 milhões da cláusula de rescisão. Partindo do pressuposto que ele tem contrato com o FCP até 2016, talvez fosse melhor dizer-lhe para ter juízo e, na medida do possível, satisfazê-lo ao nível salarial. Por fim, o que disse Rolando - acredito que não lhe tenham facilitado a vida depois da recusa de uma transferência para o QPR desejada pelo clube. Mas, pelo que julgo saber, pagaram-lhe sempre a horas e ele nunca foi propriamente um indiscutível na nossa equipa. Por esse motivo, não creio que se justifique todo o azedume das declarações feitas em Itália.

Contudo, as estrelas do Verão são sempre vermelhas - uns porque chegaram e são os novos Eusébios ou Rui Costas, outros, os que já cá estavam, porque meia Europa do futebol os deseja. É um espetáculo trágico-cómico porque já sabemos como acaba: raramente acontece uma transferência do calibre das que o nosso PdC faz e no final da época os alegados Eusébios e os Rui Costas saem discretamente sem ganho financeiro significativo ou glória desportiva. Melhor ainda é observar como um supostamente muito valioso Cardozo não consegue ser vendido sequer por valores na ordem dos 15 milhões. Ou como o Benfica se prepara para engolir todo o rigor disciplinar e aceitar o gajo de volta, apesar do pedido de desculpa jamais ter sido dirigido ao maior desrespeitado... Outros casos giros são os do Garay, do Gaitan e o do Sálvio mas, sobretudo, o do Matic, que hoje é referido n'A BOLA como "um dos melhores do mundo" - segundo os jornais desportivos do costume toda a gente os quer ainda que valham dezenas de milhões, mas o tempo vai passando e as únicas saídas no Benfica são casos tristes como o do Luisinho ou a estranho reencaminhamento do astro argentino Farina para o Dubai... E já me esquecia do Coentrão 2.0, que até o Liverpool desejava mas que, afinal, vai ficar a fazer de pendura a um defesa esquerdo brasileiro que, ou muito me engano, ainda nos vai dar mais alegrias do que o Roderick (que assumo, foi uma das transferências de Verão que mais me entristeceram).

Sim, ainda faltam algumas semanas para este circo fechar as portas e muita coisa pode mudar.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Uma vitória entusiasmante

"Relativamente ao ponto 2, confirmei que Licá não é, pelo menos para já, jogador para o nosso clube. Sim, marcou um golo - vindo do céu - mas em tudo o resto mostrou muita entrega e pouca lucidez."
O gajo que escreveu isto é uma besta e não percebe nada de futebol. Como se pode criticar assim um jogador que acaba de chegar ao clube, sem "estatuto", que naturalmente revela o nervosismo dos principiantes? Como se pode deitar abaixo assim um "portista doente de Castro Daire", dado por toda a gente como dispensável, sem lhe dar o benefício da dúvida? Um imbecil, uma besta, esse garoto.
Sim, fui eu que escrevi aquilo no texto sobre a nossa passagem por Inglaterra. Na realidade, Licá fez um jogão no sábado, em Aveiro. Digo um jogão tendo em conta que era o seu primeiro jogo oficial, logo a titular. A entrega foi a mesma da pré-época, a lucidez foi enorme, na forma como tomou sempre as decisões certas para os momentos certos, tabelando com os colegas, rematando à baliza, tentando a finta, aparecendo ao segundo poste e mostrando a sua cultura de ponta-de-lança. E parecia que já cá estava há anos.
Meus amigos, não há muito para dizer sobre a nossa 20ª Supertaça. Jogámos sempre ao ataque, fizemos o que nos competia. Encontrámos um adversário fraco, há que dizê-lo, mas fizemos um jogo de qualidade, atacando por ambas as alas, rematando à baliza, fazendo um carrossel em progressão. Vimos um FC Porto como Vítor Pereira poucas vezes conseguiu, apesar de reconhecer que o nosso anterior treinador não teve há disposição um banco como hoje nós temos.
Para finalizar, uma palavra para Pinto da Costa: brilhante nas suas declarações finais.

sábado, 10 de agosto de 2013

Adeus, Varela?

O West Ham oferece 7,5 milhões por Varela, adianta O Jogo. A imprensa desportiva adianta a titularidade de Licá para hoje. O meu palpite: o Drogba da Caparica faz hoje o último jogo pelo tricampeão.

A hegemonia do ridículo

Os benfiquistas continuam sentados à espera da prometida hegemonia do futebol português, que, volta e meia, o presidente do clube se lembra de lhes atirar aos olhos. Se não é Vieira, é Jesus, que, nestas coisas de fanfarronice, também não lhe fica atrás. Que iam ser maiores que o Real Madrid, que estavam à beirinha do domínio do futebol português, que em três anos iam ganhar uma Liga dos Campeões, enfim, um conjunto de alarvidades de quem ainda se julga o "mais grande" de qualquer coisa que já não existe. Essa coisa que já não existe é um país a preto e branco, governado por um senhor que gostava que todos fôssemos benfiquistas para exultarmos com os golos do Eusébio e esquecermos o resto. Não, obrigado.
A imprensa ajuda, claro, como todos nós sabemos. Por falar em Eusébio, vejam lá que, na ausência de um Makukula, conseguiram encontrar semelhanças entre um puto sérvio e o amante do tremoço, tecendo desde logo comparações entre dois estilos de jogar tão parecidos. Markovic, o pantera branca. É nisto que eles são bons: a construir castelos na areia. Luisão é um caso paradigmático. Todos os anos perseguido, coitado, pelos tubarões europeus, viu, também todos os anos, os Pepes, os Ricardos Carvalhos, os Brunos Alves passarem-lhe à frente e conseguirem os contratos das suas vidas. A questão que o "normal" adepto benfiquista não parece querer ver é que os jogadores do seu clube não são tão bons como A Bola ou outros apregoam. Veja-se o caso de Cardozo. Ninguém dá o dinheiro que o Benfica quer por um jogador que é tão indisciplinado, que falta ao respeito ao treinador, que agarra a camisola de um árbitro, que tem um registo de tanta indisciplina. Ninguém dá 15 milhões por um jogador que quer sair do seu clube. Por isso é que o Fenerbahce chegou apenas aos 7 milhões. Sim, Pobo do Norte sabe que foram sete milhões, não mais. E por isso é que se assistiu àquele pedido de desculpas ridículo que, curiosamente, nunca referiu o nome do treinador, que foi o ofendido em primeira instância. Cardozo pediu perdão aos adeptos, à direção, aos jogadores e à equipa técnica. Nem uma palavra em particular para com o mister da chicla. É também por isto que eu acho que aquilo vai ser um barril de pólvora se o paraguaio ficar e as coisas começarem a dar para o torto (como já se está a ver, com as derrotas com São Paulo e Nápoles). E talvez não seja de menosprezar o lobby sérvio que se pode constituir como ameaça à unidade do balneário.
Sigo com curiosidade as frustradas tentativas de Vieira de vender "à FCPorto" e a forma como A Bola tenta construir uma imagem de intransigência. Vieira, o duro. Vieira, o defensor dos interesses benfiquistas até ao último cêntimo. Resultado: ninguém pega em Cardozo, ninguém pega em Melgarejo, ninguém pega em Matic. Entretanto continuam a importar carradas de jogadores como se não houvesse amanhã. Com que dinheiro?

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Vamos ficar sem defesa, é?

Nápoles oferece 15 milhões por Otamendi. Chelsea pode atacar Mangala.
(in A Bola online)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Queremos novidades do Sporting

O Sporting perdeu um jogo de futebol, depois de o estar a ganhar, revelando um buraco negro naquela defesa que nem o central "de seleção argentina" (!!!), na opinião de Rui Oliveira e Costa, e cobiçado pelo AC Milan (!!!), segundo avançava há dias A Bola, conseguiu evitar.
Carrillo é um puto genial que está a ser subaproveitado naquele clube. O Moutinho deu à sola a tempo. O Adrien tentou, mas não conseguiu. O Bruma está a ver se consegue. E tu, Carrillo? Demoras muito?
No final do jogo com o West Ham, o puto com voz de bagaço que preside àquele clube protestou contra a arbitragem. Hoje, voltou a fazê-lo no facebook. É o Sporting.
E novidades, há?

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

FC Porto em Inglaterra

Esta escapadinha a Inglaterra mostrou três coisas:

1. Temos qualidade no plantel.
2. Nem todos os reforços serão isso mesmo, reforços.
3. O onze base ainda não existe.

Em relação ao ponto 1, destacou-se, sem dúvida, Quintero. De início, tentou sempre  a finta, o duelo individual. Ganhou umas, perdeu outras, mas mostrou, desde logo, coragem para assumir o comando do ataque. Só isto já diz alguma coisa. Na segunda parte, revelou-se um exímio distribuidor de jogo, marcando o ritmo rápido do nosso contra-ataque com passes "a rasgar". Para mim, e assumo que isto soe um pouco prematuro, mas temos aqui alguém com a técnica e precisão de passe de James Rodriguez, mas com algo que este não tem: velocidade de execução. Água na boca.
Herrera revelou-se também. É um todo-o-terreno. Passada larga, poder de choque, pode ser um jogador poderoso quando estiver fisicamente no seu melhor. Gostei da forma como trata a bola e da sua entrega no jogo defensivo.
Ghilas marcou um belo golo contra o Nápoles e assume-se como alternativa a Jackson. Tenho muitas expectativas em relação a este argelino, dono de uma impressionante capacidade física. Uma espécie de Walter, mas em versão músculo e velocidade.
Relativamente ao ponto 2, confirmei que Licá não é, pelo menos para já, jogador para o nosso clube. Sim, marcou um golo - vindo do céu - mas em tudo o resto mostrou muita entrega e pouca lucidez.
Josué é um jogador que tem revelado um estranho alheamento do jogo. Reconheço-lhe bastantes capacidades técnicas, mas não tenho gostado do seu desempenho. Não faz a diferença, limita-se a estar. Passa a bola, muitas vezes mal, e não arrisca. Hoje, contra o Nápoles, foi gritante o seu distanciamento em relação ao nosso processo ofensivo.
A questão de ainda não termos onze base - e já estou no ponto 3 - não me preocupa. Espero, até, que a qualidade seja tão grande que leve a vários onzes, em várias competições, em vários momentos da época, sem que o desempenho da equipa se ressinta. Paulo Fonseca tem é que manter todo o plantel motivado para que todos deem resposta válida quando forem chamados.

sábado, 3 de agosto de 2013

Abébias Cup

Não ganhavam há 14 jogos, não marcavam um golo há 6 jogos e estão no antepenúltimo lugar do Brasileirão. Hoje venceram os "mais grandes" no seu estádio por 2-0. E nós é que estamos mal por termos falhado 2 penaltis?

quarta-feira, 31 de julho de 2013

A atualidade do clube

O assunto do momento chama-se Bernard. Há quem jure a pés juntos que o brasileiro vem para o nosso clube. Pessoas que conhecem pessoas. Pessoas que têm fontes fidedignas. Vamos ver. O visionário Rui Gomes da Silva afirmou há dois meses que o FC Porto ia contratar Fernando e Bernard. Quanto a Fernando, já foi parar ao Shaktar, clube que, curiosamente, segundo dizem, compete connosco pela aquisição do puto do Atlético Mineiro. As últimas notícias dão conta da vontade do jogador e do pai de que  venha jogar para Portugal e da vontade do Atlético de aceitar a proposta ucraniana, que é consideravelmente mais elevada.
Com a iminência de contratarmos este craque brasileiro, A Bola tenta tirar-nos um craque colombiano chamado Jackson Martinez. Que está tentado pelo Nápoles, que lhe oferece uma pipa de massa. Sabemos que até 31 de agosto vamos sofrer um bocadinho, mas, depois do que ouvimos da própria boca do cha cha cha, do seu empresário, do nosso Presidente, não acredito nesta saída. Chamem-me inocente.
Ontem, o mundo portista foi surpreendido pela contratação de um guarda-redes turco de 24 anos. Corre a teoria de que Fabiano, que precisa de jogar com regularidade, seria emprestado, e que Bolat viria assumir o papel de "suplente de luxo do Hélton". Se for assim, parece-me bem. De outra forma, não estou a ver um internacional turco de 24 anos vir ser o 3º guarda-redes ou jogar na equipa B.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

De Vigo vem sempre um amigo

Achei completamente dispensável aquele sururu final entre as duas equipas. Apesar de conseguir acordar-me da letargia em que me encontrava, aquela confusão estragou, de certa forma, um encontro bonito entre dois clubes que têm muito em comum. Os galegos estiveram em grande número nas bancadas e até houve tempo para lembrar as vítimas da tragédia do comboio. O Kelvin não precisava de jogar nas pernas do Nolito daquela forma e o Nolito não deveria ter reagido como reagiu.
O jogo foi o mais aborrecido desta pré-época, no que nos diz respeito. Apenas um ou outro momento mais cintilante, num relativo deserto de ideias. Fucile só pode ter sido titular por lesão de Alex Sandro. Defour precisará de mostrar mais para ser um "Moutinho". E da malta que entrou na segunda parte, apenas gostei dos esforços defensivos do Licá. A equipa estava, naturalmente, esfrangalhada e o Celta até podia ter marcado.
Paulo Fonseca deverá agora começar a fixar um onze para jogar 60 ou 70 minutos e nada melhor do que um torneio exigente como o do Arsenal.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

3 golos do D-A-N-I-L-O????????? Será que vale o que pagamos por ele?

Nem quero imaginar o que seriam as capas dos jornais desportivos portugueses se em lugar de uma vitória categórica do Porto estivesse um triunfo equivalente dos coisinhos. E, claro, o Danilo seria comparado ao Eusébio, ao Maradona e ao Messi. Todos juntos, obviamente...

Ultima hora: nem é necessário marcar 3 golos fantásticos num só jogo - segundo o Record de hoje, a glória galinácia José Augusto considera que "o Markovic faz-me lembrar o Eusébio"...

terça-feira, 23 de julho de 2013

Primeiras impressões 2013/2014

Até agora, gostei muito das contratações e do que vi nos primeiros jogos. Temos comprado jogadores promissores, parte deles com experiência no nosso campeonato, sem tentar entrar em loucuras pelas vedetas que só os Citys, os Mónacos, os PSGs, os Barças e os Reais podem fazer. E, claro, evitando compras de "has beens"... O plantel tem muitas soluções e os problemas principais da equipa da época passada parecem ter sido alvo de atenção:
  • já temos um complemento/alternativa ao Jackson;
  • o meio-campo está mais preenchido;
  • a frente de ataque tem gente em quantidade e qualidade nas alas.
Porém, duas ou três questões persistem:
  •  ter apenas o Fucile como suplente para as duas laterais defensivas não é curto?
  • Quintero terá um impacto imediato que o transforme no desiquilibrador que James chegou a ser?
  • que alternativas temos para o Fernando?
Resta-me acrescentar que temos um evidente excesso de centrais com qualidade, o Iturbe está finalmente a mostrar alguma coisa, o Varela está com o gás todo, o Ricardo e o Carlos Eduardo ainda estão "verdinhos", o Josué ainda não mostrou nada, o Tiago Rodrigues e o Castro nem sequer têm tido oportunidade de mostrar o que valem, e o Izmaylov está leeeeeentooo. Quanto ao Kelvin, tem feito coisas com graça, mas o pouco que fez no ano passado já lhe deveria garantir um lugar cativo no plantel. Nem que seja para fazer certos adeptos cagarem-se de medo quando o jogo com o FCP chegar aos descontos.

E, claro, é preciso despachar ASAP os Rolandos, os Atsus, os Klébers e os Djalmas...
 


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Bruma de Carvalho

O nosso sempre fiel leitor inuite, deixou esta "bomba" na caixa de comentários do artigo anterior. Rolando e Atsu por Bruma? Eu voto a favor. Trocar um central que já cumpriu o seu papel no clube e que não é melhor do que qualquer um dos quatro que lá estão e um rapaz ganês que "não-dá-mais-que-aquilo" e que vai sair a custo zero por um puto português cheio de garra e talento? Eu alinho.
O que me parece é que isto é assim um bocado para o impossível, dado o empertigamento do jovem com voz de bagaço em relação ao tricampeão nacional. Vamos ver. No futebol nada é impossível, como sabemos.

PS - A Bola já utiliza expressões como "vendaval de ataque" para caracterizar os jogos de preparação dos coisinhos. É bom sinal.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Miau

O presidente do Sporting insurgiu-se hoje contra o facto de Ghilas ter acabado no FC Porto quando, segundo Bruno Carvalho, havia um direito de preferência leonino sobre o jogador. O meu espanto foi quando ouvi o rapazote com voz de bagaço dizer que o acordo com o Moreirense "estava mal feito" e que o Sporting "precaveu-se mal". Deixa ver se eu percebo: o Sporting queixa-se de ter sido ultrapassado pelo FC Porto de forma menos ética, quando tinha um acordo mal feito com o outro clube? Deve ser para rir. Mas há mais: a certa altura diz que o acordo não estava escrito. Muito bem. Espero que os sportinguistas tenham a noção do gajo que lhes calhou em sorte.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Injemunia de verão

Interrompemos as nossas férias para assinalar o facto do homem da chiclete precisar de um dicionário novo ou de alguém (mais culto, com mais juizo e/ou menos álcool no sangue) que lhe explique que ser hegemónico no que quer que seja é incompatível com ser reiteradamente segundo classificado ou finalista vencido.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Figuras, figurinhas e figurões

Mourinho

Podemos gostar ou não gostar do estilo "eu contra o mundo" do Special One, mas a verdade é que a sua carreira é predominantemente feita de grandes vitórias, em grandes clubes, sempre com um traço pessoal muito vincado.

Diz ele, agora que Madrid ficou para trás, que o Chelsea e o Inter foram os seus dois clubes favoritos. Ter-lhe-ia ficado bem não "ferrar a mão que lhe deu de comer"- afinal, quem era José Mourinho antes do período em que orientou o FCP?

Para mim, o grande feito dele foi vencer a Champions com uma equipa portuguesa, com jogadores portugueses e estrangeiros mas feitos em "Portugal" (Alenitchev era o único com um percurso internacional assinalável). Não sei se isto será possível na próxima década.


Bruno de Carvalho

"Que os outros se habituem às derrotas!" terá dito o empertigado líder dos calimeros. Percebo a euforia de ganhar alguma coisa frente a uma equipa do FCP, mas conviria ter um bocadinho mais de noção do ridículo, tendo em conta que foi "apenas" a final da taça em andebol e o sétimo lugar na liga portuguesa de futebol ainda está "fresco". Além do mais, existe quem de facto não se habitue, nem se deixe abater e quem por força da regularidade dos seus (maus) resultados não tenha outro remédio...

Sabemos que lhe dói muito o negócio do Moutinho, que no próximo ano jogarão para ficar no primeiro terço da tabela e que o futuro é tudo menos risonho. Mas tentar inventar um papão para fortalecer a imagem interna é um jogo perigoso - bastarão 2 ou 3 resultados menos bons no arranque da próxima temporada e o arrufo contra o PdC e o FCP de nada lhe servirão.

Se o Bruma valesse metade daquilo que a imprensa apregoa, a melhor coisa que o Pinto poderia fazer para calar este triste era oferecer-lhe um contrato irrecusável.


Reinaldo Ventura

Depois das cenas tristes no final do FCP-SLB em juvenis, o nosso capitão mostrou que é preciso saber vencer e é preciso saber perder: foi o primeiro a felicitar os adversários e a equipa não amuou, permanecendo em campo enquanto os benfiquistas recebiam o troféu e comemoravam. Mesmo para quem não vive de vitórias morais, este foi um "triunfo" importante para o nosso clube.