sábado, 30 de abril de 2011

Falcao Viagens - Próximo destino: DUBLIN

Perdi as finais europeias de 2003 e 2004 e, na altura, jurei que haveria de ir à próxima. Porque teria de haver uma próxima. Ainda faltam 90 minutos, mas aqui está ela ao virar de um "intervalo" em que estamos a ganhar por 5-1. O Nilmar disse no fim do jogo do Dragão que tudo é possível em futebol, mas eu não acredito que possamos sequer perder o jogo no El Madrigal, por muito boa equipa que o Villarreal seja, sem dúvida a melhor que defrontámos esta época.
Na primeira parte, não jogámos mal, como alguma comunicação social pareceu querer dizer. É correcto dizer que o Villarreal criou mais oportunidades do que nós, e nesse sentido não estou de acordo com o nosso treinador, mas nós também chegámos à área adversária com perigo. O problema é que houve nervosismo a mais e discernimento a menos em alguns dos nossos jogadores, o que desequilibrou a equipa. Fernando, Álvaro Pereira e Guarín foram exemplo disso nos primeiros 45 minutos.
Na segunda parte, todos vimos o que aconteceu. Caímos autenticamente em cima do adversário, não o deixámos respirar e fomos altamente eficazes. Viveu-se no Dragão um ambiente fenomenal, uma energia positiva que tem pontuado esta caminhada que todos queremos que culmine com o erguer da taça, em Dublino, pelas mãos de Helton.
PS - Não falei em Falcao neste texto. Palavras para quê?

Mentira

Acabei de ouvir Jorge Jesus dizer na TV que "As melhores equipas da Europa estão interessadas no Fábio Coentrão". Mentira. Que eu saiba, o FC Porto não está interessado no Fábio Coentrão.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Conexão colombiana arrasa espanhóis

Falcao corre sérios riscos de voar para outras paragens mais cedo do que o previsível. Guarin passou de "mal-amado" a médio criativo goleador em 6 meses. Mas não foi fácil: a vantagem dos espanhóis ao intervalo era justa e só um início fulgurante na segunda parte permitiu atingir um resultado tão desnivelado.

AVB faz bem em tentar travar a euforia, mas ninguém que perceba o mínimo de futebol accredita que o Villareal consiga marcar 4 golos a este Porto. Aliás, com este resultado, os nossos adversários terão de arriscar imenso e criarão espaços para Hullk e companhia fazerem estragos.

Marcar 5 golos uma vez na época poder-se-ia atribuir à sorte ou azar alheio. Marcar 3 vezes, a equipas claramente acima da média, só está ao alcance de grandes equipas. Este Porto têm uma dimensão futebolistica que não cabe nesta competição. Falcao, Hulk e Moutinho são jogadores para outros palcos.

O jogo da época

Falta menos de uma hora para começar a primeira parte de uma eliminatória que considero ser o desafio mais complicado que o Porto enfrentou e enfrentará em 2010/2011. É claro que o título nacional foi uma conquista dura, que as vitórias nos jogos com os Coisinhos são sempre complexas, dada a constante inclinação dos relvados portugueses e outras habilidades extra-terreno de jogo, que eliminar o Sevilha, o CSKA e o Spartak não foi um "passeio no parque", mas a verdade é que o adversário desta noite é a equipa mais capaz e mais bem apretechada que defrontaremos nesta época.

Ao contrário do que alguns tentam fazer passar, as equipas de segunda linha da Liga Espanhola são muito fortes e, quer em termos de orçamentos e futebol praticado, são "do mesmo campeonato" dos chamados "grandes" de Portugal.Atlético de Madrid, Sevilha, Valência e o Villareal dos últimos anos têm a capacidade de atrair e pagar futebolistas que Porto ou Benfica teriam muita dificuldade em contratar. Do Barcelona e do Real nem vale a pena falar: são dimensões competitivas e económicas muito diferentes dos demais e claro, da realidade portuguesa.

Mas o grande mérito do Porto têm sido, sistematicamente, "descobrir" futebolistas de dimensão superior antes de se tornarem conhecidos e inacessíveis. E, mais do que isso, criar equipas fortes, solidárias, ambiciosas. Só isto permite a uma equipa de um mercado periférico sonhar com a vitória em competições como a Champions e enfrentar qualquer adversário sem receio. Mas é essa inteligência e critério que nos habilita a vencer. Isso e a capacidade de superação colectiva, que transforma 11 futebolistas teoricamente não tão bons quanto os que o Real, o Barcelona, o Bayern, o Lyon, o Arsenal, o Man United, o Chelsea, o Man City, o AC Milan, o Inter e aqueles que a Leste vão surgindo cada vez mais fortes com o dinheiro dos magnatas russos, ucranianos e árabes, numa equipa capaz de vencer tudo e todos. Essa é a magia do futebol. A superação é aquilo que nos distingue dos outros, a razão de sermos portistas.

sábado, 23 de abril de 2011

Liga dos Lampiões - a final

O Nuno Luz já interrompeu o meu filminho da tarde 3 vezes para dar conta, pela milésima vez, de que algo de extraordinário vai acontecer esta noite em Coimbra. Enfim: a Xic está a tentar fazer da ex-Taça da Bejeca (actual copa do jogo a dinheiro na net) uma competição muito, mas mesmo muito importante. Mostram o hotel onde os Coisinhos estão, mostram o relvado, os "milhares de adeptos lá fora" (que as imagens mostraram serem, com boa vontade, na ordem das centenas...) e o Sr. Proença a passear-se no terreno de jogo engravatado.

No meio da apologia de um troféu menor emergiu um cartaz curioso, ostentado por um adepto do SLB, que dizia o seguinte: "Jesus ou Judas?" Serve isto para dizer que o encanto pelo Mourinho da Xicla foi-se e ficou somente a azia. Até os amigos dos jornais vermelhuscos já falam que esta final é determinante para o futuro do estratega dos Coisinhos. Contra o Paços de Ferreira? How low can you get?!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Understanding Jesus

Para quem é católico, compreender Jesus, o Messias, é uma questão de Fé, de crença em algo transcendente. Para quem é benfiquista, compreender Jesus, o treinador, é uma questão de sorte: depende das palavras que ele se lembra de utilizar e da forma como as organiza em frases. Hoje, o jornal A Bola adianta que, pelos vistos, esta angústia do adepto na hora da conferência de imprensa de Jesus se estende aos seus próprios jogadores. Agora já não foi o Carlos Xistra, nem o Gaitán, nem o Sálvio. Agora foram os jogadores que "não entenderam as indicações de Jesus" e que "comentaram que a estratégia para evitar eliminação não ficou clara" (se calhar foi às escuras). Cada vez estou mais convencido de que o pior que lhes aconteceu foi terem ganho 2-0 no Dragão e ficado sem saber o que fazer na segunda mão. Atacamos? Levamos com o Hulk e companhia no contra-ataque. Defendemos? Levamos com o Hulk e companhia na mesma. Que fazer, perguntaram eles, virados para o treinador. "Eh pá, o Jara joga andbóle, o Saviola margulha, e o Carlos Martins e o Coentrão berram com o árbito. O resto vem por acrechento". Para acrechentar à confusão, ontem, o jornal oficioso do Benfica noticiava que, depois de Cardozo ter marcado o penalti, Carlos Martins "foi ao banco perguntar as regras": "É preciso marcar mais?". Mas estes tipos existem mesmo ou são personagens dos Monty Python? Pelos vistos existem! E nós agradecemos!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Prémio "E não é que ele tinha razão?"

"É verdade que é uma importante vantagem, mas o FC Porto é uma equipa capaz de fazer o mesmo que nós fizemos aqui."

Moutinho, és o maior


Segunda parte: continua a exibição da equipa de mergulho do SLB - Martins sacou mais uma falta inexistente. Finalmente, um mergulho não resulta numa falta para eles - mas também não deu o amarelo...
Assim que o Xistra deixou de marcar falta cada vez que um vermelho caia, o jogo ficou logo na nossa mão: domínio do meio-campo, pressão permanente sobre o portador da bola e, finalmente, golo do Moutinho. Mais um pouco e, pumba, golo de Hulk - em posição irregular... Um bocadinho mais e... apaguem as luzes que o Falcão fez o 0-3!
Xistra entra novamente em jogo e oferece um penalty ao SLB, para compensar o segundo golo do Porto... 1-3! Pouco depois, Martins pontapeia Álvaro Pereira e... nada?!
Moutinho e companhia apagaram a Luz - liguem os aspersores que isto foi um banho de bola estou sem palavras.

Uma primeira parte xistrada

A PSP terá sido muito "criteriosa" na revista aos adeptos do Porto. Deve ter sido por isso que sobrou pouco tempo para revistar os inergumenos que fizeram chover dezenas de objectos sobre a bandeirola de canto quando o Moutinho se aproximou. Entretanto, aqui ficam alguns retalhos de uma arbitragem xistrada:
- mergulho de Máxi Pereira, amarelo para Álvaro Pereira: resulta num livre muito perigoso;
- Luisão afasta a bola e coloca o pé de apoio sobre a face do Otamendi: lançamento lateral para o Porto - benfiquista saiu impune;
- mais um mergulho (agora foi o Coentrão): o amarelo saiu para o nosso lado devido aos protestos do Falcao.

Foi uma primeira parte muito ranhosa, com os Coisinhos a viverem dos favores do senhor de preto (a única oportunidade de golo deles resultou de uma falta inexistente) e nós à espera de uma bola perdida - algo que resultou em apenas duas oportunidades de golo e ambas no mesmo lance. Em suma: estamos a fazer pouco para justificar uma eventual vantagem e os Coisinhos estão a fazer o que esperava - muita fita, muito mergulho, muita paragem, porque o tempo joga a seu favor e empatar ajuda a salvar a face.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Não se esqueçam das lanternas!

À medida que o momento do jogo se aproxima creio cada vez mais que existem grandes possibilidades de repetição do apagão no Estádio da Luz. Olhando o que a equipa produziu no domingo, num jogo em quase nada estava em causa para nós, é fácil acreditar que a desvantagem pode ser ultrapassada. Infelizmente, a escolha do Xistra foi uma opção muito favorável ao SLB, que exige ser ressarcido da expulsão do Javi Garcia em Braga. Vai ser um arbitro muito pressionado pelas circunstâncias aquele que estará em campo amanhã.

Ainda que sem Bellushi nem Guarin, espero que a vitória no jogo seja nossa, que ninguém se lesione e que os vermelhuscos, se porventura passarem à final, o façam borrados de medo e agarradinhos aos Coisinhos. Nós temos missões mais relevantes frente ao Villareal.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Jogo de preparação

O jogo com o Sbordem foi um bom treino: intenso, com emoção, em suma, uma boa preparação para o que aí vem. Temos a lamentar mais um possível lesionado, mas a equipa está preparada para (quase) tudo.

Agora mais a sério: a falta de intensidade inicial e o magnifico grelo que foi o primeiro golo do Sporting fizeram-me lembrar as circunstâncias das derrotas com o SLB e com o Nacional. Em todos eles entramos "moles", o adversário chegou ao golo de uma forma quase acidental e não conseguimos inverter a situação. Sim, não me estou a esquecer do resultado do jogo com o Sevilha: dessa vez só não goleamos por mero azar e azelhice nos momentos capitais.

Ontem, porém, foi diferente, porque a equipa reagiu muito bem à desvantagem e só o melhor Rui Patrício que já vi jogar foi adiando o inevitável. Mesmo com um Hulk quase ausente na primeira parte e um Varela que faz o melhor e o pior na mesma jogada, sobrou muito Álvaro Pereira, muito Moutinho e muito Guarin para tão fracos oponentes. Mas emergiu acima de todos o melhor ponta-de-lança a jogar em Portugal, Radamel Falcao, um Jardel com menos centímetros mas com muita massa cinzenta, algo que se nota na forma como recebe, passa, segura e faz jogar. Atrevo-me a dizer que este é porventura o jogador mais insubstituível do actual Porto, o que explica a nossa "quebra" após o Ano Novo, altura em que este colombiano se lesionou e esteve afastado dos relvados.

O resto foram as baldas do Maicon (estou a perder a fé neste brasileiro), a incapacidade do Sereno em atacar o flanco (AVB defendeu o seu atleta no final mas a verdade é que tanto o Fucile como o Sapunaru atacam bem melhor, isto para não falar do uruguaio que actua do lado contrário...) a forma como o arbitro poupou nos amarelos sportinguistas (o André Santos fartou-se de fazer faltas e nada) e puniu vários jogadores do Porto por pecados menores deveria fazer o Couceiro estar caladinho. Sim, é verdade que aquela bola na mão do Rolando poderia motivar a marcação de um penalty, mas também foi claro que não existiu intenção nem o jogador do Porto tirou vantagem do ocorrido. Verdade mesmo é que o SCP poderia ter saído do Dragão com um resultado pesado e acabou por sair derrotado à tangente, com um alibi aborrecido.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Iturbe: destaque na Marca de hoje

O jornal espanhol Marca está para o Real como A Bola está para o segundo-classificado-a-19-pontos. Aquilo não se aconselha a ninguém, mas hoje saiu uma reportagem de uma página inteira sobre o nosso próximo fenómeno, Juan Iturbe, que eu não podia deixar de partilhar com todos os leitores do Pobo do Norte.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

I-LUZ-ionistas (à moda do pasquim vermelhusco)

A minha curiosidade relativamente aos criativos jornalistas do "Rascord" é sempre premiada com verdadeiras piruetas discursivas. De uma forma ou outra, sabemos que as vitórias (ou mesmo os empates) do SLB são heróicos, as vitórias dos portistas são sempre por fraqueza ou inépcia alheia e o resto da malta nem conta para as vendas do pasquim. Talvez isso explique estes títulos:

"Muito Dragão para um débil Spartak, mesmo em Moscovo"
O que se passou: o Porto não deu hipótese aos russos, porque com o golo do Hulk, aos 28 minutos de jogo, a eliminatória ficou mais do que decidida. Os russos são bem melhores do que os holandeses com que os coisinhos empataram esta noite.

"Águias tremeram mas reagiram com classe."
A realidade: os coisinhos estiveram a perder por 2-0 antes da meia-hora de jogo, contra uma equipa que, uma vez mais, alinhou sem o seu melhor jogador. E os passarocos tremeram demasiado para quem supostamente tem "classe".

"Braga sorri após tanto sofrimento"
Aconteceu: jogaram com 10 mais de uma hora, mas tiveram as melhores oportunidades e, bem vistas as coisas, os ucranianos só chegariam ao golo por acaso, tal foi a forma inteligente como os minhotos defenderam o resultado.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Para nunca mais esquecer



O nome do garoto é Sérgio Luís Bordalo. O nome do canal é Benfica TV. Para nunca mais esquecer.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

19 ainda parecem poucos

Em 3 de Fevereiro escrevi neste post, entre outras coisas, isto:

(...) vão acabar a época em segundo lugar, a mais de 8 pontos do Porto campeão (...). Espero estar enganado quanto às outras profecias...

P.S. - A Robertice deve ser uma doença infecto-contagiosa.

sábado, 9 de abril de 2011

O tal "sistema"

Já alguns comentaram, mas estas notícias merecem que lhes seja dado o devido destaque: segundo o observador presente no Coisinhos-FCP da semana passada, Duarte Gomes esteve muito bem, ao ponto de lhe ter atribuído nota 4 (numa escala de 1 a 5), entre outras coisas, "pela sua coragem" e por "não se ter deixado influenciar pelo ambiente". Aliás, a falha que o observador imputa ao árbitro da partida é a de não ter parado o jogo para mostrar o amarelo ao central argentino do Porto (no início da partida, num lance em que as imagens mostraram nem sequer existir contacto...).

Poderíamos fazer o inventário das asneiradas de Duarte Gomes no dito jogo, que foram muitas e sistematicamente em desfavor do Porto, mas ocorre-me mencionar apenas 3, que seriam razões mais do que suficientes para atribuir nota bem negativa à arbitragem daquele senhor:
- penalty a favor do SLB que pura e simplesmente não tem razão de ser, tal como o amarelo subsequente;
- perdão da expulsão de Javi Garcia por agressão, um pontapé sem bola perto e com o jogo parado, a Varela;
- expulsão do Otamendi por acumulação de amarelos, num lance em que é muito duvidoso que a reacção do central do Porto à finta do Cardozo mereça sequer a marcação de uma falta, alegadamente, por obstrução.
Acresce que outras expulsões a jogadores do SLB ficaram por fazer e, claro, que a expulsão do argentino serviu para inclinar o campo e equilibrar um jogo que estavamos a controlar. A generalidade dos jornais, inclusive os orgãos semi-oficiais do SLB, deu nota negativa a Duarte Gomes: Público, Record e A Bola apontaram erros que só este observador não viu.

Uma nota final: como era previsível, o castigo para o homem da xicla foi meiguinho e cirurgicamente atribuído para ser cumprido em encontros nos quais o Benfica não tem nada a ganhar - os dois jogos da Liga entre o Coisinhos-FCP para o campeonato e o Coisinhos-FCP para a Taça. Quando os senhores das trevas falam da subsistência do "sistema", deve ser a isto que se referem.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Falcao e companhia num lugar diferente

Cada vez que vejo o Porto 2010/2011 a jogar na Liga Europa fico com a sensação de que o nosso lugar não é ali, nesta competição. O FCP de Villas-Boas é uma equipa de uma dimensão superior, capaz de se bater com as equipas que actualmente disputam a Champions. O resultado deste processo está à vista: só uma equipa como o Vilareal poderá impedir-nos de vencer tudo e todos. Claro, isso ou um dia mau face a Benfica ou Braga.

Mas não tenhamos dúvidas: estes russos são muito "bons de bola" (os brasileiros que têm são jogadores tecnicamente evoluídos e rápidos). Esse facto e a perspectiva de voltar a jogar num piso sintético que é um ambiente estranho para os nossos jogadores fazem deste volumoso resultado um grande passo rumo à meia final com os espanhóis.

Quanto ao jogo propriamente, a história é simples: enquanto o Spartak teve energias para jogar "à Porto" esteve tudo muito incerto, muito equilibrado. Para além da felicidade de marcarmos primeiro (a chance inaugural foi deles), tivemos sobretudo mais ritmo e um Falcao que fez, independentemente dos 3 golos marcados, a melhor exibição de sempre pelo Porto. Nem depois do golo russo a equipa tremeu. Depois, quem tem jogadores como o Bellushi, o James e o revigorado Rodriguez no banco só pode ter um 11 poderoso. Mas o que fica na retina é o querer, a energia e o talento do nosso ponta-de-lança colombiano, que joga, faz jogar, segura a bola e, já agora, é o melhor marcador da competição. Um jogador que, para nossa tristeza e devido à pequenez do nosso campeonato, não deverá ser possível manter no Dragão para além da próxima época.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Fusível a menos

Eu tive um carro da marca Rover. Um dia, fui à oficina da marca por causa de um problema no ar condicionado. Quando de lá saí, com conta paga e um sorriso de orelha a orelha, reparei que o botão do dito ar condicionado passou a ligar os médios. No Estádio da Luz, é mais ou menos a mesma coisa. O apagão de ontem, durante os nossos festejos, teve origem, segundo o que uma fonte benfiquista disse à PSP, num problema com um fusível. Portanto, há um problema num fusível, a luz vai abaixo (menos a dos camarotes e dos painéis publicitários, que têm fusíveis VIP), e de repente ligam-se os aspersores. É muito à frente. Falta-me dizer que nunca gostei daquele meu carro Rover.

Procura-se

In your face

Somos campeões!!! Contra tudo e contra todos! Essa treta de aproveitar o momento para destacar o positivo só se aplica quando o FC Porto é campeão. Ouviram senhores Fernando Correia e João Querido Manha? Quem não se sente não é filho de boa gente, e nós temos TODO O DIREITO de mostrar a nossa indignação, a nossa revolta, nesta altura. Não gostam de ouvir? Tapem os ouvidos! Quando somos nós os ofendidos, os maltratados, os gozados, os espezinhados, onde estão os senhores com as suas poses politicamente correctas? Quando um treinador adversário repete até à exaustão que são "a melhor equipa em Portugal" e que, contando com o jogo de hoje, consideram-se a cinco pontos, a que chamam a isso? Experiência? Sobriedade?
A semana foi perfeita, no sentido em que foi criado o ambiente ideal para irmos à Luz e trazermos o título. E quem melhor do que os próprios benfiquistas para nos dar esse incentivo? Jesus queria demonstrar neste jogo quem era na realidade a melhor equipa. E disse que se a equipa jogasse o que sabe, era difícil não sair com a vitória e mesmo com vários golos marcados. Fábio Coentrão queria contribuir, e marcar, se possível dois ou três golos. Portanto, voltámos ao Benfica do início da época, pré-supertaça, aquele que ia golear, o Benfica fanfarrão, inebriado pelos elogios de uma imprensa prostituta, que se vende para sobreviver! Obrigado pelo contributo para nos tornarem mais fortes.
Hoje, antes do jogo começar, as TVs degladiavam-se por obter os exclusivos da violência que, adivinhavam, fosse surgir com qualquer coisa de azul-e-branco que mexesse. Hélas! Todas as situações de violência tiveram por protagonistas adeptos do segundo classificado (a dezasseis pontos)! Desde apedrejamentos falhados (até nisso são medíocres) na auto-estrada, até confrontos com a PSP, filmados pela RTP, naquilo que parecia uma cena de um país terceiro-mundista.
A vitória de hoje não nos surpreendeu, portistas, que conhecemos o valor da nossa equipa. Para além disso, o jogo veio confirmar duas coisas: uma, que a derrota para a taça, no Dragão, foi um acidente de percurso, e resultou basicamente de erros defensivos nossos; duas, que a máscara dos supostamente correctos e com princípios demora, mas acaba por cair. Festejámos o título às escuras e debaixo de chuva "que vinha de baixo", como disse o nosso Presidente, o que vem confirmar que o fair-play e o desportivismo é uma coisa muito relativa.

Nem com 12 contra 10 evitaram um final azul

Este foi o quarto jogo da época com o SLB e o balanço é simples: 3 vitórias, uma derrota, 9 golos marcados e 3 golos sofridos. Em nenhum dos 4 a arbitragem beneficiou a equipa do Porto, mas também em nenhum dos 3 primeiros se viu uma tão grande diferença na avaliação da componente disciplinar como esta noite. Isto, claro está, descontando o suposto penalty assinalado sobre o Jara.

A história deste encontro é a dos falhanços do Falcao, dos favores da arbitragem e do completo desvario dos jogadores encarnados. Jorge Jesus deu o seu exemplo, recusando-se a reconhecer a superioridade do Porto e aludindo às duas oportunidades de que dispuseram após a expulsão de Otamendi.

Poderia e deveria ter sido uma vitória folgada. Talvez por isso sinta que faltou alguma coisa a esta noite. Mas foi um banho de bola dado a uma equipa que foi demasiadas vezes referida como a melhor de Portugal e que nem na hora da derrota foi capaz de ser digna.

Acabou-se a fábula e acabou a ilusão colectiva que uma imprensa de cachecol vermelho quis criar. Ficou também demonstrado quem costuma ser beneficiado pela arbitragem, quem se julga acima das regras e que não sabe perder.

Parabéns ao nosso treinador, que foi capaz de transformar um conjunto de jogadores quase igual ao da época anterior numa equipa vencedora, que pratica um futebol bonito e eficaz. Menção especial para um jogador que muitas vezes critiquei neste blog e que, não obstante ter feito uma segunda parte menos conseguida, foi uma vez mais o melhor dos melhores. O nome desse campeão é Guarin.

No final ficou o azul de sempre: valor, sofrimento e uma vitória contra tudo e contra todos. É assim que se fazem os campeões.

domingo, 3 de abril de 2011

A 45 minutos do título?

Breves notas sobre a primeira parte do Coisinhos-Porto:
- só um golo de diferença é pouco para o que se passou;
- os jogadores deles têm problemas de equilíbrio notórias - só o ábitro não reparou nisso;
- o Aimar e o Aírton já deveriam ter ido tomar banho, mas o Roberto também já o poderia ter feito;
- o Jara já meteu 3 vezes a mão à bola e... nada de amarelo!
- o penalty do FCP não tem discussão possível mas o deles foi uma anedota;
- o Guarin está a encher o campo;
- e o melhor para o final - já tivemos direito à nossa dose de robertices.

Veja as diferenças

TVI24: "Confrontos entre adeptos e polícia já provocou [sic] feridos e detenções"

RTPN: "Adeptos do Benfica provocam distúrbios e obrigam à intervenção da polícia"

sábado, 2 de abril de 2011

Azul

Quando penso na noite de amanhã, só me ocorre isto. É provável que os Delfins nem sequer sejam adeptos portistas, mas isso pouco importa. Amanhã vai ser assim:

"Reflete toda a nossa vida
Aumenta o maior dos sonhos
A procura de um futuro
Que não vem nos jornais
E assim dá uma nova vida
A um gato que já gastou sete
Ninguém vê a luz do túnel
Sem olhar a cor do mar
Azul! A cor azul
O céu do mundo
Uma luz para nos salvar
Não importa sol ou sombra
Não importa o preto e branco
Que os meus sonhos são as cores
Todas juntas numa só

Oh, azul
A cor azul
"




A letra parece feita a propósito da ocasião: fala de "túneis", de coisas que não são noticiadas nos "jornais" e de "azul", muito azul.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Também os vão proibir de gritar?

O clube português que tem 2 claques ilegais (às quais concede amplas mordomias) resolveu tentar inibir as claques legais do FCP de entrarem no Estádio da Luz com materiais alusivos ao clube que apoiam. Dizem que é reciprocidade, mas esquecem-se da questão pequenina da legalidade. Alguém ainda tem dúvidas sobre quem pensa que está acima da lei?