sábado, 31 de outubro de 2009

Desta vez, o Mourinho dos Pobres não goleou...

Nós não estamos a jogar nadinha. Mas os gajos sempre que encontram uma equipa que jogue decentemente também encravam.

Só para ver o melão destes cretinos, que estavam à espera do apregoado "vendável de futebol" benfiquista e acabaram com um banho de bola no Minho, já valeu a pena a frustração do jogo de ontem.

Obrigado Domingos por mais este contributo para a nação portista.

We saw it coming

Era uma questão de ser ontem ou na próxima jornada ou na jornada a seguir. A forma como a equipa está a jogar (ou, neste caso, não está) não transmite confiança aos adeptos. Ontem, por muito que me esforçasse, mesmo depois do empate, nunca consegui acreditar na vitória. Jogadores abúlicos, equipa a oferecer 45 minutos de avanço ao adversário. Parece que estamos no final daquelas épocas em que, já campeões, deixamos o jogo correr... A diferença é que estamos ainda na primeira volta, e há dois clubes à nossa frente. Preocupante. Em Janeiro vamos às compras?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O milagreiro

Porque é um assunto a que eu pensei dedicar algumas linhas. Porque a falta de tempo é lixada. Porque o comentário do JRP reflecte exactamente aquilo que eu penso:

"Independentemente da valia técnica (inquestionável) de alguns jogadores do Benfica, não deixa de surpreender o silêncio da comunicação social e até de muitos adeptos do FCP em relação à fabulosa condição física dos vermelhos. Tenho ouvido muitos portistas rendidos ao Benfica e até maravilhados com o rasteiro do Jesus, mas não os vejo questionar a velocidade estonteante de todo o onze benfiquista, nem tampouco a resistência física que lhes permite ao minuto 75, 80, 85 ou 90 fazerem piques que deixam os adversários a léguas. Aliás, uma crítica interessante que é feita a quase todos os adversários do Benfica esta época é que a defesa destes é sempre lenta. Pergunto-me se será a defesa do adversário lenta ou o ataque do Benfica extraordinariamente rápido... que milagre de Jesus é este que transformou uma equipa igual a tantas outras num portento físico, nos mais fortes, nos mais velozes? Esqueçam os penalties inventados, os golos em fora de jogo ou em falta e observem os outros: os golos advém sempre da capacidade física estonteante do Benfica. Por exemplo, o primeiro do Benfica contra o Nacional. De onde vem aquela velocidade de Coentrão e do Cardoso que em duas passadas ganhou 2 metros à defesa do Nacional. Dois bons exemplos foram no jogo com o Everton. O terceiro e o quinto golo do Benfica são acelerações incríveis feitas nos últimos 15 minutos de jogo, numa altura em que o Benfica já nem precisava de acelerar e podia até gerir o jogo, uma vez que tinha o jogo do Nacional à porta. Para o Benfica desta época não há cansaço, não há tempo de reacção, não há lentidão em nenhum jogador, não é preciso gerir esforço em nenhum jogo. Milagre? Das duas, uma. Ou o controle anti-doping revela alguma coisa, ou qualquer dia o corpinho de um ou mais jogadores vai ter que dar de si. Esperemos que não seja semelhante ao que aconteceu com Feher...
JRP"

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Está tudo louco?

Há um ano, sensivelmente, meio mundo portista pedia a cabeça de Jesualdo Ferreira. Tínhamos sido goleados em Londres (lembram-se deste post? e deste?) e derrotados em casa pelo Leixões. Depois, foi o que se viu. Até acabámos por fazer um campeonato jeitoso.
Passado um ano e pico, constato que se apoderou de um certo número de adeptos portistas um estado de psicose histérica (não sei se isto existe, mas soa-me bem) difícil de explicar. Assobia-se os jogadores, assobia-se o treinador, pede-se já a cabeça deste, deseja-se Jesus. Mas o que é isto, meus amigos? Está tudo louco?
Estamos na luta pelo campeonato, pelo que diz O Jogo (se tivéssemos empatado ontem, deixaríamos de estar?), a prestação na Liga dos Campeões está à altura das expectativas e cumprimos na taça. Ontem, frente à Académica, jogámos mal, sim. Mas, e depois? Jogos maus todos têm, meus amigos. Quando menos esperamos, levamos com um Poltava nas ventas. E com meia dúzia de lesionados, é natural que o nível exibicional se ressinta.
Até ao jogo de ontem, em termos puramente ofensivos, "vivemos" de cinco jogadores: Bellushi, Varela, Fucile, Hulk e Falcao. Os dois primeiros já estão lesionados à algum tempo e Fucile seguiu-lhes o exemplo, ontem, logo aos dois minutos (após jogada excelente). Hulk esteve em dia não e a Falcao a bola nunca chegou em condições durante a primeira parte. O resto foi uma amálgama de inépcia, atabalhoamento, falta de classe ou pura baixa de forma. Isto tudo atrelado ao autocarro que a Académica resolveu estacionar em frente à sua grande-área, na opinião da imprensa sempre isenta, um exemplo de "brilhantismo táctico" e "superior conhecimento do adversário". Ainda não vi nenhum órgão de comunicação social referir-se à forma como a Académica, antes de sofrer o primeiro, usou e abusou do anti-jogo. Jesualdo preferiu apenas insinuá-lo, elegantemente, dizendo que o único objectivo da Briosa era não sofrer um golo do FC Porto. A imprensa, essa chamou-lhe "táctica brilhante". Fosse contra um clube que eu cá sei e tínahmos os Delgados e os Guerras da imprensa de sarjeta a queixarem-se ao pobre futebol português em que as equipas não jogam de igual para igual com os grandes.
Na segunda parte, contando com o natural sermão de Jesualdo no balneário, abrimos a frente de ataque (era o mínimo, contra uma equipa que jogava apenas em meio campo) com Farias e pusemos em campo o jogador do plantel que, provavelmente, neste momento, tem maior fome de bola e força física e mental para empurrar a equipa para a frente: Guarín. Marcámos o primeiro e, de repente, a Académica quis atacar (vá-se lá saber porquê) e os seus jogadores até queriam que os nossos andassem mais depressa na marcação dos livres e lançamentos (ironia do destino...). Ganhámos com toda a justiça, sem aquele sofrimento que o resultado pode sugerir ou um ou outro jornalista mais zeloso quer insinuar.
Por tudo isto, não entendo os assobios aos jogadores e ao treinador. Nervosismo face à ditadura vermelha da imprensa? Era o que faltava. Até parece que não estamos já calejados ao longo de anos de sucessivas euforias galináceas. Eles estão a golear? E depois? No momento em que escrevo este texto, estamos em igualdade pontual e reduzimos a diferença para o primeiro. O resto é conversa.
Se eles estão a jogar melhor do que em épocas anteriores (algum dia teria de ser), se estão a ganhar jogos, devemos encarar isso como incentivo ao nosso próprio desempenho e nunca entrar em crise existencial porque jogámos mal um jogo e vemos uma certa imprensa fazer uma campanha propagandística sem precedentes a favor deles. Façamos o nosso trabalho e respeitemos os nossos jogadores e os nossos técnicos. Se não o fizermos nós, quem o fará? Lamentar que não seja Jesus o nosso treinador? Tenham juízo. Não querem um Luís Filipe Vieira, já agora?
PS - Deixo para o fim a revelação que prometi: o poncio, meu amigo e escriba neste Pobo, faz hoje anos. Vá lá dar os parabéns a este grande portista!

18:00, mais coisa menos coisa

Lá para o fim da tarde, prometo reflectir despudoradamente sobre a nossa vitória de ontem. Mais: prometo fazer revelações. Apareçam por cá mais logo.

sábado, 24 de outubro de 2009

Histeria

Parece que virou moda perguntar-se sobre o Benfica em todas as conferências de imprensa do país. Há dias foi alguém do Sporting que teve de dizer qualquer coisinha sobre o assunto. Esta semana foi o Fucile a ser apanhado. Não há um jogador que tenha a lata de devolver a pergunta com algo como "Não me quer antes perguntar onde está a sua mulher neste momento?"

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

"Que la chupen y que la sigan chupando"

A frase do título não é da minha autoria. Tive de recorrer a um insigne pensador argentino do final do século XX, início do século XXI, para expressar o que me vai na alma em relação à imprensa portuguesa. No dia em que o tetracampeão jogava a competição mais importante de clubes a nível mundial, os jornais desportivos decidiram trazer para assunto do dia um director desportivo a elogiar o seu próprio treinador, um jogador russo que não quer receber enquanto estiver lesionado e um jogador português em Inglaterra a dizer que Paulo Bento é dos melhores do mundo (também tu, O Jogo?). Por isto, e pela vitória de hoje, "Sigan mamando".
Quanto ao jogo, não havia necessidade de tanto sofrimento. A diferença existente entre as duas equipas é muito maior do que o resultado sugere. Fomos irregulares ao longo do jogo, com momentos de letargia pura e fases de massacre às hostes adversárias. Adversário que foi, desde que vejo futebol, a primeira equipa que vi a conseguir marcar um golo numa meia parte sem ter feito um único remate. "Atéláidis" sem rematar à baliza, pensei eu, ao intervalo. E nós, ao fim de 45 minutos, já íamos com dezanove remates, oito deles à baliza, e o mesmo resultado prático que os cipriotas.
Pela positiva, destaco Hulk, claro, o homem do jogo. E ainda os três Fs: Falcao, Fernando e Fucile. Este último é já, para mim, o melhor defesa-direito do FC Porto desde João Pinto.
Pela negativa, Mariano, claro, não só pela expulsão estúpida, mas também pela falta de clarividência na maior parte dos lances em que interveio. Também abaixo do que pode fazer esteve Rodríguez, este com atenuantes devido à lesão recente. Melhorou na segunda parte, mas Jesualdo preferiu retirá-lo de campo e manter Mariano... Guarín entrou bem e agora, se Bellushi continuar ausente, é dar-lhe a oportunidade de ser titular para ver o que sai dali. Eu estou confiante.

Onze contra onze

Este post destina-se a lembrar os jogadores do FC Porto, que lêem este blogue, que, logo, nada está ganho à partida. São onze contra onze e a bola é redonda. O Barcelona que o diga.

domingo, 18 de outubro de 2009

Sérgio Oliveira

Hoje valeu a pena ir ao Dragão para ver Sérgio Oliveira (17 anos) jogar pela primeira vez na equipa principal do FC Porto. Nunca será uma estrela como este, ou este, ou ainda este, ou porque não estes, mas, pelo que se viu hoje, Sérgio Oliveira poderá vir a ser muito grande num futuro FCP. Assim tenha sorte e cabecinha. Da primeira, jamais saberemos o que lhe destina. Quanto à segunda, a avaliar por este vídeo, parece que temos homem.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Blue pencil

Que mal fizemos nós para que uma entrevista de Hilário ao sítio do Chelsea seja publicada no Maisfutebol sem a parte dos elogios ao FC Porto? Eu sei que mal fizemos nós. Todos os portistas sabem.

O texto ignorado pelo Maisfutebol é o seguinte:

'Every single season they go at least to the second stage and they often do more,' confirms their former player. 'They have good structures in the club, and they believe in themselves.

'That is because of the past achievements and it is also because of the people that are still there from my time, from a long time ago. Those people believe in themselves and they give confidence to the players.

'You see examples of players that don't work so well in the other teams but when they get the chance to play in Porto, they do absolutely fantastic.

'The atmosphere, the feelings, the belief there is good and when a player has quality and has this feeling, this confidence around him, it makes him a better player.'

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A montra do mundial

O nosso possível apuramento para o mundial pode colocar três jogadores do FC Porto na África do Sul: Beto, Bruno Alves e Raul Meireles. E com legítimas aspirações, temos ainda Rolando e Varela. Podem ser cinco os portugueses portistas no mundial. Em termos absolutos e englobando jogadores de outras nacionalidades, este número pode ir até aos onze jogadores.

No Uruguai, Álvaro Pereira, Fucile e Rodriguez disputarão o play-off de acesso. Na Argentina, Bollati (jogador que pertence aos quadros do FCP) é um convocado indiscutível e até marcou o golo salvador no Uruguai. Depois, temos Bellushi, um jogador internacional que, dependendo da sua prestação e da do FCP nesta época, poderá ter aspirações. No Brasil, Helton voltou a ser convocado.

Obviamente que algumas destas hipóteses não passam disso mesmo, mas quando vejo um jornal desportivo, neste caso A Bola, a escrever no título de um artigo "Encarnados em peso na montra do mundial" e depois, no desenbvolvimento do mesmo, a incluir como hipóteses nomes como Javi Garcia ou Fábio Coentrão, acho que tenho o mesmo direito de fazer algumas projecções idênticas em relação ao FC Porto. E só não falo em Hulk porque não é tradição a selecção brasileira convocar jogadores "feitos" no estrangeiro. Para além disso, o Incrível nunca foi internacional e ainda nada fez de relevante a nível de competições internacionais. Tenho, no entanto, a certeza que, se Hulk fosse jogador do terceiro classificado da época passada, haveria já uma campanha propagandística, com várias ramificações, no sentido de sugerir a sua convocação pelo Brasil.

Mas, voltando à vaca fria, que é, neste caso, o artigo de A Bola, diz o jornalista António Barroso:

“Cardozo, Ramires e Luisão estão apurados para o Mundial-2010. Di María, Aimar ou Maxi podem carimbar esta quarta-feira o 'passaporte' para a África do Sul. Ao todo, oito águias aspiram, à partida, a estar no Mundial-2010, mas o número pode subir.”
Quanto aos três primeiros, nada tenho a declarar, sendo que apenas continuo a expressar a minha admiração pelo facto de o Brasil não conseguir arranjar um central melhor do que Luisão. Quanto aos três seguintes, a presença de Maxi Pereira depende do tal play-off, e a de Di María será natural. Em relação a Aimar, já coloco as minhas dúvidas, mas admito que Maradona ainda ande a snifar umas coisas esquisitas.

Em seguida, o escriba fala da possibilidade de os jogadores se valorizarem numa montra como a do Mundial, etc… conversa para encher chouriços, pois claro. Depois, escreve isto:

“E, no caso do Benfica, o assédio aos craques da Luz promete aumentar em catadupa, tantas são as possibilidades que se abrem para que a águia tenha uma comitiva de peso naquela que é um dos maiores espectáculos do Mundo e a montra, por excelência, para os executantes futebolísticos.”

“Assédio aos craques da Luz (…) em catadupa” é uma expressão muito querida pelos jornalistas de A Bola, principalmente aqueles que têm como função tentar vender o máximo de jogadores do Benfica, em cada época, por valores elevados. Ainda que, ano após ano, falhem qualquer desses objectivos (1. vender 2. por valores elevados), agora que se aproxima o Mundial, a equipa marca muitos golos no campeonato e Jesus ainda diz frases curtas e com algum nexo nas conferências de imprensa, eles voltam à carga. E este artigo aponta para isso mesmo. Veja-se este excerto:

“Mas a boa forma de David Luiz e as indicações que Luisão e Ramires podem transmitir ao seleccionador sobre a forma do jovem defesa-central, este ano em evidência, leva a que, num contexto em que Juan, Lúcio e Alex Silva (irmão de Luisão) se encontram lesionados, até David Luiz, a continuar a evolução galopante evidenciada na oficina da Luz, possa ambicionar chegar ao ‘escrete’.”

Tudo é possível. Repare-se: David Luiz pode ambicionar ao escrete se:
1. Luisão e Ramires falarem a Dunga da sua boa forma (“evolução galopante evidenciada na oficina da Luz” é uma expressão brilhantemente criativa, tenho de reconhecer)
2. Juan, Lúcio e Alex Silva se lesionarem. (E nem é referido o Thiago Silva do AC Milan)

Assim, está aberta a possibilidade para, por exemplo, Hulk entrar no escrete se:
1. Helton falar com Dunga
2. Robinho, Luis Fabiano, Ronaldinho, Kaká, Nilmar se lesionarem

Ou ainda a de Mariano González ir ao Mundial se:
1. Bollati falar com Maradona
2. Messi, Di María, Higuaín ou Gutierrez, por exemplo, se lesionarem

É simples!

O texto de A Bola não se limita a um registo informativo-graxista e propagandista. A partir de certa altura entra mesmo no domínio do cómico. Leia-se este pedaço:

“A confirmação da consistência de Javi Garcia como muralha intransponível na intermediária, e de Fábio Coentrão como um extremo rápido, tecnicamente dotado e em franca explosão esta época, podem levar, ainda a que, quer Vicente Del Bosque, quer Carlos Queiroz, técnicos nacionais de um e outro país, respectivamente, ponderem sobre a possível surpresa que será a inclusão destas duas afirmações do Benfica 2009/10, que voa alto nos céus sob a orientação de Jorge Jesus.”

Deixando de lado os previsíveis recursos estilísticos (“muralha intransponível”, “em franca explosão”, “que voa alto nos céus”), sobre os quais não tenho aqui tempo para me pronunciar, detenho-me sobre os jogadores. A Espanha deve mesmo estar precisadinha de um Javi Garcia. Xabi Alonsos, Xavis e Iniestas da selecção de nuestros hermanos, tomai cuidado! Há uma muralha intransponível a jogar em Portugal e que pode ser uma surpresa no mundial! Basta que Del Bosque se aconselhe com Maradona, está claro. Até nem sei como foram capazes de deixar sair Javi Garcia para um campeonato tão pouco competitivo como este. Quanto a Fábio Coentrão, realmente na imaginação de A Bola tudo é possível. Ainda me admira deixarem de fora o Miguel Vítor ou o Carlos Martins. Se o Fábio Coentrão merece ir ao Mundial, que dizer de um Varela, então?

O texto termina, referindo-se às convocatórias de Di Maria e Aimar. Já agora, foi uma pena que nenhum dos dois tenha decidido o apuramento da Argentina, ontem, em Montevideo (O primeiro foi substituído a meio da segunda parte e o segundo nem saiu do banco), e ironia das ironias, esse apuramento tenha sido decidido por Bollati, um jogador com contrato com o FC Porto (no site deste órgão oficioso do clube de bairro do Alto dos Moinhos diz-se “ex-jogador do FC Porto”, quando seria mais correcto dizer “jogador emprestado pelo FC Porto ao…”, mas, enfim, já sabemos do que a casa gasta...).

A prosa ainda refere o facto de Nuno Gomes e César Peixoto terem sido convocados para o jogo com Malta e adianta-se que Quim pode perfeitamente voltar à selecção uma vez que “já lá esteve” e é “titular da águia”. Um amigo meu sportinguista diz que também Rui Patrício já lá esteve e é titular do leão, por exemplo.

O texto termina com um fantástico “Haja fôlego, que as jóias da coroa encarnadas prometem ser em quantidade na vitrina de luxo que é o Mundial.” Eu já estou a pensar comprar botijas de oxigénio e bombas iguais às das pessoas que sofrem de asma para quando começar o Mundial. Podia-se criar uma espécie de efeito-pandemia, igual ao da gripe A. Acho que muita gente ia ganhar dinheiro com isso.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A imprensa desportiva é do mais cómico que há

Continuo a divertir-me com as manchetes sobre o terceiro classificado da época passada com que os jornais deportivos sulistas vão amealhando receitas extraordinárias (neste início de época, porque lá para o final, a coisa volta a ficar preta).
Há dias era A Bola, lembrando que o Benfica tem o melhor ataque no mundo, isto, contando com os penaltis e faltas artisticamente sacadas por Saviola, Aimar e companhia. Hoje, na falta de melhor, descobrem que o clube do bairro do Alto dos Moinhos é milionário porque tem sete jogadores no top-10 das cláusulas de rescisão em Portugal. A diferença é que, enquanto outros vão efectivamente vendendo a bom preço os seus craques, estes conseguem mantê-los, sendo que este conseguem deve ser entendido por ninguém pega neles por aqueles valores.
O Record também contribui para a minha boa disposição diária. A manchete de hoje diz "Maradona aposta no Benfica", para ver se leva a Argentina ao campeonato do mundo. É a solução óbvia, porque, como todos sabemos, o Benfica, pela experiência acumulada nos últimos anos, é uma inspiração para quem pretende jogar grandes competições internacionais. Segundo este pasquim, "Di Maria e Aimar são fundamentais para a Argentina". Não fosse a alvi-celeste estar em sérios riscos de não ir ao mundial, Maradona ter a cabeça no cepo, e, em desespero, tentar sacar coelhos da cartola, eu até era capaz de conseguir fazer um ar sério ao ler esta manchete.

domingo, 4 de outubro de 2009

Tudo combinado

O título deste texto refere-se obviamente à forma como marcámos o segundo golo, uma jogada de laboratório, daquelas em que tudo está combinado e sai na perfeição (mesmo com o árbitro a atrapalhar). Contra uma equipa de muita qualidade, em que se vislumbra algum FCP do futuro, tivemos de correr e suar muito. A vitória foi natural e até pecou por escassa, mas, ganhando 1 a zero ou 8 a zero, a colheita pontual é a mesma.
Em termos individuais, Bellushi foi para mim o melhor em campo. Com pezinhos de lã e olhos nas botas, este jovem que veio da Grécia foi o farol que iluminou o caminho da baliza (que bonita metáfora!). A seguir, Falcão e Hulk, o primeiro por ter bisado, o segundo por ter acertado no poste uma porrada de vezes. Hulk atravessa um período de aversão ao golo, mas o volume do jogo atacante do FC Porto passa sempre por ele e pela sua capacidade de explosão. Sim, erra muitas vezes e falha mais do que nós queríamos, mas temos de ser um pouco condescendentes para com um jogador que joga sempre no risco e com os olhos postos na baliza.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Passatempo: momento poético

Complete o seguinte poema com a opção que, na sua opinião, é a mais adequada ao momento:

Com três letrinhas apenas
Se escreve a palavra _______
É das palavras pequenas
A maior que o mundo tem*


a) mãe
b) aek
c) fcp

(* não tem que rimar)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O AEK não goleou... ou era ao contrário?!

Existe a "bolha da Internet" e a "gripe das águias". São duas inflamações mentais curáveis. Com o fim da primeira o pessoal deixou de acreditar que qualquer coisa acabada em ponto.com dava dinheiro. E com a cura da segunda o pessoal vermelhusco deixa de crer piamente nas manchetes desportivas de Verão.

Eu achava que isto ainda se arrastaria até Novembro, porque é como a gripe sazonal. Afinal está mais perto do fim do que eu supunha. E não foi preciso nenhum colosso europeu. Bastou uma equipa grega de 2º plano. Sejam bem-vindos à realidade.