sábado, 31 de agosto de 2013

O Celtic não vai em grupos

A estratégia suja de contratação de jogadores que o Benfica normalmente utiliza pode funcionar com as Académicas ou os Olhanenses ou os Leirias deste jardim à beira-mar plantado, mas lá fora as coisas piam mais fino. O treinador do Celtic disse, a propósito do guarda-redes Fraser Forster (nas últimas semanas associado aos coisinhos) que "Não tivemos qualquer proposta oficial por ele. Mas, na verdade, escrevemos uma carta a um clube para que desistissem." Não revelou o nome do clube, mas a imprensa britânica dá como certo que será o segundo classificado do campeonato português. É assim que se põe na ordem a chico-espertice.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Ou então não


Tinha tudo para dar certo, carago. A história é simples. O Diário de Notícias, a exemplo da "grande maioria", apostava que os coisinhos iam ganhar o campeonato. Vai daí, a três jornadas do fim do campeonato - ou seja, logo após o jogo da Madeira -, enviou o documento acima publicado a várias empresas no sentido de arranjar patrocínios para aquela que seria uma "homenagem ao Campeão Nacional": uma "revista de coleção e de grande qualidade". Esta proposta, que, pelo tom eufórico do texto e pelo arrojo no grafismo, parecia saída do departamento comercial do próprio SLB, deixou de fazer qualquer sentido, como todos sabemos, a partir daquele fatídico "minuto Kelvin". Lá se foi o "BENFICA CAMPEÃO 2012/2013". Não pretendo criticar a opção editorial do DN. Após a vitória dos coisinhos na Madeira, até eu estava mais ou menos consciente de que o campeonato era uma quase-utopia. Mas eu gostava de saber se, por algum instante, o DN pensou em fazer a mesma revista para um hipotético "FC PORTO CAMPEÃO 2012/2013". Eu compraria. Muitos portistas comprariam. E estou certo que, como revista de "interesse para os amantes do futebol, em geral", muitos benfiquistas o fariam também. Ou então não.
(n.r. - ocultei, propositadamente, os valores que o DN cobraria pela publicidade pois não acho que tenha interesse para o caso)

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sorteio da Champions

O que eu queria para nós:

Marselha
Galatasaray
Áustria de Viena

O que eu queria para os coisinhos:

Paris Saint-Germain
Borussia Dortmund
Nápoles

Pode ser?

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Eu cá sou bom

Assisti, algo incrédulo, às declarações de Jorge Jesus logo após o jogo com o Gil Vicente. Será que ele acredita mesmo naquilo que está a dizer? Será que não tem consciência do nível de aldrabanço a que chegou o seu discurso? Será que a escala narcisista não tem limite? Estas declarações são acompanhadas de trejeitos faciais que seriam o sonho de qualquer Tim Roth (o detetive de Lie To Me, conhecem?). Deixo-vos aqui a transcrição do discurso e a colocação de três caras que podem ajudar à investigação.

"Nós sabemos o valor dos jogadores [cara #1], sabemos o valor da equipa, da equipa técnica, e principalmente eu. Foi expressada... ainda esta semana... três treinadores portugueses no top ten. Isto demonstra a qualidade dos treinadores portugueses... [cara #2] no mundo [cara #3]. Tudo isso faz com que a gente confie no nosso trabalho. Às vezes as coisas podem não correr bem, mas não deixamos de acreditar, os jogadores não deixam de acreditar e, neste caso, o treinador do Benfica também não deixa de acreditar."


O vídeo: http://youtu.be/oUZRqYcYiNk

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Estamos bem, obrigado.

Ainda não sei o que me irrita mais: se a berraria em torno do "imparável Sporting", se a masoquista afirmação do Orelhas que alegou até ter sido melhor vencer o Gil nos descontos...

Mas tudo isso passa quando olho para a nossa equipa em campo e os vejo, sem elogios balofos da imprensa nem grandes títulos sobre as nossas aquisições, a vencer com naturalidade. Sim, fui um dos que não gostaram particularmente da fraca exibição no batatal de Setúbal, mas sou o primeiro a assumir que o FCP desta época me motiva um enorme sorriso. E já explico porquê.

A primeira razão prende-se com o facto de, ao contrário do que aconteceu no ano passado, existirem alternativas aos atuais titulares. Sobretudo, alternativas credíveis no futuro imediato, mas com potencial de crescimento. A segunda está ligada à forma como, de entre os supostos reforços, serem 2 dos menos sonantes quem ganhou lugar na equipa e, melhor do que isso, quem tem justificado as oportunidades. Em terceiro, e excetuando alguns momentos da jornada inaugural, a equipa atuar como um bloco, coesa, sem permitir grandes surpresas aos adversários - isto foi visível, a espaços (claro), até na pré-temporada.

Quanto ao que não gostei: da falta de "coragem" do nosso treinador em Setúbal - o belga estava a ser o melhor e o Lucho estava a fazer uma exibição paupérrima, mas quem saiu foi o Defour; no jogo de ontem, apesar do esforço, Defour complicou, demonstrou desgaste logo no início da segunda parte e... ficou em campo até ao fim! Mas o que me deixou mesmo aborrecido foi o excesso de malabarismos que nos impediu de golear e, em especial, a forma como o Jackson aborda alguns lances (onde, para lá de algum egoísmo, transparece o mesmo tipo de atitude displicente que motivou o falhanço do "penalty à Panenka"). Se o nosso treinador os tivesse no sítio, retirava o gajo de campo ao fim de 2 ou 3 habilidades inconsequentes e dava minutos e animo ao argelino. E explicava-lhe que, mesmo com o Quintero em campo, existem mais 9 gajos não colombianos a quem pode passar a bola...

Em suma, apesar dos reparos, as perspetivas deste arranque são ótimas e podem até melhorar já no próximo fim-de-semana, aconteça o que acontecer no jogo de Alvalade, desde que façamos o que é normal em Paços de Ferrreira (a julgar pela amostra no Beira-Mar  e pelo início desta época, parece-me que a carreira do "treinador" Costinha, vai ser mais do que curta, vai ser curtinha!... )

E porque não acredito que os verdinhos de Alcochete resistam ao desgaste do outono que se avizinha ou sequer a equipas pragmáticas como o Braga e o Marítimo, prefiro uma vitória sportinguista. Quanto aos senhores que detêm a hegemonia do futebol português (em termos de capas de jornais desportivos, está claro...), será giro ver a confusão que se instalará no galinheiro com uma eventual segunda derrota em 3 jogos.


Obrigado, Deco!


Josué, Licá e mais nove

Isto está-se a tornar um caso sério, com Licá à esquerda, Josué à direita e a equipa a carburar como se eles já lá estivessem há uns anos. Estou-me a deixar conquistar por estes dois jogadores sobre os quais não dei muito na pré-época. Muito bem taticamemte, tratando muito bem a bolinha com os pés (então aquele pé esquerdo do Josué...) e sentindo o clube como adeptos, ainda por cima.

domingo, 25 de agosto de 2013

Jesus igual a Mourinho

Hoje lembrei-me do sprint de José Mourinho em Old Trafford para abraçar Costinha. O ministro tinha deitado abaixo a armada inglesa em mais um passo rumo à futura vitória europeia. Lembrei-me porque vi Jorge Jesus sprintar após o segundo golo, que determinou a vitória sobre o Gil Vicente, nos descontos, à segunda jornada. Os benfiquistas já têm o seu momento épico para mostrar aos netinhos: o treinador a esgaçar 50 metros para pôr a mão na cabeça do Luisão.
No final do jogo, Vieira aproveitou a maré e veio com o discurso previsível: esta equipa é muito unida, esta equipa sabe sofrer, os adeptos também são fantásticos porque não saíram do estádio, os adeptos são os maiores porque acreditaram até ao fim. Só faltou dizer que o Gil Vicente deixou de defender para além dos 90 minutos.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Luisão: dez anos de ilusão

A Bola chama, hoje, para a primeira página, mais uma das suas famosas efemérides. Normalmente estas efemérides assinalam meio século sobre vitórias internacionais do seu clube do coração, mas esta é diferente. Diferente porque são apenas dez anos. Diz assim: "Faz hoje 10 anos que Luisão chegou a Portugal". Reparem bem: "chegou a Portugal", e não, "chegou ao Benfica". Faz toda a diferença. Luisão já é um símbolo nacional, uma espécie de filho adotivo da nação que o acolheu e beneficiou de todos os seus ensinamentos, dentro e fora dos relvados. Senão atentemos a alguns factos que preencheram o seu percurso, até hoje, em Portugal:
- Em janeiro de 2007, foi condenado a 40 horas de trabalho comunitário depois de ter sido detido a conduzir com uma taxa de alcoolemia de 1,44 gramas por litro de sangue. Na altura, não ficou inibido de conduzir pelo facto de ser uma figura pública, segundo o jornal Público.
- Em janeiro de 2008, teve de ser separado de Katsouranis, quando os dois estiveram para andar à batatada, em pleno relvado do Bonfim. Na altura, o clube suspendeu os dois jogadores, mas levantou a suspensão do central mais cedo por ser um dos capitães.
- Em agosto de 2012, abalroou o árbitro do jogo particular contra o Fortuna de Dusseldorf, aplicando-lhe um encontrão que o fez estatelar-se no chão. Esta carícia custou-lhe dois meses de suspensão.
- Pelo meio, arranjou tempo para ganhar imensas Taças da Liga, Troféus Guadiana e Taças Eusébio. E foi campeão uma data de vezes. Duas, mais precisamente.
Um bem-haja, portanto, ao jornal de Vítor Serpa por ter trazido à primeira página um assunto tão relevante para o nosso país.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Os lances polémicos de Setúbal

As regras do futebol não têm mistérios. Uma cabeçada num adversário é agressão, logo tem de ser punida com expulsão. Um toque na perna do adversário, seguido de "tesoura", provocando-lhe a queda, é falta. Se for dentro da área é penalti. Não percebo toda a histeria à volta destas questões. O benfiquista que comentou o jogo para a Antena 1 - José Nunes - disse que houve um toque na perna de Jackson Martinez, mas que não era o suficiente para que o colombiano caísse. Como é que ele sabe que não foi o suficiente? Em que dados objetivos se baseou para afirmar aquilo com tal assertividade? Não satisfeito, o comentador foi mais longe: disse que o Jackson "caiu ao ralenti". Alguém informou o senhor que aquilo eram imagens em câmara lenta?

Quintero

Faz-me lembrar aquele puto que todos queríamos ter na nossa equipa, quando jogávamos aqueles joguinhos de 10 minutos nos intervalos da escola. Aquele puto com ar de quem gosta de entrar com a bola pela baliza dentro e a quem descobrimos uma finta nova todos os dias.
Acho que, mais cedo ou mais tarde, terá de ser titular desta equipa, falta saber em detrimento de quem.

domingo, 18 de agosto de 2013

Tradições de Verão

Algumas coisas nunca mudam, ou melhor, alguma coisa tem de mudar para que o essencial fique na mesma. Vem isto a propósito da barrigada de riso que foi ver o Marítimo-Coisinhos.

O que mudou foi o facto do Maxi Pereira ter levado um amarelo antes dos 89 minutos e quando ainda só tinha feito 2 ou 3 faltas que o justificassem... O que não mudou foi o estilo isento das transmissões televisivas: quem esteve minimamente atento terá reparado que o lance do penalty assinalado contra os vermelhuscos foi mostrado 267 vezes, de múltiplos ângulos, durante e depois do final da primeira parte; no final da segunda, já com os Coisinhos desesperados, o Heldon cai na área do SLB com (presumo, e já vão saber porquê) o Maxi pendurado no pescoço. Repetições? Esperei, esperei, vai ser agora que a bola está fora... Népia, niente, nicles, nada mesmo. Em contrapartida, minutos depois, o Lima estatela-se na área do Marítimo depois de uma grande correria e, surpresa, temos direito a 35 versões do mergulho para a piscina...

Existe quem diga que a maioria dos portistas, como eu, vibra mais com as derrotas e as desgraças do SLB do que com os feitos do nosso clube. E que falamos muito deles. É verdade: as vitórias do FCP tornaram-se quase 100% previsíveis e as palhaçadas dos Coisinhos são a coisa mais divertida do futebol português. Mas não confundam a diversão com a devoção. É por isso que este post fica por aqui: começou o nosso jogo!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Novelas de verão

O início do campeonato está finalmente aí mas, devido a esta bizarra data de encerramento do mercado (depois de todos os campeonatos da Europa ocidental terem tido início) ainda vamos ter mais episódios das novelas de verão que tanto papel ajudam a vender em Portugal.

As nossas personagens principais chamam-se agora Jackson Martinez e Varela, ainda que subsistam papéis secundários para o Atsu, para o Iturbe e para o infeliz Rolando. No caso do Varela, confesso que me divido entre o eventual bom negócio que seria vendê-lo por 7 ou 8 milhões e a noção de que por esse valor não arranjamos sequer alguém com iguais capacidades. No caso do Atsu, a sua saída já tarda, mas em caso algum o Porto lhe deverá facilitar a vida - é preferível perder meia dúzia de milhões de euros do que premiar a falta de gratidão e dar um péssimo exemplo a potenciais réplicas. Quanto ao Iturbe, o ideal seria um empréstimo a um clube português pois não creio que evolua no sentido desejado num campeonato como o argentino. A situação do Cha Cha Cha é, simultaneamente a mais simples e a que poderá ter maior impacto desportivo: o homem deve ter muita gente a acenar com contratos bem melhores do que o que tem com o Porto mas nenhum desses clubes se chegou à frente para bater os 40 milhões da cláusula de rescisão. Partindo do pressuposto que ele tem contrato com o FCP até 2016, talvez fosse melhor dizer-lhe para ter juízo e, na medida do possível, satisfazê-lo ao nível salarial. Por fim, o que disse Rolando - acredito que não lhe tenham facilitado a vida depois da recusa de uma transferência para o QPR desejada pelo clube. Mas, pelo que julgo saber, pagaram-lhe sempre a horas e ele nunca foi propriamente um indiscutível na nossa equipa. Por esse motivo, não creio que se justifique todo o azedume das declarações feitas em Itália.

Contudo, as estrelas do Verão são sempre vermelhas - uns porque chegaram e são os novos Eusébios ou Rui Costas, outros, os que já cá estavam, porque meia Europa do futebol os deseja. É um espetáculo trágico-cómico porque já sabemos como acaba: raramente acontece uma transferência do calibre das que o nosso PdC faz e no final da época os alegados Eusébios e os Rui Costas saem discretamente sem ganho financeiro significativo ou glória desportiva. Melhor ainda é observar como um supostamente muito valioso Cardozo não consegue ser vendido sequer por valores na ordem dos 15 milhões. Ou como o Benfica se prepara para engolir todo o rigor disciplinar e aceitar o gajo de volta, apesar do pedido de desculpa jamais ter sido dirigido ao maior desrespeitado... Outros casos giros são os do Garay, do Gaitan e o do Sálvio mas, sobretudo, o do Matic, que hoje é referido n'A BOLA como "um dos melhores do mundo" - segundo os jornais desportivos do costume toda a gente os quer ainda que valham dezenas de milhões, mas o tempo vai passando e as únicas saídas no Benfica são casos tristes como o do Luisinho ou a estranho reencaminhamento do astro argentino Farina para o Dubai... E já me esquecia do Coentrão 2.0, que até o Liverpool desejava mas que, afinal, vai ficar a fazer de pendura a um defesa esquerdo brasileiro que, ou muito me engano, ainda nos vai dar mais alegrias do que o Roderick (que assumo, foi uma das transferências de Verão que mais me entristeceram).

Sim, ainda faltam algumas semanas para este circo fechar as portas e muita coisa pode mudar.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Uma vitória entusiasmante

"Relativamente ao ponto 2, confirmei que Licá não é, pelo menos para já, jogador para o nosso clube. Sim, marcou um golo - vindo do céu - mas em tudo o resto mostrou muita entrega e pouca lucidez."
O gajo que escreveu isto é uma besta e não percebe nada de futebol. Como se pode criticar assim um jogador que acaba de chegar ao clube, sem "estatuto", que naturalmente revela o nervosismo dos principiantes? Como se pode deitar abaixo assim um "portista doente de Castro Daire", dado por toda a gente como dispensável, sem lhe dar o benefício da dúvida? Um imbecil, uma besta, esse garoto.
Sim, fui eu que escrevi aquilo no texto sobre a nossa passagem por Inglaterra. Na realidade, Licá fez um jogão no sábado, em Aveiro. Digo um jogão tendo em conta que era o seu primeiro jogo oficial, logo a titular. A entrega foi a mesma da pré-época, a lucidez foi enorme, na forma como tomou sempre as decisões certas para os momentos certos, tabelando com os colegas, rematando à baliza, tentando a finta, aparecendo ao segundo poste e mostrando a sua cultura de ponta-de-lança. E parecia que já cá estava há anos.
Meus amigos, não há muito para dizer sobre a nossa 20ª Supertaça. Jogámos sempre ao ataque, fizemos o que nos competia. Encontrámos um adversário fraco, há que dizê-lo, mas fizemos um jogo de qualidade, atacando por ambas as alas, rematando à baliza, fazendo um carrossel em progressão. Vimos um FC Porto como Vítor Pereira poucas vezes conseguiu, apesar de reconhecer que o nosso anterior treinador não teve há disposição um banco como hoje nós temos.
Para finalizar, uma palavra para Pinto da Costa: brilhante nas suas declarações finais.

sábado, 10 de agosto de 2013

Adeus, Varela?

O West Ham oferece 7,5 milhões por Varela, adianta O Jogo. A imprensa desportiva adianta a titularidade de Licá para hoje. O meu palpite: o Drogba da Caparica faz hoje o último jogo pelo tricampeão.

A hegemonia do ridículo

Os benfiquistas continuam sentados à espera da prometida hegemonia do futebol português, que, volta e meia, o presidente do clube se lembra de lhes atirar aos olhos. Se não é Vieira, é Jesus, que, nestas coisas de fanfarronice, também não lhe fica atrás. Que iam ser maiores que o Real Madrid, que estavam à beirinha do domínio do futebol português, que em três anos iam ganhar uma Liga dos Campeões, enfim, um conjunto de alarvidades de quem ainda se julga o "mais grande" de qualquer coisa que já não existe. Essa coisa que já não existe é um país a preto e branco, governado por um senhor que gostava que todos fôssemos benfiquistas para exultarmos com os golos do Eusébio e esquecermos o resto. Não, obrigado.
A imprensa ajuda, claro, como todos nós sabemos. Por falar em Eusébio, vejam lá que, na ausência de um Makukula, conseguiram encontrar semelhanças entre um puto sérvio e o amante do tremoço, tecendo desde logo comparações entre dois estilos de jogar tão parecidos. Markovic, o pantera branca. É nisto que eles são bons: a construir castelos na areia. Luisão é um caso paradigmático. Todos os anos perseguido, coitado, pelos tubarões europeus, viu, também todos os anos, os Pepes, os Ricardos Carvalhos, os Brunos Alves passarem-lhe à frente e conseguirem os contratos das suas vidas. A questão que o "normal" adepto benfiquista não parece querer ver é que os jogadores do seu clube não são tão bons como A Bola ou outros apregoam. Veja-se o caso de Cardozo. Ninguém dá o dinheiro que o Benfica quer por um jogador que é tão indisciplinado, que falta ao respeito ao treinador, que agarra a camisola de um árbitro, que tem um registo de tanta indisciplina. Ninguém dá 15 milhões por um jogador que quer sair do seu clube. Por isso é que o Fenerbahce chegou apenas aos 7 milhões. Sim, Pobo do Norte sabe que foram sete milhões, não mais. E por isso é que se assistiu àquele pedido de desculpas ridículo que, curiosamente, nunca referiu o nome do treinador, que foi o ofendido em primeira instância. Cardozo pediu perdão aos adeptos, à direção, aos jogadores e à equipa técnica. Nem uma palavra em particular para com o mister da chicla. É também por isto que eu acho que aquilo vai ser um barril de pólvora se o paraguaio ficar e as coisas começarem a dar para o torto (como já se está a ver, com as derrotas com São Paulo e Nápoles). E talvez não seja de menosprezar o lobby sérvio que se pode constituir como ameaça à unidade do balneário.
Sigo com curiosidade as frustradas tentativas de Vieira de vender "à FCPorto" e a forma como A Bola tenta construir uma imagem de intransigência. Vieira, o duro. Vieira, o defensor dos interesses benfiquistas até ao último cêntimo. Resultado: ninguém pega em Cardozo, ninguém pega em Melgarejo, ninguém pega em Matic. Entretanto continuam a importar carradas de jogadores como se não houvesse amanhã. Com que dinheiro?

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Vamos ficar sem defesa, é?

Nápoles oferece 15 milhões por Otamendi. Chelsea pode atacar Mangala.
(in A Bola online)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Queremos novidades do Sporting

O Sporting perdeu um jogo de futebol, depois de o estar a ganhar, revelando um buraco negro naquela defesa que nem o central "de seleção argentina" (!!!), na opinião de Rui Oliveira e Costa, e cobiçado pelo AC Milan (!!!), segundo avançava há dias A Bola, conseguiu evitar.
Carrillo é um puto genial que está a ser subaproveitado naquele clube. O Moutinho deu à sola a tempo. O Adrien tentou, mas não conseguiu. O Bruma está a ver se consegue. E tu, Carrillo? Demoras muito?
No final do jogo com o West Ham, o puto com voz de bagaço que preside àquele clube protestou contra a arbitragem. Hoje, voltou a fazê-lo no facebook. É o Sporting.
E novidades, há?

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

FC Porto em Inglaterra

Esta escapadinha a Inglaterra mostrou três coisas:

1. Temos qualidade no plantel.
2. Nem todos os reforços serão isso mesmo, reforços.
3. O onze base ainda não existe.

Em relação ao ponto 1, destacou-se, sem dúvida, Quintero. De início, tentou sempre  a finta, o duelo individual. Ganhou umas, perdeu outras, mas mostrou, desde logo, coragem para assumir o comando do ataque. Só isto já diz alguma coisa. Na segunda parte, revelou-se um exímio distribuidor de jogo, marcando o ritmo rápido do nosso contra-ataque com passes "a rasgar". Para mim, e assumo que isto soe um pouco prematuro, mas temos aqui alguém com a técnica e precisão de passe de James Rodriguez, mas com algo que este não tem: velocidade de execução. Água na boca.
Herrera revelou-se também. É um todo-o-terreno. Passada larga, poder de choque, pode ser um jogador poderoso quando estiver fisicamente no seu melhor. Gostei da forma como trata a bola e da sua entrega no jogo defensivo.
Ghilas marcou um belo golo contra o Nápoles e assume-se como alternativa a Jackson. Tenho muitas expectativas em relação a este argelino, dono de uma impressionante capacidade física. Uma espécie de Walter, mas em versão músculo e velocidade.
Relativamente ao ponto 2, confirmei que Licá não é, pelo menos para já, jogador para o nosso clube. Sim, marcou um golo - vindo do céu - mas em tudo o resto mostrou muita entrega e pouca lucidez.
Josué é um jogador que tem revelado um estranho alheamento do jogo. Reconheço-lhe bastantes capacidades técnicas, mas não tenho gostado do seu desempenho. Não faz a diferença, limita-se a estar. Passa a bola, muitas vezes mal, e não arrisca. Hoje, contra o Nápoles, foi gritante o seu distanciamento em relação ao nosso processo ofensivo.
A questão de ainda não termos onze base - e já estou no ponto 3 - não me preocupa. Espero, até, que a qualidade seja tão grande que leve a vários onzes, em várias competições, em vários momentos da época, sem que o desempenho da equipa se ressinta. Paulo Fonseca tem é que manter todo o plantel motivado para que todos deem resposta válida quando forem chamados.

sábado, 3 de agosto de 2013

Abébias Cup

Não ganhavam há 14 jogos, não marcavam um golo há 6 jogos e estão no antepenúltimo lugar do Brasileirão. Hoje venceram os "mais grandes" no seu estádio por 2-0. E nós é que estamos mal por termos falhado 2 penaltis?