quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O travo azedo deste final de 2015

Terminar o ano com uma motivadora derrota em casa com o Marítimo, em vésperas de visita a Alvalade, não podia ser melhor. Em princípio, ser eliminado da Taça da Liga - como será o mais certo - não deveria constituir motivo de preocupação para nós, adeptos, que sempre ouvimos os nossos dirigentes, com Pinto da Costa à cabeça, desvalorizar a competição, até fazer chacota da mesma. Portanto, não deveríamos exigir a Lopetegui aquilo que a SAD não exigiu aos treinadores anteriores, não é verdade?
O problema é que a conjuntura é totalmente diferente: não ganhamos nada há dois anos, a equipa é muito irregular nas exibições e no grau de empenho que coloca em cada partida, as opções do treinador são muito discutíveis e, apesar de irmos em primeiro no campeonato, qualquer contrariedade faz transbordar o copo da paciência dos adeptos. A imprensa vermelhusca faz o seu trabalhinho: aproveita e saca dos títulos tipo "humilhação no Dragão". O que nos resta agora? Ganhar em Alvalade, porque uma derrota fará precipitar tudo.
Da minha parte, encerro aqui mais um ano de publicações. Desejo a todos os leitores do Pobo do Norte um ótimo 2016, cheio de saúde e bom humor. Vêmo-nos por aqui.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Em primeiro e até ao fim, por favor

Tentar evitar o aumento da vantagem pontual do Sporting até ao jogo de Alvalade era o objetivo que eu, enquanto adepto, exigia à equipa do FC Porto. Conseguir anular essa vantagem, mercê de um hipotético empate leonino, não era impossível, mas era pouco provável. Chegar a Alvalade em primeiro lugar da Liga era de todo impensável. Mas aí estamos nós, gozando esta suprema ironia do destino: a equipa porventura mais criticada pelos respetivos adeptos (eu, incluído), o treinador mais gozado pelos adeptos adversários, o clube mais menosprezado por uma certa imprensa lisboeta (mais interessada em propagandear os diamantes do Seixal) - estão em primeiro lugar do campeonato.
O jornal A Bola vai ter dificuldades em encontrar uma manchete para amanhã: se o critério puramente jornalístico manda que se destaque o novo líder do campeonato, ainda para mais, num momento simbólico como é a mudança de ano civil, há razões do coração que, por certo, mandarão dar todo o destaque aos coisinhos, que ganharam ao Rio Ave e encurtaram a desvantagem para o primeiro lugar (seja ele ocupado por quem for). Estou mesmo a ver: "Benfica na luta" ou "A fé das águias" a letras garrafais com uma imagem de Jonas. Num cantinho mínimo, uma imagem de Lopetegui e o título "Porto líder, mas assobios continuam".
Houve, de facto, assobios no Dragão. Mas eles foram minuciosamente orientados para a não entrada de André Silva, o miúdo que o Dragão queria ver jogar. Aqui tenho de estar com o treinador e pensar num jogador como Bueno, que até terá mais razões de queixa do que o próprio André (para todos os efeitos, até agora, é jogador da equipa B), e que tem tido um comportamento irrepreensível nesta época em que já poderia ter sido muito mais vezes opção do que foi. Sabemos que os assobios não eram para ele, mas, caramba, não será a melhor das motivações entrar num jogo e ver que os adeptos queriam que entrasse outro.
Eu quero Lopetegui fora do Dragão em 2016/2017, mas jamais assobiarei alguém do clube no meu próprio estádio. Os adversários já perceberam que é fácil criar instabilidade em nossa casa (ouça-se as declarações do treinador da Académica) e tentam aproveitar isso. Sejamos, por isso, inteligentes e, agora que estamos em primeiro, evitar dar tiros nos pés. A começar pelas bancadas.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Imbula

Passando por cima das declarações do pai de Imbula, (e viva a tradição que vem de longe com pais-empresários que tantas alegrias nos tem trazido...) de que os jornais online fazem eco, interessou-me, no trabalho do France Football, o que disse o treinador-adjunto do Marselha, Franck Passi:
"Giannelli se sent beaucoup mieux lorsqu’il joue seul devant la défense, (...) Il est bien lorsqu’il a le jeu face à lui, il est capable de se projeter, de rompre les lignes, de donner de très bons ballons mais dès qu’il est dos au jeu, c’est moins facile pour lui."
Ou seja, se o meu francês não me trair, é qualquer coisa como isto: a melhor posição para o Imbula - e fala quem o treinou no Marselha - é à frente da defesa, sozinho, naquela posição que agora é moda chamar de "seis", e onde o rapaz pode olhar o jogo de frente e é capaz de arrancar, romper linhas e projetar o jogo de ataque. Se está de costas para o jogo, ou seja, numa posição mais à frente, é mais complicado para ele.
Eu até gostava de o ver nessa posição, e tenho pena que Lopetegui não tenha testado esta hipótese na pré-época, com consistência, mas tenho dúvidas que Imbula:
1. possua a agressividade suficiente para ser um roubador de bolas eficaz.
2. consiga sempre romper desde trás, com a bola controlada, sem sofrer uma perda de bola que possa originar um contra-ataque perigoso.
Já vimos jogadores fazer isto de que fala Franck Passi. Estou a lembrar-me de um Fernando Redondo, por exemplo. Ou de um Lothar Matthaus. Ou, para falar de um francês, de um Patrick Vieira. Mas será o nosso Gianelli homem para corresponder a este nível?

domingo, 13 de dezembro de 2015

A angústia da barreira no momento do livre (do Sporting)

 Bryan Ruíz e Adrien junto à bola. Esgaio e Gelson entre a bola e a barreira. Gelson começa a correr na direção da grande-área, pelo lado direito. Esgaio corre para se colocar entre a barreira e Gelson.

 Gelson prepara-se para entrar na área e olha para trás, à espera do passe. Entretanto, Esgaio bloqueia completamente a barreira, numa espécie de formação à rugby, impedindo que alguém saia no encalço de Gelson.

 As condições para o sucesso estão criadas: Ruiz faz o passe para Gelson, completamentre isolado, enquanto Esgaio faz obstrução a qualquer tentativa de saída da barreira por parte dos defesas do Moreirense.

 Gelson vai receber a bola sozinho. Entretanto, na barreira, a confusão é tanta que um jogador do Moreirense cai.

Gelson mais rematar à baliza a marcar golo. Dois jogadores do Moreirense abrem os braços e olham para o árbitro. Mais uma jogada de laboratório do genial Jorge Jesus. Srs. árbitros, é fácil, é só estarem com atenção.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Eyes Wide Shut - I am losing my religion



Como vi no Facebook, aquela tática 5-3-2 parecia um 5-5-0 e era certamente a ideal para usar um jogo que tínhamos mesmo que vencer. Uma tática de merda, que tinha tudo para dar merda e, claro, que deu merda. O problema é ter consciência portista e querer acreditar sempre nos nossos, querer ser positivo, pensar que existe algo que eu não alcanço na imensamente profunda sabedoria do Lopetegui, acreditar que íamos virar o jogo quando a primeira defesa do Courtois aconteceu aos 77 minutos...

Resumindo: a minha paciência para o basco terminou aqui. Nem que o gajo nos faça vencer o troglodita da chicla por 10 a zero, fazendo o garnizé do Sbordem pedir desculpa ao PdC de joelhos  e acabar o campeonato com 20 pontos de avanço sobre o pessoal da segunda circular - o homem é uma nulidade, já teve  dois planteis bem melhores do que o pobre do ex-treinador do Paços e não consegue passar do nível Fonseca. O homem não vale meio Vítor Pereira.

Em nenhum jogo daqueles que definem uma equipa e um treinador este tipo conseguiu tomar as decisões certas. O ano passado foi à Luz a necessitar de uma vitória e jogou para o empate. Foi a Munique defender um resultado razoável, inventou e encaixou um cabaz. Este ano, com um jogo decisivo em casa, começou por jogar para o empate com o Kiev e depois de estar a perder resolveu fazer daquelas alterações que partem as equipas porque só funcionam no Championship Manager!

Se o Pinto não andasse demasiado atarefado em engolir pastilhas azuis, talvez reparasse que ainda íamos a tempo de despachar o homem e salvar a época. Fazer um resto de campeonato digno e valorizar jogadores que este gajo está a atrofiar. Ou alguém percebe o que o gajo faz com o Imbula? Como é que um jogador com comprovada capacidade de remate, força para romper com bola e técnica para suportar tudo isto e ser o nosso playmaker se transforma numa Herrera escurinho? E como é que o Herrera passa de indispensável na época anterior, para reserva na equipa deste ano e, mais recentemente, para titular?

E porque é que o André Silva marca golos de todas as formas e feitios na equipa B e nem sequer tem uma oportunidade de mostrar que vale mais do que o italo-argentino que contratamos por catálogo? Qual a razão para andarmos a inventar nas laterais, pela segunda época consecutiva, sempre que há castigos ou lesões. Como é que temos 2 laterais esquerdos e jogamos com uma adaptação? Porque é que não existe um backup para o Maxi? Porque é que já se fala na possibilidade do Porto contratar o Tello em definitivo quando já se percebeu que o rapaz não dá mais do que aquilo (e é demasiado caro para suplente)?

Vem aí o Nacional na Choupana e eu já sinto aquela sensação de desgraça à espera de acontecer...

Numa versão mais hardcore, aqui fica o que penso "enhe bídeo":










Champions League: é só emoção

Acabo de saber que André André não joga esta noite em Stamford Bridge e divirto-me com a montanha de teorias especulativas que já rolam na net: André André tem um conflito com Lopetegui; André André já está vendido ao Chelsea; André André vai jogar e tudo não passa de bluff; André André está a ser poupado para o Sporting; ... enfim, haverá mais por aí, mas para fim de tarde bem disposta estas chegam perfeitamente.
Eu prefiro acreditar que o André André está mesmo com "sobrecarga muscular", ele que, no último jogo em casa, contra o Paços, até saiu aos 66 minutos... Também quero muito acreditar que vamos passar aos oitavos-de-final e quero acreditar que o vamos fazer graças a uma gracinha do Maccabi. É que hoje tive um sonho em que os israelitas empatavam em Kiev e nós até perdíamos em Londres. Era bonito, não era?
Por falar em equipas que perdem, mas passam aos oitavos-de-final, ontem na Luz, a equipa dos putos-maravilha foi completamente dominada pelo Atlético de Madrid durante 1 hora e 15 minutos, ou seja, precisamente até ao golo de Mitroglou. No último quarto de hora, de facto, os coisinhos empertigaram-se e estiveram perto do empate numa cabeçada de Jimenez. Foram 15 minutos em que os espanhóis tiveram realmente com que se preocupar. José Nunes, o benfiquista que comenta jogos para a Antena 1, dobrou esse tempo e disse, do alto da sua sabedoria lampiónica, "pelo que o Benfica fez na última meia hora, na minha opinião, merecia o empate." José Nunes é assim: tem sempre o dom de transformar uma derrota do Benfica numa coisa injusta e em que só há a dizer bem: Lisandro Lopez esteve imperial, Pizzi muito bem no meio-campo e Renato Sanches, enfim, já não há palavras para Renato Sanches. Aliás, não faltará muito para que alguém se lembre de lhe chamar "o novo Eusébio", com capa de A Bola a condizer (Uma foto com ambos, lado a lado: "Repare-se! Até chuta ao estilo do Pantera Negra!"). Eu estive a contar o tempo, e na meia-hora seguinte ao final do jogo, tanto José Nunes como o histérico Nuno Matos não comentaram o Benfica-Atlético de Madrid - comentaram o Renato Sanches. Para propaganda pós-Gonçalo Guedes, isto é muito lindo.
No entanto, perderam. Perderam e exibiram-se de forma paupérrima durante 75 minutos, o tempo em que o Atlético de Madrid fez o que quis, deu baile, fez tiki-taka e apenas permitiu um remate que foi à baliza de Oblak. Um: o que deu o golo do grego. Ao intervalo, as estatísticas davam 0 - zero - remates à baliza do esloveno. Mas isto, José Nunes prefere não relevar. Imagine-se que era o FC Porto a fazer uma exibição destas com 15 minutos finais frenéticos e desesperados. Consigo imaginar o comentário: "Apesar de uma ponta final de alguma pressão, mais com o coração do que com a cabeça, o FC Porto não disfarça o mau momento que atravessa e parece que há ali um lenço branco na bancada, sim, aquela senhora constipada parece exigir a saída de Lopetegui... Sim, e assobios, estes seis adeptos que assobiam neste momento marcam decisivamente o ambiente do Dragão! O FC Porto está em crise!".

domingo, 6 de dezembro de 2015

Do desperdício ao credo na boca

Eu não sabia o nome do treinador do Paços de Ferreira até às declarações na flash-interview após o jogo de hoje no Dragão. mas foram tantas as alarvidades que saíram daquela boca que quis saber o nome do senhor. Chama-se Jorge Simão e tem graves problemas na interpretação que o seu cérebro faz do que os olhos estão a ver - o que, convenhamos, é complicado para qualquer ser humano, incluindo quem quer ser treinador. Ou então é mais um anti-portistazeco de segunda categoria, daqueles que já trabalharam para a Associação de Futebol de Lisboa e tudo.
O jogo de futebol. Ora, num dia normal, o Paços de Ferreira sairia do Dragão com meia dúzia no saco. Não querendo tirar o mérito ao Marafona, foi pornográfica a forma como Aboubakar e Herrera falharam uns quatro ou cinco golos cantados. O camaronês, então, esteve simplesmente desastrado e, para mim, é já o case-study da época 2015/2016. Como é que é possível que aquele jogador que iniciou a época de forma fulgurante, com golos e números artísticos, motivando os mais rasgados elogios da nação portista, seja hoje um homem sem confiança, apático, sem reação, a falhar golos que até o Raul Jimenez era capaz de marcar? O que se terá passado nestes meses que tenha motivado este abaixamento de forma? Um possível acomodamento face à ausência de competição interna? Osvaldo também vem decaindo de produção com o tempo e parece fadado a seguir o caminho dos compatriotas Esnaider e Pizzi. Não se percebe, sinceramente, e por este andar, teremos de ir ao mercado em janeiro. Sim, porque aquele puto que lidera os melhores marcadores da II Liga deve ser um risco muito grande para a SAD...
Acabámos o jogo com o Paços a chegar à nossa área, mas sem criar uma única situação de golo digna de registo. Acontece que o exemplo do golo pacence pairava no ar e a todo o momento alguma coisa poderia acontecer. Não precisávamos nem merecíamos - até porque jogámos bem na maior parte do tempo - acabar o jogo a sofrer.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Cumprimos o dever

Com uma atitude agressiva constante durante os 90 minutos, hoje dávamos seis no mínimo. Bruno Paixão também não ajudou com uma das expulsões mais ridículas e injustas de que me lembro. Mas quando Osvaldo foi expulso, já nós estávamos há muito desligados do jogo e à espera que o tempo passasse. O mais engraçado no meio disto tudo é que não considero que a nossa qualidade exibicional tenha melhorado substancialmente em relação ao jogo com o Tondela, mas hoje tivemos a chamada "fortuna-à-coisinhos", com bolas a bater em defesas e a entrar e outras que seriam cruzamentos mas pararam lá dentro. Também merecemos, de vez em quando, ser bafejados pela sorte, mas preferia que isso acontecesse contra equipas mais difíceis. Este União, sinceramente...
Agora o objetivo é manter, no mínimo, estes dois pontos até à visita a Alvalade para, aí sim, mostrar se realmente temos vida para este campeonato.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Rivais ganham com felicidade

O Sporting ganhou com um penalti do Tonel aos 92 minutos. A situação não teria passado de uma prova extrema de burrice, azelhice e outros nomes acabados em "-ice" por parte do ex-jogador do Sporting se ele não tivesse feito um enorme esforço para tocar a bola com a mão. É que não era fácil fazer o que ele tentou fazer, mas ele conseguiu-o. Esticar o braço daquela maneira e conseguir tocar com a ponta da mão na bola foi de grande atleta de voleibol. E o esforço foi tanto que o Tonel caiu lesionado na perna. Fiquei impressionado. Ali houve arte e querer. E quando um homem quer, a obra nasce.
A vitória dos coisinhos hoje em Braga lembrou-me a vitória no Vicente Calderon. Um pouco sem saber ler nem escrever, duas oportunidades, dois remates às três tabelas, dois golos. E o Braga a mandar bolas aos ferros. O que gostaria era que este Braga tivesse jogado assim no Dragão, de igual para igual, e sem meter o autocarro e o atrelado à frente da baliza. Isso é que teria sido interessante.

domingo, 29 de novembro de 2015

Pobreza franciscana

Acho que, com exibições do calibre da de ontem, é uma questão de tempo até dizermos adeus a mais um campeonato, não? A não ser que janeiro traga novidades. Não, não estou a falar de contratações. Estou a falar, por exemplo, da saída deste treinador. Isso é que era uma novidade boa.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Gelo

Olha-se para um jogo como o de hoje e fica-se com a sensação que já nada nos surpreende. Já se encaram estes momentos de delírio do nosso treinador como normais e sabemos que, mais cedo ou mais tarde, as coisas vão correr mal. Provavelmente vamos acabar na Liga Europa. Provavelmente vamos sair sem honra e glória da Liga dos Campeões. No campeonato vamos continuar a ganhar três ou quatro jogos seguidos para depois empatarmos com um Moreirense qualquer num dia não. Porque esta equipa tem demasiados dias não, principalmente quando o treinador resolve inovar. E qual foi a inovação de hoje? Deixar, tão somente, o melhor médio da equipa no banco. André André, que nem jogou no fim de semana, teve direito a banco. Ele que é só o jogador em melhor forma do nosso plantel. A única ressalva nisto é que não percebo nada de futebol e apenas sei se os jogadores jogam bem ou mal. Mas isso é subjetivo. Se calhar, para o nosso treinador, o André tem estado apenas razoável, mauzito até. Se calhar o André André anda na noite ou é um tipo indisciplinado no balneário e que não se aplica nos treinos. Alguém que pergunte ao senhor Lopetegui.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Incontestável

A UEFA divulgou, através da sua conta no Twitter, os dez melhores clubes a disputar a Liga dos Campeões. Atenção: isto não é uma classificação baseada nos últimos 5 anos. Nem nos últimos 10. Nem 20. Isto é uma classificação que vai buscar todo o historial da Taça dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões.
E contra todas as expectativas dos 6 milhões, o FC Porto aparece à frente dos coisinhos. Por pouco, mas aparece. E com a vantagem de tudo ter acontecido na era da TV a cores. Como seria se aqui estivessem contabilizados outros troféus internacionais? Não queremos saber. Por agora, basta isto para os calar.

Lista dos 10 melhores clubes:

1. Real Madrid, 729 pontos (10 troféus).
2. Bayern Munique, 565 pontos (5 troféus).
3. FC Barcelona, 508 pontos (5 troféus).
4. Manchester United, 455 pontos (3 troféus).
5. AC Milan, 404 pontos (7 troféus).
6. Juventus, 387 pontos (2 troféus).
7. F.C. Porto, 325 pontos (2 troféus).
8. Benfica, 313 pontos (2 troféus).
9. Liverpool, 297 pontos (5 troféus).
10. Arsenal, 286 pontos (0 troféus).

domingo, 22 de novembro de 2015

Jesus ensina Vitória a falar

Rui Vitória, na flash-interview, sob pressão e visivelmente nervoso, teve um lapso de discurso que o levou a dizer que tinha havido um penalti contra o seu clube não marcado. A frase foi rápida, mas Vitória corrigiu imediatamente. Percebe-se que o treinador dos coisinhos se dá mal com discursos beligerantes, reações a quente e protestos contra arbitragens. Jorge Jesus aproveitou-se deste lapso na conferência de imprensa para dizer que, "se até o treinador deles o diz, sim, houve um penalti sobre o Sulimane". Ele que é o rei dos pontapés na gramática e que, segundos antes, tinha dito "O Téo, não pu-lo a jogar...". Enfim, tudo na mesma.

sábado, 21 de novembro de 2015

Taça

Por acaso acho que o Ilusão sofre penalti. É nítido que, no momento do cruzamento, e vendo que a bola vai cair na zona do central dos coisinhos, o João Pereira vai contra ele intencionalmente e provoca-lhe a queda. Teria sido, provavelmente, o 2-2, teria havido mais polémica, possivelmente mais porrada, expulsões, quem sabe. Foi pena.
No jogo jogado, a lagartagem mereceu ganhar porque foi superior na maior parte do jogo e já vão em três vitórias consecutivas contra os do outro lado da segunda circular. A moral está em alta, Jesus falta de alto, mas ainda não jogaram contra o FC Porto. Os coisinhos, a jogarem assim, vão ser trucidados nos oitavos de final da Champions. E nem precisam de apanhar um Bayern.
Nós cumprimos a obrigação, com destaque natural para os dois golos de Bueno, jogador de qualidade que já merecia mais oportunidades no campeonato. Também achei boa a prestação do lateral-direito venezuelano, Victor Garcia. Talvez seja boa ideia apostar nele de modo consistente para o plantel da próxima época, como alternativa válida a Maxi Pereira. É nosso, está cá há vários anos, está identificado com o clube e não precisamos de ir gastar dinheiro noutro lateral.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Vindo eu, vindo eu, com um melão de Skenderbeu

O Sporting foi humilhado, hoje, na Albânia, ao ser goleado pelo Skenderbeu por 3-0. Estamos a falar da mesma equipa que tinha levado 5-1 e sobre a qual recaem suspeitas de ter facilitado "um bocadinho" nesse jogo por suposto envolvimento em corrupção de apostas desportivas. Lembro que o ponta-de-lança conseguiu ser expulso com dois amarelos nos primeiros vinte minutos. Hoje, enquanto ouvia o relato pela rádio, os jornalistas da Antena 1 diziam que a equipa albanesa estava a mostrar uma atitude em campo muito diferente da demonstrada em Alvalade. Pois...
Este jogo mostra três coisas: 1. Jesus continua a ser medíocre na Europa. 2. Não é só Rui Patrício que joga mal com os pés. O animador de balneário brasileiro não lhe fica atrás. 3. Os meninos de Jesus e da academia, afinal, não asseguram uma rotatividade eficaz.
"São situações que é futebol", disse Jesus na conferência de imprensa. Estou inteiramente de acordo, inclusive na forma como tentou substituir um jogador que estava no banco (quando estava para entrar Marcelo Boeck, o número do jogador que a placa mostrou para sair foi o 9, de Slimani, que estava no banco). Mas o árbitro estava atento e não permitiu a marosca. É futebol. E situações.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Passear em Telavive

Só tínhamos de ganhar este jogo. Face à diferença abismal entre as duas equipas, qualquer resultado que passasse pela não vitória seria uma tragédia. Fizemos, no geral, um bom jogo e só abanámos um pouco - e mesmo assim nada de especial - quando o Bruno Paixão grego resolveu inventar.
Lopetegui apresentou uma surpresa no onze inicial - Evandro - e a equipa, bem organizada e com atitude, construiu uma vitória tranquila que apenas peca por escassa. Podíamos e devíamos - com um pouco mais de concentração - ter construído um resultado histórico no âmbito da Liga dos Campeões. E só espero que os golos que falhámos hoje não nos venham a fazer falta num hipotético desempate por goal-average que pode muito bem vir a acontecer.
Nos meus destaques pessoais incluo Layun, um jogador que parece ser mesmo um achado à moda antiga do FCP. Raça e qualidade, duas características que este mexicano tão bem combina. O golo é de um predestinado, mas a forma como põe intencionalidade em cada passe, cruzamento ou remate é desconcertante. Muito bem, e choramos por mais.
Tello e André André também cabem nos destaques. O espanhol fez o primeiro jogo decente da época - e já não era sem tempo. E segundo não sabe jogar mal e é já imprescindível naquele meio-campo. Danilo e Maxi também estiveram em plano acima da média.
A nota menos vai para Aboubakar, que hoje parecia o Raul Jimenez dos coisinhos. Para além dele, apenas Casillas, naquela reposição de bola - entretanto corrigida com defesa - destoou um pouco.
Estamos em primeiro lugar com 10 pontos, [modo ironia on] matéria mais do que suficiente para a imprensa lisboeta exultar de alegria. Acham que não? Afinal, se o fazem com quem chega aos 9 pontos, que fará connosco? [modo ironia off]

sábado, 31 de outubro de 2015

Eusébio não descansa em paz

O jornal The Sun considera Peyroteu como o melhor jogador português de todos os tempos. Isto é mais uma ofensa à memória de Eusébio e é nitidamente mais um ataque aos coisinhos. Pedro Guerra promete resposta e já se encontra nos arquivos da Torre do Tombo a compilar documentação que vai apresentar no próximo programa da TVI e que prova que esta votação foi um frete do The Sun ao amigo voz de bagaço.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

12 - 3: saldo francamente positivo

Os coisinhos deixaram hoje um rasto de destruição na Turquia, conseguindo um total de 12 golos marcados e 3 sofridos. Um saldo, portanto, francamente positivo. Acho que A Bola podia pegar nesta ideia para amanhã: o que é uma derrotazita por 2-1 comparada aos 11-1 dos miúdos da Youth League? É juntar tudo, misturar bem e servir amanhã numa manchete plena de glória, capaz de ser a continuação feliz da de hoje, que falava em qualquer coisa como "Sonho infernal", com labaredas a sair das letras para iluminar os "recordes à vista". O recorde eram as três vitórias consecutivas na fase de grupos, algo nunca conseguido. Vai ter ficar para outra oportunidade. Temos pena. Ou não.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Tranquilamente, primeiros.

Foi pena que, a partir dos primeiros 10 minutos e depois de terem reparado que o Maccabi é apenas uma equipa sofrível para os padrões da Champions, os nossos jogadores tenham encarado com alguma sobranceria o resto do jogo. E é pena porque podíamos ter construído um resultado muito mais expressivo que talvez nos viesse a dar jeito lá mais para a frente se as coisas se resolverem pelo goal-average.
Os golos acabaram por aparecer já na parte final da primeira parte, não porque estivéssemos a exercer uma pressão sufocante sofre um adversário fraco, mas porque, de facto, temos melhores jogadores do que eles. Lopetegui agradeceu e, com as saídas de Corona, Imbula e Brahimi (só o primeiro jogou realmente mal hoje) tratou de dar um sinal lá para dentro: vamos gerir, aguentar, dar posse de bola ao adversário e aproveitar a velocidade de Tello. Podiam ter acontecido mais um ou dois golos, mas não gostei muito desta atitude.
Mais uma vez, tivemos Aboubakar, Brahimi e Maxi entre os melhores e um Imbula que foi o elemento mais esclarecido do meio-campo, ligando bem o jogo da equipa.
Estamos em primeiro lugar, ao fim da primeira volta, com duas vitórias e um empate, o que não deixa de ser algo surpreendente, tendo em conta que temos o Chelsea no grupo. Foi pena aquele empate em Kiev. De qualquer modo, estivemos bem nestes primeiros três jogos e temos tudo para seguir em frente.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

terça-feira, 13 de outubro de 2015

É deixá-los a falar sozinhos


Na história dos programas de comentários sobre futebol, todos os comentadores que abandonaram o programa em que participavam fizeram-no por causa do nível baixo, rasteiro e primário dos seus congéneres benfiquistas. Depois de Rui Moreira, de Dias Ferreira, hoje foi a vez de Eduardo Barroso. Haverá adeptos dos coisinhos com quem se possa falar de futebol?

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Distorções

A mesma notícia, dada por jornais diferentes. Os títulos:
Quem se ficar pelo título de A Bola, pensará que Osvaldo quer por-se a andar de Portugal o mais depressa possível. Quem lê a notícia, facilmente verifica que O JOGO foi quem tomou a melhor opção editorial, de acordo com o conteúdo das declarações do italo-argentino. Já não é a primeira vez que A Bola faz isto (nem será a última). É engraçado, não é? Tirem as vossas conclusões.

O melhor e o pior do futebol português

Em pouco mais de 24 horas vimos o que de melhor e pior o futebol português tem para apresentar.
No Dragão, domingo, vimos o melhor. Uma grande exibição de Brahimi contagiou toda a equipa para uma goleada ao Belenenses. O argelino fez dois grandes jogos seguidos, o que é de assinalar, e parece definitivamente arrancar para uma grande época. Do outro lado, o mexicano Corona já é indiscutível, sempre oportuno no segundo poste e imprevisível em frente aos adversários. No meio-campo, um trio que merece estabilizar: Ruben Neves a assumir-se como patrão, Imbula a crescer e André André a mostrar que está quase a chegar à "fase-João-Moutinho": nunca joga mal. Lopetegui não tem que inventar, apenas pôr sempre os melhores e nas posições certas. O resto acontece.
Na TVI24, ontem, vimos o pior. Um espetáculo degradante, protagonizado por Bruno de Carvalho e Pedro Guerra. Um duelo de gente mal formada e mal educada. Confesso que me ri muito com o que vi e ouvi, e lembrei-me daquela malta que ocasionalmente pede a renovação da classe dirigente dos clubes, que é preciso gente nova, capaz de regenerar o futebol, etc... Caramba, se o exemplo é este Bruno de Carvalho, o futebol português está bem entregue! É certo que do outro lado está uma mente doentia que merece que o ponham no devido lugar, mas Bruno de Carvalho impressiona pelo baixo nível, pelo raciocínio básico, pelas constantes fugas para a frente. Nunca pensei ver um presidente de um clube que se diz grande prestar-se àquele circo. Nunca. A única coisa que lamento daquilo tudo que vi ontem é a sugestão de uma possível aproximação entre Sporting e FC Porto. Espero que nunca se concretize, pelo menos enquanto este "verdinho" estiver por lá.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Quem és tu, Jackson?

Jackson parece que desaprendeu. Só ele falhou umas três oportunidades que poderiam ter acabado com os coisinhos na primeira parte. Mas "o futebol é mesmo assim". O Atlético simplesmente deixou de jogar futebol na segunda parte e um contra-ataque de um Gaitán muito acima da mediania daquela equipa fez o resto. Já agora, que se terá passado no balneário para que a equipa de Rui Vitória tenha voltado para a segunda parte com tamanha pujança e a correr que nem loucos até aos 90 minutos? Talvez Rui Gomes da Silva saiba explicar.
Nas bancadas, a tradição vermelhusca continua a mesma. Após o golo do empate, foram lançadas tochas, tendo uma delas inclusivamente atingido uma criança de dois anos. Se a UEFA mantiver o critério, os coisinhos vão ser castigados, e bem.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Jogar assim com o Moreirense é que era!

Não é altura de bater no ceguinho, não, mas apetecia-me dizer qualquer coisa sobre o jogo de Moreira de Cónegos. Adiante.
Hoje o Dragão viveu mais uma grande noite, com uma grande exibição da nossa equipa, principalmente na segunda parte, plena de garra, entrega e sacrifício. Aproveitámos um momento menos bom de um Chelsea que pareceu querer entregar toda a responsabilidade do jogo a Willian e Diego Costa. Sim, Mourinho abdicou de Hazard, mas também nós abdicámos de Herrera... (smiley)
Começámos a ganhar o jogo na baliza, quando Casillas evitou por duas vezes que a bola entrasse. Então aquela segunda defesa na cara de Pedro Rodríguez... Depois, vimos três monstros em campo: Ruben Neves, Brahimi e Aboubakar. Todos os restantes foram grandes, aqui e ali com falhas que uma equipa como o Chelsea necessariamente provoca.
E por hoje está feito. Amanhã, seria um prazer ver Jackson a marcar outra vez!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Sporting Comédia de Portugal

Depois da tremenda azia de sexta-feira à noite, o fim de semana terminou, surpreendentemente, bem disposto. E quem mais do que Bruno de Carvalho, Jaime Marta Soares e toda a nação sportinguista para nos fazer rir?
A forma como tentaram justificar o empate no Bessa é dos episódios mais lamentáveis - e divertidos - dos últimos anos. A unha do "Sulimane" nas costas do defesa do Boavista (JJ, um comediante!), o penalti por suposta mão do defesa boavisteiro, a excessiva dureza do Boavista (não punida pelo árbitro), o anti-jogo do Boavista, o anti-jogo do árbitro (esta está muito boa, Jaime Marta Soares!), a falta de humildade do árbitro (também está engraçada, esta, Bruno de Carvalho!), o circo e o palhaço rico, etc...
Tudo isto para esconder uma evidência: a lagartagem não joga um caracol. E a lavagem cerebral continuou na assembleia geral do clube, na qual Bruno de Carvalho foi igual a si próprio...

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Farto

Estou a modos que um bocado farto de Lopetegui. Eu que fui um seu grande defensor na época passada. Eu que lhe dei tantos descontos pelos desaires na época passada. Eu que lhe dei um voto de confiança para esta época. Acho que chega. Já chega de Lopetegui. Nem estou interessado em saber se hoje fez bem ou mal as substituições, se armou o melhor onze, se fez muitas ou poucas modificações em relação ao jogo anterior. Para mim, é rua. Lopetegui é um "pé frio". Não tem carisma. Atrai o azar. Descontrola-se no banco. Transmite isso aos jogadores. Pode ter muitas qualidades persuasivas nas sms e telefonemas que faz para reforçar o plantel com craques de Espanha, mas de futebol não percebe grande coisa. Depois de ganhar aos coisinhos, a quatro minutos do fim. Depois de ganhar à rasquinha à pior equipa dos bermelhos deste século, equipa que veio cá em busca do empate (e por pouco que o conseguiu), empata com o penúltimo classificado. Empata com a equipa que em cinco jogos tinha feito um ponto. Um plantel destes, um conjunto de jogadores tão valioso. Como é possível? É um treinador fraco, para mim basta, e só espero que André Villas-Boas esteja pronto para reassumir o seu lugar. E pode ser já em janeiro, independentemente de irmos em primeiro ou em terceiro com dez pontos de atraso.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Líderes

Começámos a ganhar este jogo na nossa baliza quando Casillas evitou, por duas vezes, e em dois cantos, que os coisinhos passassem para a frente (de resto, as duas únicas oportunidades do visitante). Ainda não foi desta que aqueles que esperam ansiosamente um frango do guarda-redes espanhol puderam sair à rua a festejar (e há desses entre os portistas por incrível que pareça).
Depois, foi um jogo jogado com intensidade da nossa parte, mas não bem jogado. E, no final de contas, foi essa intensidade que nos levou à vitória. Os coisinhos sempre quiseram baixar o ritmo do jogo, com idas a passo para a marcação dos cantos ou para as substituições. Quilharam-se no fim porque não contavam com a alta rotação de Osvaldo, Brahimi, Varela e André André.
Também não contavam com a lucidez do árbitro naqueles lances mais polémicos. De facto, nem Maxi Pereira nem Maicon acertaram nos adversários, apesar de todo o alarido à volta dos mesmos. Quem acertou mesmo uma cotovelada no André azul foi o André vermelho, que conseguiu, aqui sim, escapar à expulsão.
Ganhámos. E o José Nunes deve ter hoje uma insónia bem complicada, ele que ontem orientava os seus comentários de antevisão do jogo para as consequências de uma eventual derrota de Lopetegui em mais um clássico.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Arrotatividade

Depois de ter almoçado com Carrillo, no que foi, nas palavras de Jesus, um sinal da sintonia entre o treinador e o plantel, o peruano não foi convocado para este primeiro jogo da Liga Europa. O catedrático da chicla decidiu puxar dos seus galões e fez alterações substanciais no onze titular como que a dizer, "comigo qualquer Tobias parece o Beckenbauer, qualquer Gelson Martins parece o Messi e qualquer Mané parece um Overmars". Correu mal, claro, porque o plantel do Sporting é desequilibrado e tem um banco apenas mediano. Em Jesus a rotatividade transforma-se em "arrotatividade". É só ouvir a forma como, à Sporttv, arrotou umas frases mal amanhadas para justificar a não convocação do peruano. Foi tão confuso quanto o jogo do Sporting. Sempre quero ver como é que a comunicação social vai tratar a forma como JJ construiu hoje a equipa.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Excesso de cautela

É uma cena que me causa alguma espécie. Aos 79 minutos, Lopetegui tirou Aboubakar e meteu Osvaldo. Estávamos a cerca de 15 minutos do fim e havia que ganhar o jogo. Não o conseguimos e, salvo aquele lance incrível do Maxi no último segundo, fomos inofensivos. Hoje, os coisinhos, a perder, acabaram o jogo com quantos avançado tinham e só não marcaram por acaso (e azelhice, também). O que eu pretendo relevar aqui é o facto de o nosso treinador não os ter tido no sítio para ir à procura de uma vitória que era necessária. Porque as vitórias no FC Porto são sempre necessárias e é a isso que estamos habituados. Lopetegui, condicionado pelos resultados do ano passado na Madeira, temeu perder o jogo num contra-ataque do Marítimo e optou pela simples troca de ponta-de-lança. Um aviso à navegação: no FC Porto, vamos sempre em busca da vitória.

domingo, 9 de agosto de 2015

Amigos para sempre?

E de repente os benfiquistas acham Jorge Jesus arrogante, nojento, malcriado, sem nível, provocador. Isto não é fantástico? Bem-vindos ao clube, coisinhos. E, já agora, têm o que merecem.
Destaque para Jonas, que deu uma lição a Quaresma. Ai, queres um abracinho, Jorge Jesus? Vai-te foder. Apenas e só.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Osvaldo: ÚLTIMA HORA!

Ontem, não houve qualquer escaramuça no treino e consta que se deu bem com todo o plantel. Incrível.


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

domingo, 2 de agosto de 2015

Fífias

Assim em modo quase telegráfico, sobre o jogo de ontem: foi a melhor exibição da pré-época, com notória evolução na dinâmica geral da equipa. Brahimi surgiu endiabrado, enquanto teve fôlego. André André deu passos importantes para conquistar a titularidade. Aboubakar mostrou que podemos contar com ele. E os laterais estiveram bem no envolvimento atacante, com destaque para dois passes de Maxi Pereira com açúcar que poderiam ter dado golo. Sinal menos para Tello e Maicon, este com uma fífia que já é marca registada. Sim, o Maxi também teve uma fífia, mas, para já, a linha editorial de Pobo do Norte não admite outra coisa que não elogios ao uruguaio.
Hoje surge mais um nome a acrescentar à extensa lista de jogadores apontados ao FC Porto. Vem n'A Bola online e o nome do rapaz é daqueles difíceis de dizer. Mas é só porque é nipónico da Coreia do Sul. Alguém reprovou a geografia e a português na redação do pasquim. Ora façam o favor de clicar na imagem.


sexta-feira, 31 de julho de 2015

Osvaldo

Parece que Osvaldo é o nome do ponta de lança que nos preparamos para contratar. Pelo menos há unanimidade na imprensa desportiva diária. Aos 29 anos, Osvaldo tem aqui uma oportunidade de ouro: depois de uma carreira de saltimbanco, em que nunca se fixou por mais de dois anos num clube (só em Itália foram sete!), pode agora jogar num clube de Liga dos Campeões e com perspetivas de titularidade ou, pelo menos, de lutar por ela com otimismo.
Mas este italo-argentino chega ao maior clube português com alguns rabos-de-palha a manchar a sua carreira. Em 2011 pregou um soco ao colega de equipa Lamela (sim, esse de quem se fala também para o nosso clube) e em 2014 deu uma cabeçada ao português José Fonte, também ele colega de equipa no Southampton. Em 2013 já tinha insultado o treinador, enquanto jogador da Roma, quer em campo quer no Tweeter, depois de aquele apenas lhe ter dado 15 minutos de jogo numa partida contra a Lazio.
Ora bem, parece que temos aqui um perfil de jogador especial, para ser simpático. E lembro-me de um Presidente que tivemos, nos anos 80, acho eu, que dizia que o aspeto futebolístico era apenas uma das vertentes que motivavam a contratação de um jogador por parte do FC Porto. Ou seja, o clube não só procurava bons executantes como também bons exemplos do ponto de vista humano. Não sei se se lembram desse Presidente. Parece que as coisas mudaram e a atual direção parece ter como alvo um jogador desta idade e com este perfil. Eu espero que Osvaldo seja muito feliz connosco e marque muitos golos e, a dar um soco a alguém, que o faça ao Luisão, por exemplo.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Schalke 04 - FC Porto

Sem qualquer oportunidade de golo durante 90 minutos, não perder este jogo acabou por ser um bom resultado.

sábado, 25 de julho de 2015

Pré-época: experimentar e observar

Descontando o facto de que ver o FC Porto perder é sempre uma tragédia, a derrota de ontem não me deixou assim tão apreensivo como à primeira vista seria de esperar.
Levamos apenas duas semanas de trabalho e os índices físicos em alguns jogadores (Tello e José Angel são casos evidentes) ainda estão muito longe do desejável. Ontem, o Borussia esteve fisicamente muito melhor que nós e isso foi visível na primeira parte, quando praticamente só por duas vezes chegámos com perigo à grande área adversária.
Mas a questão não foi apenas física. A fase é de experiências e de observações, o que quer dizer que, muito provavelmente, só vamos apresentar um onze próximo do titular no jogo de apresentação. Não acredito que o meio-campo da primeira parte se repita, com um Evandro, por exemplo, completamente desaparecido, junto a uma das linhas. Lopetegui estará a ver como encaixar alguns daqueles miúdos no onze, tendo em conta que, quando estiver bem, Imbula é titular... e Herrera (ainda) não saiu. Para além disso, ainda há contratações e dispensas a fazer.
É absolutamente inútil estar já a criticar A, B ou C, numa fase destas e devemos resistir à tentação de cair em comentários sentenciosos do género, "este não serve" ou "mais do mesmo". Já li por aí gente a considerar o Bueno um craque no jogo com o Duisburgo, e ontem a compararem-no já ao Adrian Lopez. Calma, nem 8 nem 80.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Defender à direita

No dia em que faz dezoito anos que João Pinto pendurou as botas, surge a notícia que o FC Porto terá feito uma oferta a Bruno Peres, lateral-direito brasileiro do Torino. Houve quem se apressasse a questionar a relevância disto uma vez que há Maxi e há Ricardo Pereira, mas eu gostaria de lembrar que, na realidade, Ricardo é uma adaptação e o uruguaio - ele, também, uma invenção de Jorge Jesus - é o único lateral-direito que temos. E com 31 anos, convém não esquecer. Por isso, não me causa assim tanto espanto esta notícia. Numa perspetiva mais radical, mas nem por isso menos divertida, isto poderia signifcar a dispensa de Maxi Pereira, após um período à experiência nesta pré-época. Havia de ser giro.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Primeiros passos

Sobre o segundo jogo de pré-época, em que todos os jogadores tiveram oportunidade de jogar, não há muitas conclusões a tirar. Apenas o satisfazer da curiosidade em ver como se portam os novos.
Casillas não sofreu golos e assustou um avançado que lhe apareceu à frente. Que tenha sempre este efeito sobre os adversários. Maxi Pereira, que, como todos sabem, é o melhor lateral-direito do mundo, esteve bem e até fez um corte que o árbitro entendeu, erradamente, ser falta.
O meio-campo foi todo novo. Gostei de alguns pormenores de Imbula e de Bueno. Aquele, uma força da natureza, este, um jogador de fino recorte técnico (obrigado, Gabriel Alves), mas, à primeira impressão, algo macio na abordagem dos lances. O francês teve lá uma arrancada que deixou meia equipa alemã para trás e deu a ideia que quando estiver a 100% fisicamente vai dominar o meio-campo de ataque. Mas quem me encheu as medidas foi Danilo Pereira, muito bem nas recuperações e a sair com a bola. Na segunda parte, André André e Sérgio Oliveira mostraram, se alguém ainda tivesse dúvidas, que têm lugar no plantel. Uma nota para os que já estavam: Brahimi partiu aquilo tudo, Tello mostrou-se longe do jogo e Adrian Lopez não é deste filme.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A mãe de Maxi Pereira já falou

Pobo do Norte, através do seu enviado especial ao Uruguay, ouviu a mãe de Maxi Pereira que se referiu assim à transferência para o FC Porto:

"Estou muito feliz. É um grande dia para todos nós, na família, e acredito, também, para todo o Uruguay. Depois de tanto tempo fora do país, tínhamos a esperança de ver o Maxi representar um grande da Europa. Finalmente, graças a Deus, isso aconteceu hoje. Só espero que o clube anterior dele faça um jogo de despedida com o FC Porto para agradecer ao meu filho tudo o que fez por ele. O Maxi merece."

Lembramos que estas são declarações exclusivas a este blogue. Pobo do Norte, sempre na vanguarda da informação.

Sorry Seems To Be The Hardest Word














Como diria o Elton John:
It's sad, so sad
It's a sad, sad situation
And it's getting more and more absurd

segunda-feira, 13 de julho de 2015

A redenção de Varela e um negócio da China

Silvestre era um rapaz dotado mas com tendência para se atrapalhar com a bola. Na equipa de AVB brilhou porque Falcão concluía bem quase todos os cruzamentos, porque Moutinho enchia o campo e porque James fazia uns números de circo que terminavam assiduamente em golos. Mesmo sob a batuta desse génio da tática chamado Paulo Fonseca, Varela passou por virtuoso, já que a alternativa se chamava Licá... Veio o treinador nuestro hermano e o Silvestre foi dar uma volta pela Europa - no WBA jogou pouco e, infelizmente, o Parma faliu - pois bem, o homem está de volta.

Confesso que sempre tive uma inexplicável simpatia pelo Drogba da Caparica, a quem contudo me pareceu sempre faltar nervo e aquele bocadinho de talento que transforma um jogador acima da média num atleta de primeira linha para um clube como o Porto. Mas a verdade é que já deu contributos importantes e que, bem vistas as coisas, o prefiro à crescente inconstância arrogante do Mustang, como suplente, bem entendido. Espero que fique - a renovação do contrato só pode querer dizer que Lopetegui conta com ele. No mínimo, evita que o basco se lembre de colocar o arrastão do Adrian Lopez a jogar na ala...

Entretanto, o Josué vai continuar na Turquia e parece que o Porto despachou definitivamente para o pais dos olhos em bico esse erro de casting chamado Kleber - boa ideia! Este senhor nunca confirmou nada do que prometeu no Marítimo, não evoluiu nadinha nas duas épocas em que esteve emprestado e já temos assalariados que cheguem a jogar por clubes terceiros.

Quem vai ter a oportunidade de "evoluir" (?!) será o lengrinhas mexicano que compramos a peso de ouro. Supostamente, Diego Reyes interessa à Real Sociedad e talvez aí encontre forma de provar que não foi um equívoco dispendioso. Por aqui, em duas épocas miseráveis, jogou pouco e jogou mal, ficando na retina aquela "exibição" frente ao Bayern, embora a culpa de tal desgraça seja de quem achou que um central inexperiente seria útil a defesa direito num jogo com aquelas características.

Mas nem tudo são boas notícias: ainda nenhum clube quis o Adrian Lopez, o Quintero continua gordinho e por cá, ninguém sabe quem sucederá na lateral direita ao Danilo ou o que fazer com tantos guarda redes, o Alex Sandro não renova nem sai, o Gonçalo Paciência vai ser emprestado e eu não acredito que o Aboubakar seja o ponta de lança que o Porto precisa. E a este hipotético meio-campo (Imbula-Herrera-Bueno) parece faltar tanta coisa... Para mim, falta um gajo como o Sérgio Oliveira a "8" ou até um André André. Mas esses são tugas e, que eu saiba, não falam portunhol... azar deles e nosso.

P.S. - A melhor notícia ficou de fora: ainda não está confirmada a vinda do Cantiflas uruguaio para o nosso clube. Pode ser que seja apenas paleio de pré-temporada. Entre ver este gajo no lugar do Danilo e a hipótese de sermos futuramente treinados pelo mister da chicla habitam os meus piores receios como portista.

Não é um best of de carreira: são imagens de 2014/15


domingo, 12 de julho de 2015

Símbolos


A mãe do Casillas acha que ele fez uma má opção em vir para o FCP; alegadamente, entende que o Porto é uma equipa de "segunda B". A imprensa tuga rejubilou: os gajos do Norte arranjaram um GR Campeão do Mundo, 2 vezes Campeão da Europa, 3 vezes vencedor da Champions, campeão de Espanha 5 vezes, etc., etc., mas a mamã dele acha Portugal e o clube mais importante neste país desde o 25 de abril um destino miserável.

Afinal, ninguém disse isso do Júlio César, nem do Peter Schmeichel nem do Michel Preud'homme. Pois não: o Júlio César estava desterrado em Toronto (depois de ter sido dispensado/emprestado por esse colosso chamado Queens Park Rangers), o Schmeichel quis assumidamente "um futebol com um ritmo menos intenso" aos 36 anos (tradução: uma reforma ativa mas calminha ao sol do sul da Europa) e o Preud'homme tinha uma carreira clubística muito ilustre, repartida entre duas gigantescas instituições do pontapé na bola: o Standard de Liège e o KV Mechelen...

E resultados? Ainda não sabemos qual será o contributo do Iker Casillas (que eu calculo será determinante, ainda que contratar um guarda-redes consagrado não fosse, pelo menos para mim, uma prioridade para o Porto 2015/2016), mas sabemos o que "deram" ao Sporting e ao Benfica outros guarda-redes consagrados:

  • o belga que jogou no SLB não ganhou quase nada  - ficou-se por uma Taça de Portugal, o que, convenhamos, é curto para quem atuou em mais de 200 jogos nas 5 épocas que cá esteve;
  • o dinamarquês foi campeão no ano em que chegou ao SCP e terceiro classificado (a 15 pontos do campeão Boavista) no ano seguinte, na época (de boa memória...) em que os coisinhos conseguiram um brilhante sexto lugar;
  • o brasileiro deu um contributo positivo, uma vez que foi um upgrade significativo a um Artur Moraes em quem nunca os vermelhos confiaram efetivamente, apesar de por lá ter passado 4 épocas, quase sempre, como primeira opção.
Curiosamente, ninguém que perceba o mínimo de futebol poderá dizer que o SCP de Schmeichel foi campeão por causa das atuações do ex-guarda-redes do Man United ou que o mais recente título do SLB se fique em grande parte a dever à performance do brasileiro que venceu a Liga dos Campeões com o Inter de Mourinho - negativo! A verdade é que aquele que mais contribuiu para o seu clube português foi Michel Preud'homme, o guarda-redes que vi jogar em Portugal que mais se aproximou do Vítor Baía dos seus tempos áureos. Sem o belga, o SLB teria antecipado e repetido várias vezes o brilharete do sexto lugar de 2000/2001 que, curiosamente, foi alcançado na primeira época pós-Preud'homme...

Nota importante: parece que o Casillas também não acha que os seus pais sejam propriamente da Primeira Liga dos progenitores, até porque está afastado deles desde... 2010! Mais informação no JN, o único jornal que se lembrou de verificar que pais são estes que dizem publicamente o que a mãe disse a propósito de uma escolha profissional e desportiva de um filho, diria eu, pródigo.

UPDATE 1 - ou alguém lhe disse para ter juízo ou a mãe do Casillas percebeu a enormidade do que disse, porque decidiu "pedir desculpa" ao FCP. Mas parece que isto não merece o mesmo destaque para quem alegremente publicou os insultos iniciais.

UPDATE 2 - um imbecil da estrutura do SLB  (um alegado assessor jurídico chamado Paulo Gonçalves), pouco informado sobre a evolução da situação, decidiu ser engraçado e publicou na sua conta do FB a mensagem: "Admiro o Casillas pela sua carreira. Mas a mãe encheu-me as medidas pela sua lucidez...". É estúpido porque não percebeu que a senhora não insultou só o FCP, mas sobretudo o futebol português. É cretino e precipitado porque entretanto a senhora reconsiderou.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Bem-vinda, Sara

O Casillas vem para o FC Porto? Vamos ver porquê. Porque precisamos de um guarda-redes espanhol que comunique bem com o treinador? Não, já lá temos o Andres Fernandez. Porque precisamos de um guarda-redes experiente, com mais de 30 anos, com muitos jogos na Liga dos Campeões? Não, já lá temos um e chama-se Helton. Porque o Porto Canal está a precisar de uma pivô que faça subir as audiências? Bem visto. Olá, Sara Carbonero.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Regresso à Terra

Enquanto o Maxi Pereira não revela onde vai jogar na próxima época, do que é que se fala? Enquanto o Bruno de Carvalho não põe ninguém em tribunal porque em 1984, deixaram sair o Futre por uma ninharia, do que é que se fala? Enquanto Mitrovic, que é benfiquista desde pequenino, não assina, enquanto o Zivkovic, que acompanha os coisinhos no Twitter não assina, e enquanto o pai do Joel Campbell não mostra a bandeira dos coisinhos que tem pendurada por cima da cama de casal, do que é que se fala? Fala-se do equipamento alternativo do FC Porto, pois está claro. E fala-se num só sentido: aquilo é de fugir, capaz de assustar um morto e de pôr as criancinhas a chorar. Mas querem saber de uma coisa?

Eu gosto.


Oh, que carago, menos cinquenta visitas diárias ao Pobo do Norte. Não devia ter escrito isto. Mas, olha, saiu-me. E mesmo que não gostasse, acham realmente produtivo andar-se a gastar tanta tinta sobre um equipamento alternativo, que, por ser alternativo, tem de ser forçosamente diferente? E, sendo diferente, tem de justificar um investimento? Desde que nunca seja bermelho, é-me indiferente a cor da porra do equipamento. Quero é a bolinha dentro da baliza adversária. Quero é ver o Júlio César a chorar. Quero é ver o JJ outra vez ajoelhado.
Por acaso, volto a dizer, gosto deste castanho com o pormenor azul. E acho que vai criar um efeito engraçado com o verde do relvado, convocando uma espécie de sentimento telúrico, um regresso à terra (e à Terra) capaz de ir às profundezas resgatar a mística portista (carago, afinal o equipamento tem poesia). Eu gosto e estas coisas do gosto pessoal, já se sabe, não se discutem.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Lateral direita a ferver

Há uns tempos lemos algures que o Cedric podia vir para o FC Porto. Todos nós, portistas, trememos de susto, mas quando lemos outra notícia que dava conta que podia ser o Barcelona o destino do lateral-direito formado no Sporting, vimos logo que havia alguém a querer fazer humor com o futebol. Hoje, surge a notícia que [modo ironia on] o Southampton ganhou a corrida ao Barça [modo ironia off] e contratou do jogador.
Hoje a bomba é que Maxi Pereira poderá estar muito perto do FC Porto, com um alegado contrato de quatro anos e dois milhões/ano de salário. Que vem, afinal, a ser isto? Contratam-se agora jogadores de 31 anos ao rival? Invertemos agora os papéis e somos nós quem oferece reformas douradas aos jogadores rivais? Estamos a falar de um jogador que há uns dias disse isto sobre nós e agora vamos buscá-lo?

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Jesus na cova do leão

As notícias que dão Jorge Jesus no Sporting não deixam de ser surpreendentes. O Expresso refere mesmo que JJ vai ganhar menos do que ganhava nos coisinhos. Ora, a meu ver, um homem com o ego do tamanho de um Titanic (eu disse Titanic?) só se mete numa aventura destas se houver por trás um prometido e enorme investimento na aquisição de jogadores. Ou vamos todos "acarditar" que Jesus vai promover o milagre da multiplicação de Nanis e Williams? Não creio.
Não deixa de ser curioso que o único dos três grandes que nada ganhou é aquele que vai manter o treinador (bem, tudo aponta para que sim).

Lamentável

Eu não sei o que é pior. Se o Quaresma na capa da revista da Cristina, se o Simão Sabrosa com este penteado e esta pose na capa de A Bola.


sábado, 23 de maio de 2015

Bloqueados

A notícia não deveria ser o silêncio. A notícia deveria ser a imposição do silêncio. A notícia não deveria ser o blackout das claques, que têm o direito de o fazer, mas deveria ser a tentativa de calar, recorrendo aqui e ali à ameaça, aqueles que, espontaneamente, decidiram cantar "allez, porto allez, nós somos a tua voz". Isso é que devia ser notícia.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

São papoilas assaltantes

A PSP achou que aquele tipo de modelo de festa podia não correr bem. A PSP talvez perceba destas coisas de ajuntamentos de milhares de pessoas na rua, digo eu, mas aos coisinhos ninguém manda dizer como se deve fazer. Eles querem, eles fazem. O resto que se lixe. A polícia que se entretenha a apanhar os cacos. E a levar com eles. Foi o que aconteceu.
Como se não bastasse ignorarem as orientações das forças policiais, ainda quiseram fazer deles os bombos da festa, projetando em ecrã gigante a agressão do adepto em Guimarães às mãos de um polícia tresloucado. Olha que ideia brilhante! 'Bora lá transformar esta praça numa batalha campal e tornar verdadeiramente memoráveis estes festejos.
Já que se fala em momentos edificantes, podiam ter transmitido também os adeptos que foram às compras após o jogo de Guimarães mas não encontraram a caixa registadora para pagar. Em tempos de crise, era serviço público.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Herrera

Eu juro que fiz um esforço para gostar do Herrera. Quando ele chegou, em 2013/2014, dei-lhe o benefício da dúvida: primeiro ano num grande clube europeu, adaptação difícil a um futebol rápido e inserção numa equipa muito limitada que tinha Josués e Licás a titulares, alternativas como Defour ou Carlos Eduardo, e viu sair, ainda decorria o campeonato, o seu líder, Lucho González. Pensava eu, na altura, e por certo muitos portistas também, que este mexicano ao qual se reconheciam, e reconhecem, atributos técnicos acima da média, se fosse inserido numa equipa de classe superior, poderia revelar-se o jogador capaz de valer os 8 milhões que demos por 80% do passe.
Depois veio o Mundial e ficámos com água na boca. A seleção mexicana teve uma boa prestação e o nosso médio foi um dos protagonistas. Todos pensámos que a segunda época - acontece com tantos jogadores - é que ia revelar o grande talento mexicano. Reconheço que Herrera evoluiu da primeira para a segunda época, fez jogos bons, teve momentos de classe, mas nunca teve aquela constância que caracteriza os eleitos. Fez um campeonato razoável, o que, no FC Porto, não chega. E se da primeira para a segunda época depositei esperança na sua evolução, neste momento acho que não vai dar mais do que aquilo. E aquilo que dá é manifestamente pouco. Herrera nunca será aquele jogador de que um dia nos vamos lembrar com saudade. Nunca será um Alenitchev ou um Emerson, por exemplo. Teve a sua hipótese no jogo do Dragão contra o clube do manto protetor, mas falhou completamente o remate numa zona privilegiada para fazer o golo (e, quem sabe, mudar a história deste campeonato). Não me lembro, em todo o ano, de um rasgo genial, de um momento em que tivesse feito a diferença. Talvez dê um ótimo suplente na próxima época, ele que tem contrato até 2017. Quem sabe?

domingo, 17 de maio de 2015

Não merecemos nada

Depois de passar a semana a dizer que a equipa sabia o que tinha de fazer em Belém, que os jogadores estavam focados em continuar na luta pelo título, o que é que acontece hoje? Talvez e só a pior exibição da época. Ou, pelo menos, uma das que figuram certamente no grupo das piores. Alguém enganou Lopetegui. Ou ele é que nos enganou, a todos nós, adeptos. Porque não se admite aquela postura em campo, não se compreende tanta apatia e azelhice ao mesmo tempo. Se o clube do manto protetor ainda estivesse a ganhar 3, 4 a zero, com as coisas já decididas em termos de título, talvez fosse compreensível algum desânimo à medida que o jogo fosse avançando. Mas, pelos vistos, nem o facto de haver 0-0 em Guimarães os fez comer a relva. Acabámos por lhes entregar o campeonato numa bandeja de prata quando tínhamos tudo para os fazer sofrer até à última.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Coisas que se entranham

Eu e um amigo meu temos por hábito referirmo-nos ao clube do manto protetor como "os cães". É já um epíteto com muitos anos e, atenção, nada tem de menosprezo por essa maravilhosa espécie animal. Aliás todos temos a nossa maneira especial de nos referirmos aos nossos rivais futebolísticos. Falando especificamente dos coisinhos - cá está, aqui no Pobo adotámos esta singela designação - falando neles, dizia eu, há quem se refira a eles como "benfas", "bermelhos" ou, voltando ao mundo animal, as "galinhas", entre outros. Nas conversas com o meu amigo, isto já sai naturalmente. "Viste o golo em fora-de-jogo dos cães?" ou "Os cães mais uma vez foram levados ao colo" ou "Sabias que a boazona da Nuria Madruga é adepta dos cães?" são frases que povoam as nossas conversas. Todo este paleio para chegar ao jornalista da TVI, o Pedro Pinto, que teve, mais uma vez, aquele "deslize". O que é compreensível. Se eu ou o meu amigo fôssemos apresentadores televisivos, seria natural deixarmos escapar em direto e ao vivo o tal epíteto com que carinhosamente os tratamos. São coisas que se entranham com o uso.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Um comentário

Já o fizemos no passado. Colocar em publicação um dos muitos comentários - excelentes, como é normal - de um dos nossos leitores. Este que vamos publicar hoje está no post anterior a este. Uma reflexão a todos os títulos pertinente que todos os portistas devem fazer. O nosso agradecimento ao MT.

"Infelizmente, problemas familiares graves subalternizaram a bola, e não vi nem o infame 6-1 com o Bayer nem o incipiente 0 - 0 com o SLB que está bom de ver arruinou qualquer hipótese de ganhar o campeonato. Está também bom de ver que este artigo é mero wishfull thinking. Não vamos ganhar a ponta de um corno, o que apenas se compara no reinado do Pinto da Costa a uma longínqua época dos anos 70 com o Pedroto a treinador. Estive sempre muito descrente com esta equipa, tendo os jogos com o SCP e o Bayern no Dragão criado uma ilusão de mudança. O banho de realidade com os alemães e os relatos dos abraços na luz quando terminou o jogo voltaram a cimentar em definitivo a minha opinião. Este Porto é uma "mierda" Aprendi a amar este clube, ainda criança nos idos anos 80. O Gomes foi o meu primeiro e talvez único ídolo que o "pecado" da adulação não é coisa que me assista . João Pinto, Jaime Magalhães, André, Madjer, Aloísio, Baía, Domingos, Jorge Costa, Deco, criaram a tal mística que todos recordamos com saudade e que desejamos ingenuamente que volte. Não vai voltar. O mundo mudou. A lei Bosman e entrada em força das corporações financeiras e dos milionários transformaram o futebol num mero negócio submetido aos ditames da UEFA e da FIFA. A Liga dos Campeões ("campeões" onde cabem quartos classificados da Espanha e da Inglaterra....)está feita à medida das grandes Ligas Europeias e apenas algumas equipas com orçamentos colossais de 3, 4 países a vão ganhar doravante. A Taça da Liga é uma competição de equipas de refugo. O Real Madrid não trocaria a Taça do Rei pela Liga Europa.... Neste contexto, o Porto optou por ser um clube que promove jogadores aspirantes a serem vendidos aos tais colossos gerando mais valias financeiras imediatas. O contexto do futebol actual não permite que os planteis durem pelo menos alguns anos. As equipas de Moutinho e Villas Boas foram rapidamente desmontadas. Mesmo jogadores portugueses com qualidade formados no clube não resistem aos apelos dos empresários e ao dinheiro que é aquilo que verdadeiramente interessa numa carreira efémera em que o romantismo finou. O glorioso Benfica fez-se num tempo em que o prémios de jogo eram camisas e garrafas de brandy. Muitos iam para o futebol para terem acesso a uma carreira no sector fabril ou industrial. Os jogadores, mesmo das grandes equipas eram operários. Não eram milionários. Nos anos 70 as coisas começaram a mudar, a profissionalização surgiu em definitivo, mas os clubes de futebol ainda tinham uma identidade nacional e regional muito vincadas. Hoje, com a excepção do Atlético de Bilbau quantos clubes de média/grande dimensão têm maioritariamente jogadores das regiões a que pertencem, ou mesmo do país? Este fenómeno é irreversível e afectou todos os clubes. O FCP soube-se adaptar e conseguiu manter o sucesso desportivo. O Benfica deixou de dar tiros nos pés a imitando a nossa fórmula (investimentos avultados em jogadores de qualidade com a ajuda de fundos de jogadores. Estabilidade directiva e técnica) prepara-se para contrariar em definitivo a nossa hegemonia. Some-se a isso o enfraquecimento do nosso presidente que permitiu que tomassem de assalto os bastidores do futebol e com um apito avermelhado bem grande e ruidoso vão tecendo a sua "influência" sem escutas importunas e chatices com o Ministério Público. Mas se quisermos que as coisas mudem não podemos cair no erro de arranjar culpados para as nossas próprias falhas. Ficarei desgostoso se ouvir falar em arbitragens e "azares" no fim da época. Na minha opinião: 
1 - Mudar a direcção. O Pinto da Costa merece todas as homenagens e nunca se esqueça que o Porto tornou-se o maior clube português depois do 25 de Abril pela devido ao seu trabalho. Mas tudo tem um fim. Está limitado pelos problemas de saúde e quer queiramos quer não pelo processo do Apito Direccionado. Poderia ser criada uma alteração nos estatutos que o colocasse como presidente emérito, como o Real Madrid fez com o Di Stefano. Precisamos de alguém que seja duro e que nos defenda quando não nos respeitam. Precisamos do Pinto da Costa da penhora da retrete das Antas. Mas esse, já não volta.
2 - Os prémios devem ser apenas dados quando há de facto sucesso desportivo. É uma vergonha que se dêem milhares a dirigentes com segundos lugares e apuramentos para fases eliminatórias da Champions. Prémios só com título de campeão Nacional, meias finais da Champions ou Final da Liga Europa. Nem a Taça de Portugal deve dar prémio. Os Caldeiras e Fernandos Gomes da vida andam relaxadinhos porque sabem que chorudo guito vai pingar na conta. Nós, adeptos ou sócios, apenas ficamos com a frustração.
3 - Controlar de novo os activos. Estou completamente farto de ver jogadores em fases cruciais da época dizerem aos jornais que querem sair ou que não estão felizes com isto ou aquilo. Isto não acontecia antigamente. Elucidar implacavelmente os jogadores e os empresários que esse tipo de procedimento é inaceitável. Se violado, equipa B ou no limite expulsão, nem que seja o jogador mais valioso do plantel. Informar também os jogadores que não se trocam abraços e mimos com gente que constantemente nos ataca, odeia e despreza. Ninguém quer violência mas por favor poupem-nos a climas de lua de mel.
4 - Premiar o sucesso quando ele surge. Muita da massa adepta do Porto tornou-se passiva e dolente. O Jesualdo ganhou 3 campeonatos, saiu pela porta pequena sem um agradecimento. O Vítor Pereira com equipas inferiores às do Jesus ganhou dois campeonatos com uma única derrota. Era gozado. Vi adeptos a dizerem que se o Vítor Pereira conseguia ser campeão até um burro podia ser treinador do Porto. Nos últimos dois anos ganhamos uma Super-Taça. Que dizer agora?
5 - Manter o treinador. Será trágico se fizermos do Lopetegui o bode expiatório."

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Uma derrota por 0-0

Ninguém ficou ficou satisfeito. Nós porque não ganhámos e não nos impusemos de forma categórica como se exige a uma equipa que quer ser campeã. Eles porque, no fundo, no fundo, têm a consciência que não jogaram um caracol e deram uma imagem muito fraquinha de um campeão anunciado. O primeiro remate à baliza de Helton aos 5 minutos da segunda parte? Em todos o caso, se há sentimento de derrota, esse pertence-nos.
As equipas anularam-se durante a primeira meia hora. Ninguém conseguia três passes seguidos. Na verdade, eles estavam na expectativa do erro nosso (exatamente como no Dragão, lembram-se?). Nós tentávamos construir, mas as sucessivas "faltinhas a meio-campo" de que este Benfica é pródigo esta época encarregavam-se de destruir qualquer intenção nossa de chegar à área contrária. Só nos último quarto de hora da primeira parte é que começámos a mandar no jogo e foi aí que conseguimos a grande oportunidade pelo Jackson.
Este seria um jogo fantástico para Tello. Porque o jogo estava a pedir velocidade e lançamentos para as costas da defesa vermelha. Não havia Tello, não havia velocidade. Oliver fazia o que podia encostado à linha e Brahimi fazia o que podia e o que não devia encostado a dois e, às vezes, três defesas contrários. Na única vez que o argelino não tentou fintar meio mundo e preferiu dar para trás, Danilo cruzou e nós tivemos tal oportunidade.
Na segunda parte, foi precisamente quando nós começámos a arriscar mais com a entrada de extremos puros que os coisinhos aproveitaram, em contra golpe ou em faltas que foram ganhando (a  maior parte delas com grande talento para o teatro dos seus jogadores), para chegarem, então sim, com perigo à baliza de Helton.
Notou-se que a nossa equipa foi ficando cada vez mais impaciente e nervosa, facto ao qual o crescente nervosismo do próprio Lopetegui também não ajudou (já agora, a propósito do final, independentemente do que Jesus lhe terá dito durante o jogo, o nosso mister tem de dar a resposta na conferência de imprensa, e com nível que já foi capaz de demonstrar esta época).
Em termos de arbitragem, palmas para a coragem de amarelar uma das muitas simulações de um jogador dos coisinhos. Outras ficaram por assinalar, mas não se pode ver tudo e eles estão muito bem treinados para a função. Se se mostra amarelo ao Jackson naquele lance (houve ímpeto, mas não houve rasteira, nem pontapé, nem qualquer movimento com os braços), também se deve mostrar a Fejsa no outro sobre Quaresma (seria a expulsão do sérvio). Já agora, o lance entre Luisão e Jackson é penalti claro. O colombiano nunca chegaria à bola, mas é nítido que Luisão se assusta com a antecipação de Jackson e tem a reação instintiva de lhe pôr os braços em cima. Falta em qualquer sítio do campo. Na grande área equivale a penalti.
No final disto tudo, deixem-nos sonhar. E deixem-nos acreditar que o verde Minho vai ser azul e branco. Com derrotas em Braga, em Vila do Conde e em Paços de Ferreira, só faltam Barcelos e Guimarães. Está escrito, caros amigos: os coisinhos vão perder o campeonato no Minho. Oremos.

domingo, 26 de abril de 2015

Vencer ou morrer

Até não haver mais relva naquele galinheiro. Até à última gota de suor. Até à última gota de sangue.


quarta-feira, 22 de abril de 2015

O dia seguinte

Hoje estive para esbardalhar o focinho a um colega de trabalho, benfiquista, que teve a lata de me cumprimentar com um "bom dia, tudo bem?" enquanto sorria ligeiramente. Ele cumprimenta-me todos os dias desta maneira, mas hoje vir com um "tudo bem?" foi uma espécie de ironia inconsciente que lhe podia ter custado caro, e que só não custou porque ir agora para o fundo de desemprego não dava jeito nenhum. Apenas respondi, "tá tudo...", com a esperança de lhe devolver a pergunta na segunda-feira e com um sorriso de orelha a orelha.
De resto, passei o dia meio aziado, como é de calcular, mas cada vez mais convicto que fomos superiores ao Bayern no conjunto das duas mãos. Senão vejamos: foram quatro partes de 45 minutos, das quais ganhámos duas, empatámos uma e perdemos outra. Eu acho que até merecíamos passar. No mínimo, um jogo de desempate (eles sempre tiveram a a sorte de marcar 5 numa das partes...), um tira-teimas. A UEFA devia pensar nisto.

terça-feira, 21 de abril de 2015

5 minutos à Jackson no pesadelo de Munique

Não foi pelo Reyes que saímos hoje da Champions, goleados em Munique. Foi por toda uma diferença abismal que existe entre as duas equipas e os dois planteis, uma diferença que nós, e é preciso recordá-lo, soubemos anular brilhantemente no jogo da primeira mão. Não o esqueçamos. Mas ela está lá, a diferença. De ritmo, de andamento, de pressão, de condição física. Obviamente que ter dois centrais a jogar nas laterais não faz muito pelo nosso jogo de pressing constante - aquele que conseguimos fazer no Dragão. E ter um central lento como é Reyes encostado à linha não ajuda nada. Não querendo alinhar pelo comentário fácil a posteriori, sinceramente, não estava à espera de ver o mexicano em jogo hoje, quanto mais a titular. É certo que não eram muitas as alternativas, mas a presença de dois centrais ali, corta automaticamente qualquer veleidade de a equipa se estender para o ataque com rapidez. E, ficando encolhida lá atrás, sem poder sair em tabelas com os laterais, torna-se presa fácil para um tubarão de dentes afiados como foi este Bayern.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Quem faz de Danilo?

Ricardo-Maicon-Marcano-Indi.
Será este o quarteto defensivo amanhã em Munique? Ou haverá uma surpresa no lado direito?


domingo, 19 de abril de 2015

der Ball


Calma, jornal der Ball! Não precisam de ser tão ostensivos!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Hegemonias

O guru oleoso do comentário desportivo, que dá pelo nome de Rui Santos, apresentou uma tabela através da qual nos dá conta de que o FC Porto está a perder poder. A sapiência atribuiu pontos às várias competições e depois foi só pegar na máquina de calcular. A constatação imediata é a de que os coisinhos estão em primeiro lugar deste ranking, o que leva, desde logo, à mais importante das conclusões: o FCP perde poder. Qualquer um de nós pode fazer o seu próprio ranking, atribuindo os pontos que quiser às competições que quiser. Até podemos fazer as contas necessárias para que o clube do nosso coração fique em primeiro lugar.
Mas eu deixaria aqui apenas uma observação para as duas últimas competições da lista, a Taça da Liga e a Supertaça. Rui Santos atribui a uma taça recente, sem carisma, na qual os clubes aproveitam não poucas vezes para rodar jogadores menos utilizados um peso superior a um troféu que se disputa há mais de trinta anos, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol, o órgão máximo do pontapé na bola cá do sítio, e que junta o campeão e o vencedor da Taça de Portugal. Um troféu que faz parte da identidade do nosso futebol, mas que tem, para infelicidade de uns tantos milhões, um problema: o FCP ganhou 20 vezes este troféu. Que chatice. Ora, basta fazermos o exercício de invertermos as pontuações destas duas competições - Taça da Liga e Supertaça - para vermos o que acontece à chamada "perda de poder" do FC Porto. Experimentem.

(Um agradecimento ao nosso leitor Sardonicus, que publicou esta imagem no facebook do Pobo)


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Uma má notícia e uma boa notícia

A má: não vamos ter laterais para Munique.
A boa: Danilo e Alex Sandro irão estar nas meias finais.

domingo, 12 de abril de 2015

Vila do Conde: a resposta competente

Em Vila do Conde, uma grande primeira parte, em que não deixámos o Rio Ave respirar, quase garantia um segundo tempo tranquilo. Digo quase, porque os vilacondenses reduziram (já agora, Danilo e Maicon muito macios na abordagem ao lance) e seis milhões suspiraram que nos acontecesse o mesmo que a eles. Felizmente, houve aquele passe mal feito em zona proibida, Aboubakar foi competente a fazer o que se exigia e Hernâni finalizou com classe. Numa altura em que a questão do goal-average pode ser importante para a definição do título, podíamos e devíamos ter ido atrás de mais golos, mas os criativos já tinham saído (Brahimi e Quaresma) e Lopetegui pareceu dar sinal claro de que era altura de pausar o jogo e, acima de tudo, não meter o pé, não fosse ficarmos privados de mais jogadores por lesão.
Uma última palavra para aquele fora de jogo escandaloso que foi tirado no golo do Brahimi. É que nem se pode dizer que o árbitro auxiliar estivesse mal colocado. Nem se pode dizer que a jogada tenha sido muito rápida. Nem se pode dizer que estivesse em linha ou perto disso. Que se pode dizer, afinal?

terça-feira, 7 de abril de 2015

Quaresma de luxo

Dá a impressão que Quaresma veio aqui ler o post anterior e decidiu responder com uma exibição fantástica a todos os níveis. Duas assistências  e dois golos. Precisamos muito deste Quaresma, agora que parece confirmada a ausência de Tello nos dois jogos da Champions e no galinheiro. Precisamos de um jogador sem medo, que olhe o adversário de frente e ponha a bola com açúcar na zona de finalização. Um jogador que pressione os defesas aos 77 minutos como no lance que deu origem ao quinto golo (ainda que me pareça, efetivamente, que há falta). Precisamos de um líder e, neste momento, Quaresma parece ser um dos que é capaz de dar um abanão no jogo e levar a equipa atrás.
Queria deixar aqui uma nota negativa para os assobiadores que, a meio da primeira parte, mostraram que ainda estavam com o chip da Madeira. Podiam ter aproveitado o intervalo, que não chovia, e ido para casa. O estádio, já de si longe de encher - perto dos 30 mil -, não precisa de ecoar assobios dos próprios adeptos.

domingo, 5 de abril de 2015

Tello lesionado

Partindo do princípio de que os extremos titulares são Brahimi e Tello, a lesão deste último abre as portas da titularidade para o jogo com o Estoril a Quaresma... ou a Hernâni, que deu muito boa conta de si no jogo contra os coisinhos da Madeira. Aliás, dizem as "más línguas" que Lopetegui não os teve no sítio quando preferiu tirar Hernâni em vez de Quaresma, quando o rendimento deste era manifestamente inferior. Por uma questão de equilíbrio dos humores de balneário, será natural a entrada de Quaresma no onze, mas o cigano vai ter de fazer muito mais do que o que lhe vimos fazer na quinta-feira.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Não se lhes pode dar a independência?


Faziam o campeonato, a taça e a liga deles e toda a gente ficava contente.

Uns metidos no jogo, outros longe dele

Perder uma vez com o Marítimo e dizer que foram lá uma vez e marcaram ainda se aceita. Agora, perder duas vezes já é burrice, no mínimo. E desleixo. Ninguém me tira da cabeça que esta equipa, este plantel, este treinador já estão completamente com a cabeça na Champions. Enquanto isso, vamos perdendo oportunidades. No campeonato e, agora, na Taça da Liga. Por isso, das duas uma, ou estes jogadores fazem o jogo das suas vidas contra o Bayern (com a devida compensação no resultado) ou levamos que contar.
Lopetegui tem tido um discurso acertado em relação às arbitragens, por muito que isso faça espécie aos José Nunes e aos Carlos Danieis deste país, mas hoje não tem razão em falar do penalti. A questão aqui é só uma: pagámos o preço da adaptação de um extremo a defesa. Ricardo não pode abordar aquele lance daquela maneira, até porque Maicon estava lá para fazer o corte. Ricardo tem estado bem naquela posição, mas é nestes pormenores que se nota quem tem rotinas defensivas e quem não as tem.
Voltamos ao início. Lopetegui diz que o penalti "os meteu no jogo". É caso para perguntar por que saímos nós do jogo depois da reviravolta. A mim não me impressionam os minutos de posse de bola e as combinações no meio campo se a equipa não é capaz de chegar à área com instinto letal. É que, convenhamos, uma oportunidade de golo em 45 minutos, para uma equipa que se orgulha de estar "entre as oito melhores da Europa" é muito pouco. Foi uma segunda parte mais de confusão do que razão. Pouca ou nenhuma estratégia. Apenas o amontoar de jogadores lá na frente (acabámos com Gonçalo, Aboubakar e Maicon na área).
Sim, Julen, estamos nas "duas competições mais importantes". Ganhar uma delas, pelo menos, fazia-me esquecer esta eliminação.

domingo, 29 de março de 2015

Falta o Moutinho

A capa de A Bola de hoje, cuja manchete é "Luz para campeões", está incompleta. Falta o João Moutinho. Também ele é português, vai jogar hoje pela seleção, e foi campeão na Luz em 2011 (às escuras e debaixo de água). Como é que foi possível esquecerem-se disto, senhores?

domingo, 22 de março de 2015

Foi do Bayern?

O que se passou hoje na Madeira foi uma espécie de soco no estômago. Já levamos anos e décadas a ver futebol e nunca estamos preparados para isto. A nossa equipa em crescendo exibicional nos últimos jogos, com grandes golos, com solidez defensiva. E a afirmar-se em termos europeus. O líder do campeonato perde, e a hipótese de ficarmos a um ponto está já ali ao virar da esquina. E não vamos além de um empate. Terrível desilusão num jogo contra uma equipa que nem pôde contar com três dos seus mais importantes jogadores. Nós, que não pudemos contar com Jackson (e que diferença faz para um Aboubakar esforçado, mas a léguas da qualidade do colombiano), devíamos e podíamos ter feito mais. Muito mais.
O discurso de Lopetegui para o exterior tem de ser aquele mesmo. Destacar a redução da diferença pontual e destacar o facto de, pela primeira vez, dependermos de nós próprios para sermos campeões. Reforçar a ideia de que ainda falta muito campeonato para jogar. O discurso para o interior, porém, tem de ser bem diferente. Pela forma apática como entrámos na segunda parte. Pelo domínio que consentimos ao adversário. Pelos erros de marcação no golo do Nacional e noutras jogadas que poderiam ter sido fatais (é inevitável pensar na incompetência defensiva de Alex Sandro em lances ao segundo poste). Se os coisinhos provaram do veneno de que têm vindo a beneficiar jogos a fio, mostrando, mais uma vez, que não têm qualidade para justificarem uma tão grande diferença de pontos, nós, com este empate, também não transmitimos uma ideia de força, também nos recusámos a marcar uma posição de afirmação. Ao invés, a mensagem que fica é a de falta de fiabilidade. Aquela imagem que em outubro e novembro foi atribuída à tal rotatividade.
Razões para esta entrada apática na segunda parte? Se tivéssemos um treinador português, seria fácil criticar a habitual "gestão do resultado" de que somos pródigos assim que nos encontramos a ganhar. Mas temos um treinador espanhol, ambicioso, habituado a motivar malta jovem com sede de afirmação. O que falhou, então? As bolas nos postes? O penalti sobre o Quaresma? Ou o pensamento já no Bayern de Munique, misturado com a presunção de uma vitória mais ou menos garantida?

sábado, 14 de março de 2015

Braguinha

Um amigo diz-me que eles vão perder pontos quando menos se esperar. Espero que sim. Hoje o domínio foi tal sobre o Braga que nem mesmo a costumeira expulsão pode ser argumento (já agora, uma falta estúpida porque o Salvio nunca chegaria à bola). Muito pressionado pelos coisinhos, o Braga não ligou uma jogada, não teve uma oportunidade. Nada, zero. No fundo, um filme já visto no jogo contra o FC Porto. Só que, de acordo com a teoria vermelhusca, no jogo contra nós, o Braga não fez porque não quis. Hoje, na Luz, não fez porque não pôde, certamente.
Palmas para o árbitro, que teve a coragem de - finalmente - assinalar falta num dos famosos bloqueios do Luisão na área adversária, e amarelar o Gaitán, que mergulhou na área como se não houvesse amanhã.