sábado, 22 de maio de 2010

Foi há sete anos

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Fazer as coisas por outro lado

Hoje, soube-se que Hermínio Loureiro se reuniu com a PJ devido a ameaças a árbitros por parte de um grupo de adeptos de "um clube de Lisboa" (é enternecedor este pudor quando se fala do Benfica). Parece agora ter vindo a público que esses adeptos provêm de sítios tão díspares como Paredes, Rio Tinto, Tondela, Nordeste, Lisboa e Ponta Delgada, o que só vem confirmar que o Benfica é mesmo um clube que abrange todo o território. É a chamada "coacção total".

Esta situação lembra-me aquelas escutas em que Luis Filipe Vieira foi apanhado, - quer dizer, foi escutado, apanhado, não - a dizer que não se preocupava com os árbitros porque estava "a fazer as coisas por outro lado". Ora aqui está um método certamente eficaz - vejam-se algumas arbitragens que este ano levaram a tantas goleadas infernais -, reunir uma dezena de chabalos, certamente dispostos a ganhar umas massas, a troco de infernizar a vida dos árbitros que vão estar nos jogos da "máquina trituradora". As pessoas são fortes até certo ponto. Quando lhes falam da família e dos filhos, nada mais importa. Decide-se o jogo nos primeiro 10 minutos com penalti e expulsão e tem-se a família a salvo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

"Bicho" só houve um

Concordo contigo, Bruno Alves. Também acho que mereces outros desafios. E nós merecemos jogadores motivados e que pensem pela sua própria cabeça. Obrigado por tudo o que deste ao FC Porto.

domingo, 16 de maio de 2010

A ganhar nos entendemos

Um clube ganhador. O nono campeonato consecutivo em hóquei em patins. O segundo campeonato consecutivo em andebol. Estamos a uma vitória da final de basquetebol. Hoje, a Taça de Portugal em futebol. Um clube que ganha em todas as frentes, que habitua os seus adeptos a festejar todos os anos.

Somos o FC Porto. Contra tudo e contra todos. Contra uma imprensa que ignorou este jogo. Contra jornalistas que não escondem a sua azia quando ganhamos, que não escondem o seu ódio ao FC Porto. Contra os Valdemares Duartes, os Manhas e os Baptistas deste esgoto jornalístico português.

Para a história deste jogo fica uma vitória tangencial que será desvalorizada amanhã nos jornais. Estes passarão ao lado da arbitragem vergonhosa de Pedro Proença: tolerante para com a dureza excessiva dos jogadores flavienses na segunda parte, o árbitro não assinalou um penalti sobre Raul Meireles, não assinalou a mão do jogador do Chaves antes de marcar o golo, expulsou o Bruno Alves num lance que não justificava esse desfecho.

O resto foi natural. Níveis de motivação para este jogo q.b., dois golos aproveitando os erros de um adversário naturalmente mais fraco, e depois o relaxamento próprio das equipas de Jesualdo. Fica a décima-quinta Taça para o nosso palmarés e a certeza de que alguns dos que pisaram o relvado hoje com a camisola do FC Porto não o voltarão a fazer na próxima época. Uns porque não têm valor para este clube, outros porque o seu valor merece uma folha salarial mais generosa.

PS - Acabei de ver o resumo do jogo da TVI e o jornalista disse que houve mão do Guarín no primeiro golo (hã?) e nada disse sobre a mão do jogador do Chaves no golo. Palavras para quê?

domingo, 9 de maio de 2010

Túneis para os festejos

Num iniciativa inédita, o Pobo do Norte indica aos adeptos benfiquistas do Porto os melhores locais para festejar a conquista do campeonato dos túneis. As opções não são muito variadas, mas há duas que são de qualidade. Em primeiro lugar, temos o túnel de Ceuta, com boa iluminação, boa circulação de ar. Tem a vantagem de terminar junto ao Hospital de Santo António, onde poderão ser assistidos depois de tanta emoção pelo terceiro campeonato em vinte anos. Em segundo lugar, há o túnel de Faria Guimarães, um bocadinho estreito, é certo, mas com extensão assinalável. Cabem lá todos, tenho a certeza. Logo à frente, têm o parque da Quinta do Covelo, recentemente remodelado, onde poderão descansar e, quiçá, deliciarem-se com a verde pastagem que aquele parque oferece. Quem é amigo, quem é?

Com quantos jogadores se pode alinhar contra o SLB?

No Dragão foi o que se viu: Fucile expulso por ter sofrido uma falta passível de grande penalidade enquanto que o Di Maria, o Coentrão e o Luisão ficaram em campo até ao fim, depois de múltiplas acções merecedoras do 2º amarelo, ou mesmo do vermelho directo.

Hoje voltaram a jogar contra 10, durante quase 80 minutos... e o melhor central do Rio Ave não jogou por opção do próprio. Para além das espertezas dos túneis e dos fieis serviços da disciplina da Liga, neste campeonato o Benfica jogou uma dezena de vezes contra adversários em inferioridade numérica.

Que justiça existe afinal neste título? A de terem feito mais pontos que os outros? A de terem marcado mais de uma centena de golos esta época? Ninguém se esqueceu das habilidades da vitória de 2005 e ninguém se esquecerá do que se passou em 2009/2010.

E, já agora, aqueles que no momento em que a suspensão do Hulk foi reduzida fizeram "médias" para provar a "inutilidade" do seu contributo, por favor, actualizem as contas - o Porto venceu todos os jogos desde que o incrível voltou.

Tudo normal

Fiquei agora a saber que o Fábio Faria não vai jogar na Luz daqui a meia-hora. Que conclusões podemos tirar daqui? Que o Rio Ave se vê privado de um dos seus maiores valores na defesa por culpa do próprio jogador, que admitiu que iria ser muito complicado gerir a questão de jogar contra o seu futuro clube. Declarações nunca antes ouvidas no nosso futebol e que, estas sim, põem em causa a verdade desportiva. Quando o próprio jogador, no final desta semana, veio dizer, indignado, que tinham posto em causa o seu profissionalismo e não iria prestar mais declarações, devia lembrar-se do que disse e do que o seu pai disse nas rádios deste país. Foi pressionado? Ninguém o obrigou a falar. Aparentemente, o país desportivo olha para isto com naturalidade. Um jogador é contratado antes do campeonato acabar, diz explicitamente que vai ter dificuldade, se jogar, em gerir a questão, e, no dia do jogo, não pisa o relvado. Maior “transparência” do que isto é impossível.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Abiso

Caro Lucas,

Parece que ainda não aprendeste. Depois de teres sido banido definitivamente da plataforma que o Pobo do Norte usava anteriormente por contínuas injúrias ao tetra-campeão nacional, voltaste a aparecer por aqui, beneficiando da magnânima boa vontade do poncio e da minha pessoa. Demos-te mais uma oportunidade. Tirámos-te da rua. Demos-te abrigo. Devolvemos-te o osso. E tu teimas em ser ingrato. A questão de teres mudado de nome é-nos indiferente (para além de registarmos o facto com um sorriso), mas voltares a usar a caixa de comentários quando te sentes nervoso e exposto ao ridículo (sim, reconheço que uma derrota sem espinhas contra 10 no Dragão foi areia demasiada para a tua camioneta) para insultar o nosso clube e repetires até à exaustão a mesma verborreia, já é de mais. Por isso, e parafraseando-te, "falemos de futebol", e aproveita esta última oportunidade que te damos. Sim, é a última oportunidade. Porta-te bem que não estás em tua casa.

Com os melhores cumprimentos,
guardabel

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Os Campeões (ainda) somos nós

Passei há bocado ali pela Rotunda da Boavista e não vi ninguém que tivesse reserbado aquele local na semana anterior para os festejos de não-sei-o-quê. Pensei que ia haver festa, mas, pelos vistos não houve. A avaliar pela generalidade da imprensa, que no outro fim-de-semana não se cansava de dizer "Título adiado para o Dragão", a coisa estava já praticamente decidida antes do tempo, não se admitindo que, no Dragão, houvesse outra coisa que não o "título". O próprio Jesus, fiado num qualquer milagre, dizia, como o amigo André Pinto bem apontou, que iam ao Dragão "confirmar" o título. Sim, confirmar algo que não têm, mas que vem sendo assinalado por muitos como "natural", há muito tempo...

Foi por estas e por outras que a vitória de ontem me soube imensamente bem. A sério. Ainda para mais quando ela foi obtida a jogar com os jogadores "possíveis" (ausências de jogadores fulcrais como Falcao, Varela e Ruben Micael), com menos um em campo, (numa habilidade de Olegário Benquerença, que não quis fazer ao Di María o que fez ao Fucile), e com a maior presença de adeptos benfiquistas que o Dragão já viu. Só tive pena que a polícia de choque não lhes tenha reserbado as costas para os cacetetes quando se puseram a lançar petardos para o meio dos adeptos portistas. E isto comparado ao brutal apedrejamento de que o autocarro benfiquista foi alvo (o veículo ficou irreconhecível, sem poder transitar e foi directo para a sucata), de que a imprensa fez caso nacional, não foi nada, claro. Já estamos habituados.

Sobre o jogo em si, gostei da capacidade guerreira da nossa equipa. Achei que ontem vimos o FC Porto que faltou em momentos-chave no campeonato. Vimos uma atitude, diria eu, à Mourinho (desculpa, lá, Jesualdo). Esta vitória, aliás, fez-me lembrar uma outra, do tempo de Mourinho, contra o mesmo opositor em que, com menos um, virámos o resultado. Ontem, o grande destaque, na minha opinião, foi para Guarín e Bellushi, dois não-titulares na maior parte da época. Mas a nossa defesa também esteve bem, com situações de perigo resolvidas com grande classe, com Álvaro Pereira e Rolando em plano de destaque. Beto fez a melhor exibição ao serviço do FC Porto e deve ter carimbado a ida ao Mundial. O visitante, por seu lado, jogou com todo o seu dream-team e foi derrotado por um conjunto de rapazes que raramente jogaram juntos dois jogos seguintes esta época e com menos um em campo durante toda a segunda parte. Magnífico.

Já li por aí muita gente com fé num golpe de teatro na última jornada. Deixem-se disso. Não acredito que o clube do bairro do Alto dos Moínhos perca em casa com uma equipa em baixo de forma e sem nada a conquistar como o Rio Ave (e já agora, será muito difícil que o Braga vença o Nacional, que ainda tem aspirações à Euroliga). Não nos esqueçamos que há sempre um João-pode-ser-Ferreira pronto a abrir caminho com um penaltizito ou uma expulsão nos primeiros cinco minutos. Se tal não acontecer por iniciativa arbitral, haverá sempre um Delson qualquer a provocar um penalti e a expulsar-se cinco minutos depois. Ao contrário do que se diz, a História repete-se, e todos nos lembramos da forma como este clube ganhou o campeonato com Trapattoni na liderança. Por isso, não se iludam. Aquilo que me traz alguma satisfação é constatar que, afinal, a equipa maravilha que, de forma demolidora, passeou classe por este campeonato, goleou este e aquele, deu tantas manchetes eufóricas aos pasquins do costume, vê os seus jogadores todos os dias cobiçados pelos tibarões europeus, a equipa que tem um treinador genial com uma visão única, só comparável aos Mourinhos, Guardiolas e Wengers deste mundo, afinal essa equipa apenas ganha o campeonato na última jornada! Há coisas, realmente, inexplicáveis!

domingo, 2 de maio de 2010

Vencer

A meia dúzia de horas do jogo, gostaria de deixar aqui algumas ideias sobre o assunto:
  • o Porto ganha os seus jogos dentro do campo - não é nos túneis, nas ligas de clubes e muito menos vandalizando as "casas" e os autocarros dos clubes adversários;
  • temos gente, nervo e motivos que cheguem para querer vencer este jogo sem casos, sem discussões estéreis e sem dúvidas;
  • se fizermos a nossa parte, acredito que o Braga fará a sua e, afinal, a equipa maravilha dos últimos 20 anos de SLB, a tal que joga sempre para vencer, a que tem os melhores do mundo e arredores, não conseguiria o título antes da última jornada...
  • perdemos os 2 confrontos com o SLB disputados esta época - na final da taça da bejeca levamos 3 - está na altura de devolver o favor!
Em suma: deixem-se de merdas, joguem à bola e não nos envergonhem - este recado também diz respeito aos imbecis que tentam justificar actos de violência com a "revolta" e a "raiva".
Isto é um "jogo": é suposto divertir, entreter, dar para mandar umas bocas e rir. Transformar isto numa guerra é um atentado à inteligência.