terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O balanço possível

Nesta época, Lucho fez 19 jogos pelo Marselha na "Ligue 1"(15 dos quais no 11 inicial), pelo que só pode ter regressado ao Dragão na perspectiva de jogar na equipa titular. Em condições normais, o argentino vai liderar a equipa e atirar com o belga para o banco de suplentes. Creio que ganhamos muito com a troca.

Quanto ao Janko, terá realizado 15 jogos no campeonato holandês, 10 dos quais no 11 inicial, tendo marcado 7 golos. Tenho imensas dúvidas que este austriaco tenha lugar na equipa inicial do FCP, mas se o Kleber continuar a revelar-se incapaz de meter a bola na baliza, enfim, dêem uma oportunidade a este "pinheiro".

Guarin e Belluschi foram para Itália, como se previa. A saída do colombiano não me perturba mas lamento a perda do criativo Samurai - não temos nenhum jogador como este no nosso plantel e acredito que a sua ausência será notada. O pequeno argentino fez 16 jogos esta época e foi titular em 10 deles, o que significa que teve influência, para o bem e para o mal, na época menos feliz que a equipa tem realizado.

Por outro lado, Guarin quase não jogou (apenas 7 jogos e 2 deles apenas como suplente utilizado), tenha sido por força das lesões, das opções do treinador ou apenas resultado de questões pessoais como a expectativa que alegadamente tinha de sair no verão de 2011.

A verdade é que, apesar da boa imagem que ficou deste corpolento médio na recta final da época passada, Guarin contribuiu relativamente pouco ao longo das 3 épocas anteriores: considerando apenas o campeonato nacional, em 2008/2009 fez 15 jogos sem nunca ter sido titular, em 2009/2010 alinhou 18 vezes mas só foi titular em metade destas aparições, e no ano passado, não obstante o brilhantismo da parte final da temporada, só entrou na equipa após a lesão do Belluschi, tendo sido titular 12 vezes e suplente utilizado em mais 10 jogos. E foi sempre um jogador inconstante, no qual nem Jesuado, nem AVB e muito menos VP confiavam. Talvez porque é algo lento e porque tanto fazia grandes passes (como o que deu o golo da final em Dublin) e fantásticos golos, como cometia erros grosseiros em zonas proibidas (lembram-se do passe de morte para o Messi no jogo da Supertaça Europeia?).

No próximo jogo, felizmente, VP vai mesmo ter de retirar o Maicon da lateral direita porque tem apenas  2 centrais disponíveis, o que abre caminho para a entrada definitiva do Danilo como lateral direito titular. Do mesmo modo, Lucho vai ter de jogar e com Fernando de volta, é mesmo Defour que terá de sair - Moutinho é fundamental e sê-lo-á ainda mais com a menor disponibilidade física do trintão argentino. Na frente, se o Hulk não puder jogar, que dêem mais uma oportunidade ao Kleber. Estamos agora mais longe do primeiro lugar do que do terceiro - é mesmo altura para mudar alguma coisa.


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Vítor Pereira e a eficácia comunicativa

Uma coisa é todos concordarmos que Vítor Pereira tem lacunas sérias ao nível da eficácia do seu discurso. E nem vale a pena compará-lo a Villas-Boas, que é um caso de excelência a esse nível, talvez apenas equiparado a um Mourinho ou um Guardiola, para falar nos treinadores mais mediáticos. Outra coisa é considerarmos que ele ontem esteve mal nas declarações que fez, o que, na minha opinião, não aconteceu. Foi, de facto, a análise correta, a que ele fez no final, e que o poncio reproduziu: nós fomos maus na primeira parte, jogámos com o coração na segunda, o Gil foi digno, lutador e eficaz. e a arbitragem vergonhosa, prejudicando-nos exemplarmente.
O que corre mal no discurso de Vítor Pereira não é quando jogamos mal, porque aí ele sabe bem identificar o que fizemos mal (apesar de nunca ou raramente o termos visto assumir o mea culpa, como, por exemplo, acontece com Mourinho quando as coisas correm mal, numa atitude, acima de tudo, de proteger os jogadores). O que corre mal no seu discurso é quando jogamos assim-assim, ou benzinho, e o nosso treinador reage como se tudo estivesse bem e fossemos capazes de comer Barcelonas e Madrids ao pequeno-almoço. Isso é o que me irrita e sempre irritou em Vítor Pereira: a sua tendência para sobrevalorizar o que de menos mau temos feito nesta época (digo "menos mau" porque as coisas REALMENTE boas foram muito poucas).
Depois, tem havido, ao longo desta época, erros de palmatória na forma como aborda algumas questões colocadas pela comunicação social. Um exemplo: a forma desproporcionada como se atirou a Jorge Jesus, logo no início da época, quando o treinador do Benfica achou que tinha sido mal marcado um penalti a nosso favor, na primeira jornada. Logo aí achei que Vítor Pereira tratava de emular Villas-Boas e o seu discurso agressivo e contundente (com efeitos positivos para dentro do balneário), numa atitude típica de principiante que espera a primeira oportunidade para se afirmar perante os próprios adeptos. Houve outros exemplos. O slogan desgastado do "Somos Porto" e a promessa de que a equipa estaria em constante evolução e que os nossos adversários teriam muito com que se preocupar são alguns. Mais recentemente, irritou-me solenemente a resposta "Quanto a isso, só tenho uma coisa a dizer: Porto, Porto, Porto, Porto", a propósito da frase de Jesus em que este dizia que o FC Porto quer muito ganhar a Taça da Liga.
É claro que este texto não teria sido escrito se estivéssemos bem, se a equipa não parecesse perdida em campo, se Vítor Pereira tomasse as opções corretas na formação do 11 titular e na leitura de jogo, se a SAD, mais concretamente o Presidente Pinto da Costa, não tivessem gerido tão mal a contrução do plantel. A ver vamos se, em janeiro, e com Lucho e Janko, ainda vamos a tempo de alguma coisa...

domingo, 29 de janeiro de 2012

Maus, dignos e vergonhosos: o princípio do fim?

O início da segunda parte prometia fazer acender a esperança de um resultado menos negativo mas Paixão tratou de a matar em dois lances: em primeiro lugar não viu penalty claríssimo sobre Kleber e logo a seguir permitiu que um jogador em fora de jogo se isolasse para marcar o terceiro.

Quem quiser perceber como se perdem ou se ganham campeonatos, relembre como o SLB venceu o Feirense (um golo legal invalidado ao adversário e muita sorte) e como fomos hoje derrotados.

Por uma vez, Vítor Pereira disse o essencial na flash interview: "a nossa equipa má, o Gil Vicente digno e a arbitragem foi vergonhosa".

Paixão, galo e inépcia

Ao intervalo, perdemos por 2 em Barcelos, fruto de dois lances inventados pela incompetência do Bruno Paixão (uma falta inexistente que resultou no livre que deu o primeiro golo e um fora de jogo não assinalado que antecedeu o lance do penalty) e de mais uma exibição demasiado má, com muita posse de bola e quase nenhum lance de perigo.

Danillo ficou de fora outra vez e a falta de Fernando nota-se mais do que a de Hulk. A coisa está preta.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Existe dinheiro para um ganso mas não para uma ave de rapina?

Este "mercado de janeiro" tem uma importância crucial para o nosso clube, porque constitui uma oportunidade de minimizar alguns erros na formação do plantel, nomeadamente, contratar um avançado que possa ser, pelo menos, uma alternativa ao Kleber. Porém, a precoce saída da Champions e as perdas que desse insucesso desportivo decorrem parecem ter contribuído para aprofundar os problemas financeiros que se adivinham por detrás das notícias do jogadores de outras modalidades com salários em atraso, das ameaças dos clubes a quem adquirimos recentemente futebolistas, etc.

Mas como o Porto, tal como a generalidade dos clubes dos campeonatos periféricos, precisa do sucesso desportivo para valorizar os seus jogadores, vender agora é um acto de gestão potencialmente menos positivo e urge criar condições para que, no mínimo, sejamos campeões aqui nesta terrinha chamada Portugal. A Liga Europa é uma competição relevante, sobretudo por este ano terem ido lá parar ainda mais equipas importantes, e pode ser outra montra crucial. Todavia, a prioridade é voltar a "apagar a Luz".

A 3 dias do limite para inscrever novos jogadores, as notícias que vão sendo veiculadas na imprensa desportiva não auguram nada de bom: ter Lucho de volta, por muito que eu aprecie o argentino e que veja nele o líder que vai faltando no balneário portista, a verdade é que os nossos problemas são outros e esta entrada de um jogador que terá, na melhor das hipóteses, mais 2 anos de bom futebol nas pernas, significaria a saída de um ou dois jogadores mais jovens e rentabilizáveis (Guarin, Belluschi ou até alguém mais determinante no nosso meio-campo).

A alegada proposta por Ganso parece-me ser um delírio, por este ser um jogador hiper valorizado, desejado pelos gigantes europeus e já com lugar cativo na canarinha. Tendo em conta aquilo que FCP pagou pelo Danilo e pelo Alex Sandro, este nunca viria por menos de 25 a 30 milhões. Pior ainda são as notícias que dão conta de que Liedson seria alvo de abordagem. O desespero e a falta de recursos são tão sérios que ponderamos contratar um jogador na pré-reforma?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Apagão à vista

Danilo finalmente jogou e o pouco que teve tempo para fazer foi bom (para quem não conhece as rotinas da equipa e treinou apenas alguns dias com os novos colegas de balneário). O jogo foi mais difícil do que o placard final parece fazer crer mas a verdade é que os coisinhos obtiveram o mesmo resultado e suaram muito mais.

O nosso meio-campo continua algures entre o "hiperdinâmico carrossel" e o "toda a gente a correr sem nexo". A esquerda vive bem só com o Álvaro Pereira mas o Varela está a melhorar e o Kleber lá fez alguma coisa que se visse (golos fica para depois...). O árbitro também se fez notar: inventou uma falta que resultou num golo e um amarelo que impossibilita o dragão em melhor forma de alinhar no próximo jogo - Fernando fica de fora em Barcelos.

Claro que estou muito mais preocupado com o tema que o Record noticia (juntamente com os habituais estratosféricos elogios ao playmaker com look de homem das cavernas da segunda circular):
"QUEBRADO CICLO SEM SOFRER" (golos no Dragão, alegadamente).
Aliás, nem vou dormir bem esta noite com a angústia. Porque pelo que vi ontem do jogo com o Gil Vicente, se o Pinto nos arranjar um "matador" decente antes do final do mês, os amigos destes gajos vão ter de apagar a Luz outra vez...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Kléber e Varela

Não percebo os assobios ao Kléber. Será para dar moral ao jogador? Será para o mandarem embora e ficarmos sem nenhum ponta-de-lança no plantel? O que pretendem os "assobiadeiros profissionais"? Sinceramente, dispenso este tipo de adeptos que assobia, maltrata e espezinha os jogadores do seu clube. Que fiquem em casa, sentadinhos no sofá.
Varela voltou a jogar bem. Só não me lembro da última vez em que isso tinha acontecido, o que é mau sinal. Espero que seja o mote para uma segunda volta ao seu melhor nível. Precisamos de todos para o bi.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Blogs do Ano 2011


Estamos a participar no concurso de blogs do Aventar, "Blogs do Ano 2011". Toda a gente a botar no Pobo do Norte.

Sporting não deixa a fralda

Pois é, Domingos, jogar contra 11 é sempre mais complicado. O Braga fez hoje o que nós não fomos capazes de fazer há oito dias. Agora somos nós e os coisinhos. Vamos lá.

Obrigado, Lito Vidigal

Quando acabou o jogo de hoje, que vencemos por 2-0, lembrei-me de Lito Vidigal e de como poderá ter estado no selecionador angolano a chave da nossa vitória de hoje. É que se não fosse a convocatória de Djalma para seleção dos palancas negras, Vítor Pereira não teria sido obrigado - e OBRIGADO é mesmo a palavra certa - e colocar James Rodríguez a titular. El Bandido mostrou, mais uma vez, que tem lugar de caras na equipa titular e que só por desígnios que todos nós desconhecemos tem andado pelo banco de suplentes. Por isso, endereço desde já o meu agradecimento a Lito Vidigal.
O jogo de hoje teve uma história com Hulk e uma história sem Hulk, e contrariando a opinião geral de que estamos e estaremos sempre dependentes da genialidade do incrível, o facto é que jogámos melhor e ganhámos o jogo sem ele em campo. Já sabemos que Hulk na posição de ponta-de-lança perde grande parte da sua força desequilibradora e a equipa ressente-se disso.
Ganhámos o jogo com justiça e naturalidade, mas se aquele lance do Yazalde tivesse dado o empate, não sei, não. A equipa continua a mover-se aos solavancos, ou seja, alterna períodos de grande dinâmica ofensiva, por vezes algo caótica, com momentos de alheamento do jogo que são aproveitados pelos adversário para chegar com facilidade à nossa área. Contra equipas medianas do nosso campeonato, ainda pode dar, mas contra concorrentes diretos, somos capazes de nos dar mal.
Gostei de ver Iturbe, mais uma vez, mas achei que, desta vez, o rapaz quis fazer tudo demasiado rapidamente e mostrou alguma propensão para o individualismo. Espero que Vítor Pereira lhe diga que ainda tem muito tempo para mostrar o que vale e que, já na quarta-feira, vai ser titular contra o Estoril.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Reféns de quê?

Não sei se repararam, mas estamos quase a meio do mês e ainda não há ponta-de-lança. Walter foi-se, Kléber perdeu a titularidade e jogamos com Hulk no meio, desperdiçando um enorme desequilibrador nas alas. Acho que todos temos saudades daqueles movimentos de Hulk da linha lateral para dentro, aplicando de seguida a bomba com o pé esquerdo. Todos, menos Vítor Pereira, que tem uma visão muito à frente do nosso futebol.
No momento em que todos esperávamos a chegada de um goleador, ou, pelo menos, alguém que possa concorrer a sério com Kléber, temos a mente ocupada em arranjar pistas para esse negócio inexplicável que é o caso Danilo, um jogador pelo qual pagámos um balúrdio, que apenas chegou em janeiro, e que - pasme-se - não pode jogar porque o clube anterior não o liberta. E o mais caricato é que, da parte do FC Porto, não se ouve palavra, não se vislumbra reação. Tudo parece normal, pacífico. Isto é enervante, e só me leva a concluir que estamos reféns de alguma coisa ou de alguém. Os portistas têm direito a saber o que se passa!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

São Paulo Baptista

O Sporting bem pode agradecer a São Paulo Baptista o empatezinho de hoje, em casa, com o Nacional. Não estou a falar do golo do empate, já depois de acabar o período de descontos (ok, a falta foi antes de se esgotar esse período), mas da habilidosa expulsão do jogador do Nacional que deixou os madeirenses a jogar com menos um a vinte minutos do fim. Alvalade mantém a sua identidade: continua a ser o estádio onde mais se pressiona a arbitragem, desde as bancadas aos próprios jogadores.
Apesar de mais um empate - nos últimos seis jogos, o Sporting apenas ganhou um! - o clube dos viscondes e das cruzes celtas continuará nas boas graças da comunicação social porque tem um avançado holandês que é fantástico, tem um extremo espanhol que faz lembrar o Futre, tem o Capitão América na defesa, tem um brasileiro no meio-campo que é a contratação mais cara de sempre, e por aí fora.

domingo, 8 de janeiro de 2012

E agora, Vítor?

Há uns tempos atrás, quando o alarme soou, Vítor Pereira tratou de sossegar o universo portista: íamos em primeiro no campeonato, tínhamos todas as condições para seguir em frente na Champions, estávamos na Taça de Portugal e a Taça da Liga até era dispensável.
Temo que, proximamente, o nosso treinador nos venha sossegar ainda mais, alertando para a importância de segurarmos o segundo lugar, sermos dignos e competentes contra o Manchester City (i.e. perder por poucos) e estarmos em condições de vencer a grande Taça da Liga.
Na botação que levámos a cabo há uns dias, 67% dos portistas mostraram o desejo de ver Villa-Boas novamente no banco do FC Porto. Não admira.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Perderam os dois

Considero o resultado justo no sentido que reflete o que se passou em campo. Não houve uma verdadeira supremacia de uma equipa em relação à outra, mas acho que o FC Porto se mostrou mais equipa, em largos períodos do jogo, principalmente na segunda parte. Curiosamente, foi nestes segundos 45 minutos que o Sporting, beneficiando de algum atabalhoamento defensivo da nossa parte, teve as suas melhores oportunidades. Resumindo: isto poderia ter caído para qualquer um dos lados, mas foi justo que não tivesse caído para ninguém, até porque qualidade de jogo foi coisa que não se viu muito em Alvalade.
Da nossa parte, estava preparado para tudo. Acho que, com a mentalidade com que estamos a jogar nesta época, tudo pode acontecer, e não podemos ambicionar grandes vôos quando na equipa titular em Alvalade apresentamos um central a defesa-direito e dois extremos chamados Djalma e Cristian Rodriguez. Vocês desculpem-me, mas assim não podemos querer ser uma equipa de Champions. Porque o que de bom conseguimos fazer está sempre ligado aos mesmos, que são poucos: Fernando, Moutinho e Hulk. Falo em termos atacantes, claro. Álvaro Pereira consegue poucos cruzamentos de qualidade, mas se os conseguir não vai encontrar na área um ponta-de-lança matador. James Rodriguez parece abúlico e hoje apenas se viu naquele remate de fora da área. Bellushi regride e volta a ser aquele jogador dispensável de há duas épocas atrás. E do banco chega-nos um Defour que ainda não tem nervo para fazer a diferença. Estou longe de querer responsabilizar o treinador, e acho que há aqui, na construção do plantel, erros grosseiros de Pinto da Costa ou de quem controla o dinheiro do nosso clube.
Voltando ao jogo, não podemos ignorar a mãozinha que Pedro Proença deu ao Sporting na questão do critério disciplinar. Quando saiu o primeiro amarelo do jogo, justo diga-se, aos 2 minutos, para Elias, logo pensei que o árbitro iria arranjar forma de compensar esta afronta ao calimero Sporting. E foi com naturalidade que surgiu o amarelo, ridículo, a João Moutinho, numa falta lateral, entrada banalíssima, daquelas que há às dezenas numa jornada do campeonato. Na segunda parte, Proença mostra, mais uma vez, a incrível falta de critério disciplinar, sempre a nosso desfavor. Wolfswinkel faz uma rasteira por trás a Otamendi, quando este subia com a bola controlada em direção ao último terço de terreno, em ataque, uma ação bem mais grave que a de João Moutinho, e nenhum cartão saiu do bolso do árbitro. Pior: quando Hulk sofre falta de Polga para segundo amarelo, numa série de encontrões e puxões, é ele, Hulk, quem é amarelado porque diz ao árbitro que a falta de Polga era para a amarelo. Esta dualidade de critérios teve influência direta no jogo, há que dizê-lo. Não estamos cá para branquear.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Djaló: como, porquê e para o quê

O Porto estava "no mercado" (ainda estará?!) em busca de uma alternativa para o eixo do ataque, vulgo, a tentar contratar um "ponta-de-lança". Surpreendentemente, hoje surge a notícia de que o mal amado jogador, que o Sporting vendeu por alegados 4,5 milhões de euros ao Nice e que este clube dispensou depois de não ter conseguido inscrevê-lo antes do prazo limite, estará em vias de assinar pelo FCP. Confusos? Eu também.

Alguém explica como é que o Nice paga aquela quantia por um jogador e depois se desinteressa, não esperando por janeiro para o colocar a jogar? E se o Nice não pagou, o Sporting aceitou rescindir sem contrapartidas (e nem sequer o tentou contratar de novo)? E um jogador que o Sporting vendeu sem ter recebido nada em troca a um clube que o valorizava em 4,5 milhões mas que deixou de desejá-lo no plantel só porque não poderia jogar antes de janeiro de 2012 vem agora para o Porto "a custo zero"?

Em primeiro lugar, a questão desportiva: este Djaló tem 25 anos e apesar de todo o ruído à sua volta, nunca foi jogador que justificasse grandes expectativas. Começou por ser visto como um proto-Nani mas nem lá perto chegou - irá progredir com esta idade no sentido de justificar um lugar num clube de topo? Quem sairia do 11 do Porto para fazer entrar este rapaz? E onde jogaria, ele que pode supostamente alinhar em qualquer posição do meio-campo para a frente mas não é nem extremo nem ponta-de-lança, mas antes um daqueles que não sendo muito bom em aspecto algum vai servindo para qualquer coisa?

Em segundo, a questão económica: vivemos uma época em que o nosso clube já foi acusado de de ser caloteiro por duas vezes, algo que ninguém negou oficialmente e que os noticiados atrasos no pagamentos de salários a atletas de outras modalidades parece confirmar ser verdade. E é nesse contexto que chega Djaló, que não é aquilo que desportivamente precisamos e, conhecendo a realidade das contratações "a custo zero", vai sair caro com toda a certeza. Isto partindo do pressuposto que o FCP não tem que pagar nada ao Sporting...

Não tenho nada contra o rapaz, que poderia ter uma carreira brilhante em qualquer Académica ou Leiria deste país. Mas não o vejo a ser útil na nossa equipa. Pode ser que me engane. Pode ser que isto seja apenas boato. Pode ser.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Anjos e Santos

O Danilo pode estar a viajar neste momento para Portugal. Ou não. Tudo depende do que o Santos conseguir. A mim fazem-me muita confusão estas queixas de clubes pelos atrasos do FC Porto no pagamento. Há quem associe estes atos a relações privilegiadas desses clubes - Standard de Liege e Santos - com o Benfica, naquilo que poderia consistir em mais uma ação de desestabilização na longa e eterna guerrilha FCP-SLB. Os coisinhos já deviam estar avisados que isto não nos tira o sono (tal como as irregularidades com que eles se foram safando ao longo dos anos não lhes tiraram o sono a eles). Para mim, é estranho que o FC Porto deva dinheiro - e a questão das modalidade amadoras, entretanto regularizada, foi vergonhosa. Mas é para mim ainda mais estranho que surjam, numa mesma época, dois clubes a pôr nas bocas do mundo alegadas dívidas de um mesmo clube. No fórum do Portal dos Dragões, diz-se que o Atlético de Madrid está atrasado no pagamento de Falcao, sem que o FC Porto organize conferências de imprensa a ameaçar com a FIFA. Sabe-se que o FC Porto é credor de outros clubes em relação a outros jogadores e que este tipo de situações é assumidamente por todos considerada normal. Por coincidência (ou não) esta questão surge na semana de um jogo absolutamente decisivo para o FC Porto. Como não somos anjinhos, sabemos reagir. E é em campo que normalmente essa reação surge.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Sporting bolsou (mas foi prá babete)

Eu acho que o Sporting está a perder o gás e a metáfora da papa cerelac a que o Domingos recorreu surge precisamente devido a esta constatação. Desde o jogo (injustamente) perdido com o segundo classificado, o Sporting tem vindo a revelar fragilidades preocupantes. Não vou aqui dissertar sobre as mesmas e espero que se mantenham bem vivas - as fragilidades - no próximo jogo para o campeonato. O que me irrita hoje é que estou a ver a SIC Notícias e a assistir à condescendência com que se fala de mais um desaire - empate em Vila do Conde é o quê quando falamos de um candidato ao título? - e se passa por cima da atuação vergonhosa do árbitro Cosme Machado, que perdoou uma série de amarelos aos jogadores leoninos. Nalguns casos, dar-lhes-iam a expulsão. Eu imagino que não seria se tivesse sido o FC Porto e empatar este jogo, com o credo na boca no finalzinho, como aconteceu ao Sporting.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Desejos (e novidades) para 2012

2011 foi muito bom. Claro está, a primeira parte do ano - a que dizia respeito à época futebolística anterior. Do início do verão até ao final do mês de Dezembro as coisas oscilaram entre o razoável e o sofrível, com uns brilharetes de permeio.

2012 vai ser melhor (do que a segunda parte de 2011...) porque:
  • vamos ser campeões outra vez (sim, mesmo com o VP...);
  • porque o Danilo vai justificar o dinheiro que custou;
  • porque o PdC vai arranjar um ponta de lança decente ainda em Janeiro;
  • porque o SLB vai estampar-se com os russos;
  • porque nós vamos eliminar o Manchester City;
  • porque vamos à Luz ganhar o campeonato.
Agora uma nota mais pessoal: poderia dizer-vos que os escribas deste blog também têm famílias, férias, trabalho e outras coisas que tratar para além de escrever umas "postas". Seria verdade, mas não vou por aí - todos aqueles que ao longo dos anos partilharam e partilham connosco este espaço merecem mais. Pois bem, este blog é mais do que um hobby - é uma missão (divertida, confesso). E não se abandona uma missão. Por isso, em 2012, iremos ser mais assíduos na escrita, tereis mais postas e maior regularidade na publicação. E tereis também uma novidade: vamos instituir o "portista convidado". E o que é o "portista convidado", perguntareis vós? E eu respondo: é a maneira que encontramos de alargar o espaço de participação neste blog sem alterar o essencial da "linha editorial" (seja lá o que isso for...) seguida pelo Guardabel e pelo Pôncio. Regularmente, vamos convidar os nossos leitores a escreverem postas sobre tópicos específicos e seleccionaremos aquela ou aquelas que entendermos mais adequadas para dar visibilidade no blog. Porque um blog como este não muda, evolui. Bom ano de 2012!