sábado, 31 de outubro de 2009

We saw it coming

Era uma questão de ser ontem ou na próxima jornada ou na jornada a seguir. A forma como a equipa está a jogar (ou, neste caso, não está) não transmite confiança aos adeptos. Ontem, por muito que me esforçasse, mesmo depois do empate, nunca consegui acreditar na vitória. Jogadores abúlicos, equipa a oferecer 45 minutos de avanço ao adversário. Parece que estamos no final daquelas épocas em que, já campeões, deixamos o jogo correr... A diferença é que estamos ainda na primeira volta, e há dois clubes à nossa frente. Preocupante. Em Janeiro vamos às compras?

4 comentários:

André Pinto disse...

Não vejo em que ajude ir às compras em Janeiro. O plantel é tecnicamente excelente, mas, por razões que apenas se entrevêm, acham que 45 de máximo esforço é suficiente para o nosso campeonato.

Trata-se de um problema de atitude, sistemático, porque isto já se repete há várias jornadas. E premeditado. Há ali jogadores que ainda não perceberam que têm que dar tudo, seja contra o Belenenses, seja contra o Chelsea. Eu aceito que o nosso campeonato seja uma miséria e que seja difícil motivar jogadores, cuja ambição no FCP seja somente a de transitarem para outros palcos. Mas já o fizemos no passado e toda a gente sabe como: uma atitude mental forte por parte do treinador e um núcleo de jogadores mais antigos, que simbolizavam o espírito de sacrifício e a exigência de estarem onde estavam.

Em Janeiro, não poderemos comprar aquilo que falta a Jesualdo enquanto treinador (raça, atitude, gestão do ânimo do plantel). Também não poderemos comprar um Jorge Costa, nem um Baía, que saibam impôr no campo com autoridade, a exigência de máxima entrega.

No passado, esses defeitos de Jesualdo, apenas tiveram consequências na liga dos campeões. Quando os serviços mínimos no campeonato começam a titubear, algo vai de muito podre no reino da Dinamarca....

miguel.ca disse...

Em Janeiro vamos às compras para quê? Comprar mais dois ou três Argentinos de qualidade duvidosa que chegam ao clube para serem eternos não utilizados, tipo Tomas Costa ou Bollati?
Não creio que necessitemos de comprar ninguém. Temos um bom plantel e um treinador completamente à deriva e aqui é que reside o problema. Só no jogo de ontem, Jesualdo alterou o esquema da equipa por três vezes e não foram pequenos ajustes, foram alterações drásticas que baralharam ainda mais os jogadores.

Se por um lado o problema das lesões tem afectado a produtividade da equipa principalmente pela falta que tem feito Varela e o Belluchi em forma, também é um facto que Jesualdo anda a insistir demasiadamente em jogadores que tem demonstrado não estar à altura de entrar no 11 titular e Meireles e o caso mais flagrante.
Porque não dar um descanso ao Raul? O Guarin parece-me em forma e cheio de confiança porquê que só entra a 15 minutos do fim?
Mariano só joga bem como ala, porquê a insistência em coloca-lo a médio interior?
E agora que o Farias ameaçou ir embora encosta-se o Falcão?
Ninguém acalma o Bruno Alves? Estão à espera que seja expulso e apanhe 2 ou 3 jogos de castigo?

Ja deu para perceber que este ano, para sermos campeões, temos de perseguir o Benfica de perto porque sabemos que aquela forma fantástica não dura para sempre e teremos de aguardar pacientemente que os gajos estourem. Agora, se os gajos estourarem com 15 ou 20 pontos de avanço não haverá muita coisa a fazer.

giovani disse...

Há muito tempo que a equipa tem este problema - desvaloriza as equipas tidas como mais fracas, esperando para ver no que dá, e isso por vezes paga-se caro. Este problema devia resolver-se nos treinos e aqui voltamos a uma velha questão...

Dragaopentacampeao disse...

O Porto já andava a prometer uma escorregadela. As últimas exibições deixavam perceber que tal seria apenas uma questão de tempo.

Quando não se aprende com os erros passados o falhanço torna-se inevitável.

Foi o que aconteceu ontem no Dragão. A reincidência de um jogo abúlico, de uma atitude displicente e da falta de inspiração da primeira parte deram lugar a um segundo tempo de ansiedade, atrapalhação, sofreguidão, precipitação e ineficácia.

Esta é, desgraçadamente, a última imagem de marca de uma equipa, reduzida ao seu expoente mais baixo dos últimos meses.

Reconhecer a situação não é mais do que um puro exercício de lucidez que a paixão não deverá escamotear.

Não está aqui em causa encontrar bodes expiatórios para explicar tais falhanços. Interessa isso sim, apontar os erros e corrigi-los sem teimosias ou fetiches.

Nada ainda está perdido. Temos é de ser rigorosos para que não seja demasiado tarde.

Um abraço