terça-feira, 8 de novembro de 2011

Nomes na berra

Artur
O guarda-redes do segundo classificado cuspiu no prato que lhe deu de comer no ano passado ao dizer que acontecem coisas estranhas nos jogos do seu atual clube em Braga. Pôs em causa o seu anterior clube, e por extensão os seus antigos colegas, que se sentem revoltados com aquelas declarações. Imagine-se agora o Nuno Gomes vir dizer que, na última época em que foram campeões, aconteciam coisas estranhas no balneário da equipa (porque, nos túneis, toda a gente sabe que sim).

Falcao
O Atlético Madrid apenas ganhou 3 dos 11 jogos que já disputou e fala-se, mais uma vez, em crise. Crise tem sido a palavra de ordem naquele clube nos últimos... 20 anos? Tenho a certeza de que Radamel Falcao sabia disso quando assinou por eles, e tenho a certeza que calculou bem o risco de não ganhar nada de jeito naquele clube. Ainda assim, aposto que, se lhe dessem a escolher, ele preferiria ir para lá, ficar a meio da tabela, arriscar-se a ouvir os assobios dos adeptos cochoneros, a permanecer em Portugal, ser provavelmente campeão e a ser tratado com honras de herói. Decididamente, no futebol outro$ valore$ mais altos se alevantam, como dizia o poeta.

Bosingwa
O selecionador e Bosingwa estão incompatibilizados. Diz o defesa português que Paulo Bento é um treinador conflituoso, e assim de repente somos capazes de citar quatro ou cinco casos disciplinares que teve quando treinava o Sporting. Mas todos nós, portistas, sabemos quem é o Bosingwa e do que aquela cabeça é capaz (ainda me lembro duma reação dele no Dragão, de azul-e-branco vestido, pontapeando a bola contra os adeptos junto à linha lateral...). Por isso, eu acho que estão bem um para o outro. A seleção é que se lixa, com esse projeto de jogador chamado João Pereira.

Mangala
Parece que toda a gente decidiu malhar no Mangala. Eu por acaso gosto que os defesas centrais do FC Porto comecem mal, com erros, fífias, exibições inseguras. É bom sinal. Alguém se lembra de como começaram Aloísio, Ricardo Carvalho, Pepe ou Bruno Alves, por exemplo?

2 comentários:

André Pinto disse...

Respondo aqui ao cian, por razões óbvias.

..."À mínima coisa", caro cian? "Mínima"? Achas, portanto, que o que temos visto são coisas mínimas? Bagatelas?

Comparar Vítor Pereira com AVB é um exercício fútil, que revela incompreensão sobre como são contratados os ditos "treinadores-prodígio". É óbvio que contratar Villas Boas - e Mourinho no seu tempo - representou um risco apenas aparente, apesar do curto percurso que tinham. As suas capacidades e talentos foram perfeitamente aferidos por outros meios, que não o simples "calo" (inovação dos métodos, relação com os jogadores, etc.). Achar que Villas Boas e Mourinho foram tiros no escuro que, por acaso, deram certo, é pura ingenuidade. Ninguém contrata um treinador inexperiente sem ter a certeza de que tem ali uma pérola. Só se for idiota e suicida.
Segundo o teu argumento, cian, qualquer um de nós podia ser treinador do FCP, devendo contar com o correspondente crédito de paciência para as borradas que fizéssemos, porque o Villas Boas e o Mourinho, tal como nós, também não tinham CV. Inexperiente é 99% da população e não está na calha para ser treinador do FCP... Obviamente isso é tanto absurdo, como VP não tem nada a ver com AVB, nem Mourinho. Se VP fosse um talento desse tipo, não teria sido adjunto de Villas Boas. Está lá agora, porque PC não soube o que fazer quando AVB lhe tirou o tapete, e teve a ideia peregrina de que o adjunto poderia continuar o trabalho de cunho pessoal do antigo principal.

Finalmente, ser treinador do FCP não implica estar imune às críticas dos adeptos; muito pelo contrário, se tivermos em conta a tradicional exigência associada ao clube. O apoio ao treinador, nunca é, nem pode ser, incondicional. Se estiver a fazer um trabalho de destruição, como é o caso de VP, podes crer que eu peço a sua saída a toque de caixa. Mais: quanto mais tarde sair, mas comprometido fica o seguinte ciclo vitorioso, porque este, meu amigo, está nitidamente a acabar.

Só uma adenda: Mangala é um excelente defesa, com aptidões muito acima da média. No entanto, está verdinho e precisa de tempo. Pepe passou a primeira época a enterrar a equipa. Bruno Alves a colecionar cartões multicolores. Mangala está bem melhor que isso.

André Pinto disse...

Se bem que devidamente acautelada financeiramente, não entendi a escolha de Falcão. O Atlético é um clube de megalómenanos, incapaz de construir uma equipa vencedora. O ridículo do clube é lendário em Espanha, onde os rivais lhe dedicam o mimo de "Patético de Madrid". Falcão podia ter saído para um clube melhor, em condições de discutir títulos e seguir uma tranjectória de carreira ascendente, ainda que por um salário inferior ao actualmente auferido. São opções, mas pode vir a ter custos desportivos.

Agora, está sobre pressão, por ter sido encarado como o abono de família de um plantel eternamente desiquilibrado, desconexo e sob constante bullying dos adeptos fanáticos. Sei bem do que a casa gasta.