sexta-feira, 3 de abril de 2015

Uns metidos no jogo, outros longe dele

Perder uma vez com o Marítimo e dizer que foram lá uma vez e marcaram ainda se aceita. Agora, perder duas vezes já é burrice, no mínimo. E desleixo. Ninguém me tira da cabeça que esta equipa, este plantel, este treinador já estão completamente com a cabeça na Champions. Enquanto isso, vamos perdendo oportunidades. No campeonato e, agora, na Taça da Liga. Por isso, das duas uma, ou estes jogadores fazem o jogo das suas vidas contra o Bayern (com a devida compensação no resultado) ou levamos que contar.
Lopetegui tem tido um discurso acertado em relação às arbitragens, por muito que isso faça espécie aos José Nunes e aos Carlos Danieis deste país, mas hoje não tem razão em falar do penalti. A questão aqui é só uma: pagámos o preço da adaptação de um extremo a defesa. Ricardo não pode abordar aquele lance daquela maneira, até porque Maicon estava lá para fazer o corte. Ricardo tem estado bem naquela posição, mas é nestes pormenores que se nota quem tem rotinas defensivas e quem não as tem.
Voltamos ao início. Lopetegui diz que o penalti "os meteu no jogo". É caso para perguntar por que saímos nós do jogo depois da reviravolta. A mim não me impressionam os minutos de posse de bola e as combinações no meio campo se a equipa não é capaz de chegar à área com instinto letal. É que, convenhamos, uma oportunidade de golo em 45 minutos, para uma equipa que se orgulha de estar "entre as oito melhores da Europa" é muito pouco. Foi uma segunda parte mais de confusão do que razão. Pouca ou nenhuma estratégia. Apenas o amontoar de jogadores lá na frente (acabámos com Gonçalo, Aboubakar e Maicon na área).
Sim, Julen, estamos nas "duas competições mais importantes". Ganhar uma delas, pelo menos, fazia-me esquecer esta eliminação.

1 comentário:

Azul disse...

Muitos destes jogadores não passam de mercenários.
Eu sei que com o fim dos fundos muito provavelmente não poderemos ter jogadores da qualidade de Falcão, Hulk...mas provavelmente os jogadores que teremos estarão mais concentrados no clube e nos interesses de quem possui os seus passes.

Nós sempre fomos fortes com equipas compostas por 2 ou 3 artistas e o resto tocadores de bombo. Na atual equipa tirando o Helton e o Quaresma quem é que sente a camisola?