sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Just a Lille bit

Não posso dizer que o jogo de Lille me tenha enchido as medidas, mas foi evidente a nossa superioridade e a (quase) certeza de que vamos, mais uma vez, entrar na fase de grupos da Liga dos Campeões.
Tivemos pela frente uma equipa com dois ou três jogadores acima da média, uma equipa que percebeu e assumiu a sua inferioridade, tanto individual como coletiva, e, por via disso, nos deu a iniciativa, estacionou o autocarro e tentou apostar no nosso erro e investir no contra-ataque através do seu elemento mais esclarecido, o belga Origi.
Da nossa parte, jogámos sem extremos de origem, povoámos o meio-campo e tentámos ultrapassar a barreira adversária, tarefa que não desempenhámos da melhor maneira. E isto porque, a certa altura, aquele meio-campo foi uma autêntica batalha caótica de passes errados de parte a parte. O Lille com toda a gente atrás da linha da bola e nós com Casemiro, Herrera, Rúben, Oliver e Brahimi naquela confusão de marcações individuais, em que de organização coletiva pouco se viu.
Foi a entrada de um extremo puro que desbloqueou a coisa. Tello pegou na bola, parou, olhou, colocou-a na cabeça de Jackson e este fez o que lhe competia. Do outro lado, Eneyama também fez o que lhe competia, mas não contou com a presença de Herrera que apenas encostou para o 0-1.
O nosso jogo devia originar mais oportunidades e esse é um aspeto que para já preocupa. Com tanta posse de bola e tanta qualidade com a mesma nos pés, não temos conseguido criar muitas situações de golo. Lopetegui não abdica daquele quinteto, acima referido, nem que para isso tenha de sacrificar extremos de raiz como Quaresma ou Tello.

1 comentário:

André Pinto disse...

Bom, Lopetegui é uma versão castelhana de Vítor Pereira. Muita posse para pouca produção. A circulação faz-se em zonas inócuas do terreno e a isso junta-se a ausência de jogo interior, empastelando os movimentos de rotura, que são raros.