sábado, 7 de fevereiro de 2015

Uma vitória, três pontos e... amanhã há mais

Estamos todos curiosos para saber quem é que Lopetegui vai tirar das alas para voltar a pôr Brahimi. Se ele for um gajo como deve ser, tira o Tello, que ainda hoje fez um jogo sofrível, ficando na retina aquele lance incrível em que se isolou, parou, fintou, não passou, não rematou, quis voltar a fintar e perdeu a bola. A indefinição ou a má definição. Um pouco o que tem sido este espanhol ao longo da época. Com momentos bons, sem dúvida, mas a deixar a impressão que não vai dar mais do que aquilo. Um adepto mais radical dirá que Tello é um Adrián Lopez, mas com velocidade.
Quaresma, desta vez, fez os noventa minutos e esteve muito em jogo, por vezes surpreendendo ao surgir no miolo a construir. Um amigo disse-me recentemente que, ao perder velocidade e capacidade de explosão nesta fase da carreira, talvez não fosse má ideia colocar Quaresma no meio, atrás do ponta de lança. Uma espécie de dez. Mas para isso tínhamos o Quintero.
O gajo de que ninguém gosta fez hoje duas assistências para golo. E não errou um passe. Continuo a gostar dele e a reconhecer-lhe muitas qualidades, mas tem de fazer mais jogos destes, com maior constância. E, já agora, rematar à baliza.
Amanhã, temos calimeros contra coisinhos. Uma vitória destes é uma desgraça. Um empate é uma boa notícia. Uma vitória dos verdinhos é a nossa oportunidade.

3 comentários:

Pentadragão disse...

O Corcunda rematar à baliza é que não!!! Não acerta uma!!

E já agora outra coisa... 30 milhões pelo Danilo?
Ontem era tarde!!!

André Pinto disse...

E vai daí, a ideia de Quaresma no meio até que não é má. Nesta altura oferece algumas vantagens em relação a Quintero, sobretudo a experiência, maturidade táctica superior, e - Deus nos valha - melhor recuperação defensiva. Ah, já me esquecia: apesar da diferença de idades, Quaresma aparenta ter melhores índices físicos do que Quintero.

O que Tello fez ontem, noutros tempos daria substituição e banco no jogo seguinte. Isolado, depois rodeado de dois adversários, tinha ao lado Oliver e Quarema na cara do golo, mas insistiu na jogada individual. Não é a primeira que faz do género e atitudes destas podem custar pontos a uma equipa. Calculo que na cabeça dele, o FCP seja o estágio temporário para regressar ao Barça, ou ser vendido a um gigante europeu. O tipo joga só para ele, com o focinho metido no relvado e tem-se em muito melhor conta do que é. Lá correr, corres tu Tello - marcar ou passar em condições, chapéu! Saiu-nos um Folha espanhol, muito caro... É favor devolver à procedência.

André Pinto disse...

Jesus vai a Alvalade em busca do empate, desde o 1º minuto. O que eles queimavam tempo... Saiu-se com a sua, graças a um poio aos 94. Mas o Benfica não jogou nadinha. O golo vermelhusco correspondeu ao único remate enquadrado que fez durante toda a partida. O resto era aguentar linhas defensivas e subir na certa. Esta forma de jogar tem um nome velhinho: "catenaccio". Com a vantagem pontual conferida pela APAF, Jesus e o Benfica não procuram a vitória nos confrontos directos com rivais ao título. Têm medo - muito medo.

É este o retrato do nosso campeonato: um líder ultra-cínico, fraco, com uma classificação falsificada por resultados estribados em gigantescos erros arbitrais durante a 1ª volta; um Porto de luxo em subaproveitamento e um Sporting competitivo, mas ainda projecto de futuro incerto.

No fim do jogo, jogadores do Benfica, treinador, equipa técnica e adeptos, festejaram como se o título estivesse no papo. Lembrou-me muito as cenas finais nos Barreiros em 2012/2013, que foram a antecâmara da hecatombe kelvinesca. Nunca aprendem.