domingo, 28 de setembro de 2014

Comecem vocês a jogar, que nós chegamos na 2.ª parte

Alvalade: uma das piores primeiras partes de que me lembro, por parte do FC Porto. Não se entra assim num jogo de futebol. Fomos dominados em todos os capítulos do jogo.  Quaresma titular, depois de proscrito durante algum tempo. Ruben Neves e Casemiro sem saberem bem como parar a dinâmica de William, João Mário e Adrien. Herrera perdido. Brahimi a levar porrada sempre que cheira a bola. O Sporting a pressionar-nos logo à saída da nossa grande-área.
Na segunda parte, Lopetegui muda bem: Tello dá velocidade e Oliver geometria. Herrera aparece finalmente. Brahimi continua a levar nas pernas. Podíamos ter ganho o jogo, se... Rui Patrício não fizesse o que está lá para fazer, se o árbitro tivesse tido a coragem de punir o braço de Maurício ou se Tello não quisesse ser o herói do jogo. Mas também o poderíamos ter perdido, na primeira parte.
O Sporting é, nos tempos que correm, um clube pequeno. A frase de Bruno de Carvalho, "Eles pensavam que eram favas contadas", podia ter sido dita pelo presidente do Boavista. Ou do Maribor. É de um clube que assume a sua inferioridade e, deste modo, rejubila pelo empate conseguido. Aliás, era só ver, no final, a alegria estampada na face da maior parte dos adeptos do Sporting.
Os seus jogadores fazem do protesto constante um modo de estar em campo. Veja-se a imagem surreal de Capel correndo na direção do árbitro auxiliar para validar uma bola que, depois de bater na trave, caiu dois metros fora da baliza. Também simulam muito. Tentam sacar penaltis em doses industriais, com péssimo desempenho, diga-se de passagem. Mas numa coisa são requintados: agridem sem conseguirem ser expulsos. Veja-se o que fez Slimani a Martins Indi, que lhe valeu apenas um simpático cartão amarelo. Ou será que dar um empurrão nas costas ou nos ombros é o mesmo que apertar o pescoço e projetar assim o oponente?

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