quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A manta é curta, o cantaro partiu e outras histórias

Depois de duas enganadoras vitórias na Liga Europa (só quem tem óculos vermelhos não viu que os alemães estiveram sempre melhor), o SLB caiu. Não foi com estrondo, mas foi nos pés dos Rodericks que por lá andam (este rapaz continua a dar-nos muitas alegrias - que Deus o guarde e que o Jesus o mantenha no plantel por muitos e longos anos).

Quanto a nós, confesso que estou dividido: o que vale a taça da bejeca sem a possibilidade de enfardar nos galináceos? Que apelo tem uma eventual final da dita se a equipa estiver em poupanças para o campeonato ou até para a Champions?

Ainda sobre os planteis de uns e de outros: é cada vez mais evidente (sobretudo depois dos regressos do Atsu e do James) que o Porto tem mais soluções que o Benfica.

Mesmo com a glorificação do Matic, aquele meio campo vermelhusco é fraco: Perez é um remendo esforçado, os miúdos são jogadores razoáveis mas não são excepcionais e os Martins ou os Aimares duram pouco tempo em jogo. E sem meio campo não existe bola para o ataque nas partidas em que a oposição é minimamente forte, nem defesa que aguente a pressão não filtrada do ataque contrário. É verdade que o Salvio é um jogador muito bom, o Gaitan também, o Lima tem a perícia daqueles que nunca desistem de marcar, o Tacuara lá tem os seus momentos e o Ola John está a crescer. Mas o Luisão é cada vez mais lento, o Maxi cada vez mais violento, o Jardel não vale mais do que um Maicon distraído, o Garay não chega para tudo e o projeto Coentrão 2.0 continua em versão beta, com muitos bugs. Olhando para esta malta toda, o único gajo que teria lugar no 11 inicial do Porto seria o Salvio e isso diz muita coisa sobre o que valem as duas equipas.

P.S. - Aquela merda dos penalties à Panenka é uma reminiscência de um tempo em que dava para tudo, em que não estava em causa tanto dinheiro, em que se jogava fundamentalmente "por amor à camisola" e por isso se aceitava este tipo de bravatas. É uma coisa de mentecaptos ou irresponsáveis como o Postiga. Um profissional de futebol, num clube europeu de topo, não tem o direito de ter este tipo de atitudes. Muito menos quando se luta pela liderança "ombro a ombro", quando o resultado do jogo em curso está a zeros e, especialmente, depois da barraca que foi empatar em casa com o Olhanense. Gosto muito do nosso avançado colombiano, mas lamento dizer que os 2 golos que marcou depois da asneirada não desculpam aquele desplante.

P.S. 2 - Aconteça o que acontecer até ao final da época, gostaria de vos dizer que já começo a ter saudades do Moutinho. É mesmo o único gajo do futebol português que justifica o lugar comum do "não sabe jogar mal".

4 comentários:

Pentadragão disse...

Se houvesse um capitão como o João Pinto (o eterno defesa direito) o Panenka Martinez quando chegasse ao balneário levava uns calduços dos grande. E comia e calava.

Hoje já não é assim e temos que tratar o tipo com carinho, até porque não há outro.
Eu também fiquei f..ulo quando vi aquilo e disse de mim para comim: "este cabrão não sabe ainda o que é o FCP". Teve sorte (ou não) em redimir-se. Um empate nesta altura, depois de termos empatado com os pixotes do Olhanense que levaram 3 na jornada seguinte dos pixotes do Nacional era muito, mas muito mau.

André Pinto disse...

Com outro plantel, Jackson teria uma cura de banco já no próximo jogo, além de se não furtar a uns valentes cachações no balneário.

A coisa com o Benfas é engraçada, e que sirva para memória futura para os que gostariam de o ver no seu próprio clube. Jesus está este ano a tentar contrariar o seu modus operandi natural: usar 14-15 jogadores da sua total confiança, em constante intensidade alta. Ora, ele nunca soube gerir as rotações de um plantel, sempre que tentou, os resultados foram catastróficos (os 5-0 com o FCP, os4-1 em Liverpool, agora isto em Braga). Não estivesse um Vítor Pereira do outro lado, seria inaceitável sequer por a questão de o FCP não vir a ser campeão. Jorge Jesus joga sempre da mesma maneira, não tem qualquer capacidade de leitura táctica e não sabe construir um plantel. Estão aí os Melgarejos, os Luisínhos, os Roderiques e os Robertos desta vida para ilustrarem este último ponto.

Pinto da Costa que se abstenha, cataninho!

Ribeiro DeepBlue disse...

Adverte-se que visitas à cidade de Braga podem fazer dilatar desmesuradamente o tamanho do seu crânio e, como consequência, partir vidros de autocarros ao passar na porta. Recomenda-se também a utilização de um creme gordo para passar pela zonas articulares que separam o braço do antebraço (também conhecidas como cotovelo).
Ainda não foi verificada qualquer relação entre os ares da cidade e um elevado estado de labreguice, caracterizado por constantes pontapés na língua materna e achaques de mau perder.

Penta disse...

@ Ribeiro

e olha que o arco da Porta Nova, à Rua do Souto, ainda é considerável :D
(sim!, conheço Braga. estudei na cidade dos "asteriscos", como carinhosamente lhe chamo :D)

abr@ço
Miguel | Tomo II