Depois de duas enganadoras vitórias na Liga Europa (só quem tem óculos vermelhos não viu que os alemães estiveram sempre melhor), o SLB caiu. Não foi com estrondo, mas foi nos pés dos Rodericks que por lá andam (este rapaz continua a dar-nos muitas alegrias - que Deus o guarde e que o Jesus o mantenha no plantel por muitos e longos anos).
Quanto a nós, confesso que estou dividido: o que vale a taça da bejeca sem a possibilidade de enfardar nos galináceos? Que apelo tem uma eventual final da dita se a equipa estiver em poupanças para o campeonato ou até para a Champions?
Ainda sobre os planteis de uns e de outros: é cada vez mais evidente (sobretudo depois dos regressos do Atsu e do James) que o Porto tem mais soluções que o Benfica.
Mesmo com a glorificação do Matic, aquele meio campo vermelhusco é fraco: Perez é um remendo esforçado, os miúdos são jogadores razoáveis mas não são excepcionais e os Martins ou os Aimares duram pouco tempo em jogo. E sem meio campo não existe bola para o ataque nas partidas em que a oposição é minimamente forte, nem defesa que aguente a pressão não filtrada do ataque contrário. É verdade que o Salvio é um jogador muito bom, o Gaitan também, o Lima tem a perícia daqueles que nunca desistem de marcar, o Tacuara lá tem os seus momentos e o Ola John está a crescer. Mas o Luisão é cada vez mais lento, o Maxi cada vez mais violento, o Jardel não vale mais do que um Maicon distraído, o Garay não chega para tudo e o projeto Coentrão 2.0 continua em versão beta, com muitos bugs. Olhando para esta malta toda, o único gajo que teria lugar no 11 inicial do Porto seria o Salvio e isso diz muita coisa sobre o que valem as duas equipas.
P.S. - Aquela merda dos penalties à Panenka é uma reminiscência de um tempo em que dava para tudo, em que não estava em causa tanto dinheiro, em que se jogava fundamentalmente "por amor à camisola" e por isso se aceitava este tipo de bravatas. É uma coisa de mentecaptos ou irresponsáveis como o Postiga. Um profissional de futebol, num clube europeu de topo, não tem o direito de ter este tipo de atitudes. Muito menos quando se luta pela liderança "ombro a ombro", quando o resultado do jogo em curso está a zeros e, especialmente, depois da barraca que foi empatar em casa com o Olhanense. Gosto muito do nosso avançado colombiano, mas lamento dizer que os 2 golos que marcou depois da asneirada não desculpam aquele desplante.
P.S. 2 - Aconteça o que acontecer até ao final da época, gostaria de vos dizer que já começo a ter saudades do Moutinho. É mesmo o único gajo do futebol português que justifica o lugar comum do "não sabe jogar mal".
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
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4 comentários:
Se houvesse um capitão como o João Pinto (o eterno defesa direito) o Panenka Martinez quando chegasse ao balneário levava uns calduços dos grande. E comia e calava.
Hoje já não é assim e temos que tratar o tipo com carinho, até porque não há outro.
Eu também fiquei f..ulo quando vi aquilo e disse de mim para comim: "este cabrão não sabe ainda o que é o FCP". Teve sorte (ou não) em redimir-se. Um empate nesta altura, depois de termos empatado com os pixotes do Olhanense que levaram 3 na jornada seguinte dos pixotes do Nacional era muito, mas muito mau.
Com outro plantel, Jackson teria uma cura de banco já no próximo jogo, além de se não furtar a uns valentes cachações no balneário.
A coisa com o Benfas é engraçada, e que sirva para memória futura para os que gostariam de o ver no seu próprio clube. Jesus está este ano a tentar contrariar o seu modus operandi natural: usar 14-15 jogadores da sua total confiança, em constante intensidade alta. Ora, ele nunca soube gerir as rotações de um plantel, sempre que tentou, os resultados foram catastróficos (os 5-0 com o FCP, os4-1 em Liverpool, agora isto em Braga). Não estivesse um Vítor Pereira do outro lado, seria inaceitável sequer por a questão de o FCP não vir a ser campeão. Jorge Jesus joga sempre da mesma maneira, não tem qualquer capacidade de leitura táctica e não sabe construir um plantel. Estão aí os Melgarejos, os Luisínhos, os Roderiques e os Robertos desta vida para ilustrarem este último ponto.
Pinto da Costa que se abstenha, cataninho!
Adverte-se que visitas à cidade de Braga podem fazer dilatar desmesuradamente o tamanho do seu crânio e, como consequência, partir vidros de autocarros ao passar na porta. Recomenda-se também a utilização de um creme gordo para passar pela zonas articulares que separam o braço do antebraço (também conhecidas como cotovelo).
Ainda não foi verificada qualquer relação entre os ares da cidade e um elevado estado de labreguice, caracterizado por constantes pontapés na língua materna e achaques de mau perder.
@ Ribeiro
e olha que o arco da Porta Nova, à Rua do Souto, ainda é considerável :D
(sim!, conheço Braga. estudei na cidade dos "asteriscos", como carinhosamente lhe chamo :D)
abr@ço
Miguel | Tomo II
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