Ainda meio atordoados pelo "banho de bola", "massacre", "violação em massa", a que fomos sujeitos em Alvalade, entramos no último dia do ano em modo de restropetiba, trazendo a este espaço mais uma botação. A ideia é eleger a imagem do ano. Para tal, escolhemos cinco imagens marcantes de 2013, que representam, com variedade e total imparcialidade, os momentos mais importantes do ano futebolístico. Começámos com cerca de noventa e duas imagens, mas tivemos de apertar o crivo. Para tal pedimos ajuda às funcionárias da limpeza que, todos os dias, arrumam a jabardice que fazemos neste blogue, e às meninas da receção, duas simpáticas ucranianas que nos levam a casa nos dias em que o FCP perde ou empata. Chegámos, pois, a cinco imagens, nas quais devem botar (assim, com b) de modo a elegermos a melhor. É na barra lateral e acaba na sexta-feira. Obrigado pela participação.
Imagem 1.
Jorge Jesus ajoelhado no relvado do Dragão. Vítor Pereira (saudades...) corre como um louco, de punhos cerrados. Não sei o que de grave se terá passado, mas nunca um treinador adversário se tinha ajoelhado assim no estádio do FCP. Nem nunca outro o fará, acho eu.
Imagem 2.
Benfica TV. Relato de um jogo de futebol. O senhor da esquerda está de cabeça baixa durante quinze segundos. Quinze longos segundos. Uma vida. O senhor da direita tenta balbuciar algumas palavras para preencher o vazio. Apenas um jogo de futebol, meu deus. Um jogo de futebol.
Imagem 3.
Aquele jogador que está sentado na trave de uma baliza chama-se Ivanovic, é sérvio e joga no Chelsea. Tem uma medalha ao pescoço e levanta os braços como se tivesse ganho uma prova europeia. Mais: como se tivesse marcado o golo da vitória aos 92 minutos, vejam lá.
Imagem 4.
Cardozo, Jesus e um aspirante a árbitro de boxe. O avançado estica o braço e parece zangado: "Três finais, ZERO títulos, hombre! O caminho da rua é ali!". Jesus, que já antes tinha sido empurrado pelo paraguaio, responde à letra: "Calma que ainda podemos ganhar a Taça de Honra da AFL!".
Imagem 5
Jesus tenta salvar a vida de um jovem adepto que estava prestes a ser devorado pelos monstros da segurança policial. O homem luta, atira-se ao chão, puxa, bate, rasga. Um momento de incomparável amor pelo adepto anónimo protagonizado por quem, normalmente, não gosta de se meter em confusões.